3 de setembro de 2018

PEDRA DA TARTARUGA, UMA GEOFORMA COM DOIS SIGNIFICADOS NO RIACHO DA LUIZA EM VENTUROSA

A Pedra da Tartaruga está em cima do lajedo do Urubu, tudo no Riacho da Luiza, zona rural de Venturosa.

O sertão, a caatinga, a vegetação, o clima, tudo combina com uma boa história e assim, estamos seguindo com o projeto Poeta Viagens e Aventuras. Depois de aprendermos muita coisa sobre geoformas, geositios e todos os seus contextos, estamos compartilhando nesse blog esses locais ricos em geologia, geografia e história.

Um lajedo cravado no meio da caatinga, em seu cume, várias pedras com suas geoformas embelezando ainda mais o meio ambiente. Para chegar a esse lugar não é difícil, é prazeroso.

A macambira está presente nas áreas secas do nordeste, desde a Bahia até o Piauí. Seu caule é cilíndrico e suas folhas (constituídas de duas partes distintas: base dilatada e limbo) encontram-se distribuídas em torno do caule. O caule desta planta geralmente é confundido com a raiz, porém as raízes da macambira são finas, diferentemente do caule que é mais espesso.

Lajedo do Urubu, Sítio Riacho da Luiza, Venturosa, Pernambuco
Foto: Cláudio André O Poeta

Na região da caatinga existem milhares de lendas e histórias que giram em torno do folclore de varias regiões geralmente derivado da cultura indígena e européia, mas algumas daqui mesmo são histórias de caipora, lobisomem, mula sem cabeça, e diversos fenômenos contado por pessoas que supostamente vivenciaram os fatos ou alguém muito próximo a estas pessoas.

Na Caatinga vive a ararinha-azul, ameaçada de extinção. O último exemplar da espécie vivendo na natureza não foi mais visto desde o final de 2000. Outros animais da região são o sapo-cururu, asa-branca, cutia, gambá, preá, veado-catingueiro, tatu-peba e o sagui-de-tufos-brancos, entre outros. Mas, nessa região na zona rural de Venturosa, ainda se ver, rolinhas, carcarás, urubus, pequeninos pássaros, tipo, beija-flor. O que é mais comum encontrar no Riacho da Luiza é o mocó, que tem o olfato aguçado, que lhe permite pressentir a presença do homem a longas distâncias. 

Nessa rocha sedimentar há marca de pisadas de monstros pré-histórico, tipo, um Estemnosuchus
São exemplos de rochas magmáticas: granito, basalto, diorito e andesito. Sedimentares: esse tipo de rocha tem sua formação a partir do acúmulo de resíduos de outros tipos de rochas. São exemplos de rochas sedimentares: areia, argila, sal-gema e calcário.

Rochas e minerais são estruturas sólidas que compõem a litosfera terrestre. Diferenciar essas duas formas é extremamente importante para as Ciências da Terra. É comum haver confusão por parte de muitas pessoas sobre a diferença entre rochas e minerais. 

Existem rochas que são formadas por um único tipo de mineral, nesse caso, o caldeirão do Urubu é uma rocha sedimentar, provavelmente feita de calcário ou argila.

Não precisa chover muito, basta uma nuvem passageira. Quando a chuva escorrer por toda a rocha, logo os caldeirões em cima da grande rocha ficam cheios d'água, formando-se em caldeirões, eis o motivo de ser chamado de caldeirão do Urubu.

Muitos moradores da região, tempos passados, andavam de 03 a 05 km para lavar suas roupas nos caldeirões. Mas, devido a estiagem se prolongar muito tempo, muitos foram embora do Riacho da Luiza, por não ter condições de sobrevivência.

A água acumulada nos caldeirões saem apenas por evaporação, ou seja, a alta temperatura da rocha provoca esse tipo de fenômeno. Mas, enquanto não seca, as abelhas como outros animais precisam de água para suprir as necessidades de seu organismo.

A evaporação ocorre quando um líquido é aquecido através da ação do sol ou de outro fator como, por exemplo, o aquecimento de água num fogão doméstico. Bem assim ocorre com a água acumulada num caldeirão de pedra.

O Caldeirão do Urubu no período de chuva, transforma-se numa cachoeira, já que a água é represada naturalmente ao descer pelo grande paredão da rocha granítica cravada no meio da caatinga.

Cacto Cabeça de Frade na medida que cresce pode tomar a forma de uma pirâmide e na maturidade desenvolve uma cabeça no topo, chamada de cephalium, coberta de espinhos bem pequenos, delgados e vermelhos. Entre os espinhos nascem pequenas flores rosadas ou vermelhas. O ambiente ideal para a cabeça de frase deve ter tempo ensolarado e quente, pois é sensível ao frio.

Finalizo essa série de postagens sobre a minha visita ao Caldeirão do Urubu na zona rural de Venturosa. Quero aqui agradecer ao amigo Gui, seu Zé Bento e sua esposa Luizinha pela acolhida. Foi mais um lugar sensacional que conheci e muita aprendizagem. Um verdadeiro teste de resistência no meio da caatinga. Recomendo você conhecer também esse ponto turístico e cultural do estado de Pernambuco.

ATÉ A PRÓXIMA VIAGEM!

AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ PRECISA SABER DIRETAMENTE DA REDAÇÃO DO BLOG DO POETA

Informação O Tempo Todo
Sobrinho mata tio a facadas após ser chamado de gay em festa da própria família em Roraima
Um homem de 28 anos foi preso neste sábado (1º) suspeito de assassinar a facadas o próprio de tio, de 38, no município de Bonfim, Norte de Roraima. 
O crime, conforme o delegado da região, Alberto Alencar, ocorreu durante uma festa da família após a vítima chamar o suspeito de gay.Ainda segundo o delegado, o suspeito identificado como Jackson John Abel, bebia junto com o tio, Levoy Marare. Ambos são guianenses e moravam em Bonfim.

Caso de extorsão via 'Momo do Whatsapp' é registrado na Paraíba
Uma brincadeira da internet, inicialmente criada para assustar, tem sido usada recorrentemente por pessoas mal intencionadas para incitar violência, suicídio e extorquir pessoas. 
A "boneca momo" ou "momo do WhatsApp", uma imagem de mulher com olhos esbugalhados e boca deformada, foi registrada na Paraíba. Um caso de extorsão com uso do meme foi registrado oficialmente em João Pessoa.

Após bebedeira, Ximbinha faz xixi nas calças durante show
Ximbinha fez um show eletrizante em Belém após receber convite do grupo Roupa Nova. Como participante especial do evento, o ex-marido de Joelma acabou bebendo demais e fez xixi nas calças enquanto tocava guitarra.

Mulher dá à luz em banheiro de hospital e foge deixando a criança em latão de lixo
Uma mulher entrou em trabalho de parto em um banheiro do Hospital Regional Dr. Jessé Fontes, no município de Estância (SE), na noite deste sábado (1º), e em seguida fugiu deixando a criança dentro de um latão de lixo. A informação foi confirmada pela superintendente da unidade de saúde, Luara Carvalho.

Casal é preso depois de furtar objetos de motéis em SP
Um casal foi preso em flagrante na madrugada deste domingo(2), depois de furtar pelo menos três motéis no litoral de SP. Os dois foram identificados pelo registro de atividade ilícita do veículo que conduziam, que chegou a ser usado para levar um frigobar de um dos motéis.

Professor morre após sofrer facada na garganta durante assalto
Um professor e funcionário público foi morto com uma facada na garganta durante um assalto na madrugada deste domingo (2) em Inhuma (PI). O carro de Reginaldo Gonçalves de Moura, de 49 anos, foi roubado. Ninguém foi preso até o momento.

Avó realiza sonho de ser presa em aniversário de 93 anos
Uma senhora norte-americana de 93 anos tinha um desejo nada convencional: ser presa antes de morrer. E conseguiu concretizá-lo no dia do seu aniversário, mesmo sem ter cometido nenhum crime.

Suspeito em 150 assassinatos cometidos em 5 anos é preso
Willian Santos Alves, de 36 anos, suspeitos de envolvimento em pelo menos 150 assassinatos, cometidos em cinco anos, na região de Vitória da Conquista, na Bahia, foi preso ontem (1º), junto com a esposa, identificada como Jaqueline da Silva Carvalho, de 24 anos.

Réu arremessa garrafa d’água e ameaça juiz durante júri em MT: ‘Merece morrer’
Condenado por homicídio, o jovem Odinei Batista de Jesus, de 25 anos, foi levado para a delegacia de Nova Monte Verde, a 920 km de Cuiabá, na sexta-feira (31). depois de arremessar uma garrafa d’água e ameaçar o juiz Bruno César Singulani França, que presidia o Tribunal do Júri em que o réu era julgado.

2 de setembro de 2018

TURISMO: A PEDRA BANCO DE CARRO VOCÊ ENCONTRA NO SÍTIO RIACHO DA LUIZA EM VENTUROSA/PE

Quando falo que a natureza nos surpreende, indiscutivelmente, nos faz tornar criança por alguns minutos. No sítio Riacho da Luiza, encontrei uma pedra que tem a geoforma de um assento de um veículo. A pedra Banco de Carro fica segura no tronco de um pé de umbuzeiro. 

Um ambiente assim pode até parecer cenário de filme, mas, é muito real. Macambiras de um lado, cactos de outro e uma rocha sedimentar tomando um espaço grandioso no meio da caatinga.

Durante a trilha do Urubu, onde o percusso perdurou por mais de uma hora, fomos registrando todos os espaços que a natureza nos proporciona com liberdade. O bioma caatinga, que só tem no Brasil, onde ocupa 10% do território brasileiro, é cheio de histórias, lendas e nos questiona de como vivermos em harmonia com a natureza.

No meio da caatinga encontramos a base de um moinho, deixada por antigos moradores da região do sítio Riacho da Luiza. Muitas famílias moravam em casa de barro no meio do mato, mas, com o advento de uma estiagem prolongada, fez com que todos abandonassem suas moradas.

Por essa foto você tem a noção da grandiosidade do Lajedo do Urubu que rodeia toda a serra redonda onde fica a Pedra do Letreiro. No horizonte fica boa parte da cordilheira que vai de Venturosa a Pesqueira, passando por Buique, Arcoverde, Pedra e Alagoinha.

A pedra do Crânio é uma geoforma que você encontra no riacho da Luiza em Venturosa.
As pedras com geoformas de dominó. Essa beleza natural você somente encontra na zona rural de Venturosa, há 04 km da Vila do Tará. E por falar nesse lugar, conta-se que o nome da vila se deu quando há mais de um século justamente por que na época, viajantes que passavam e paravam para descansar, soltavam seus cavalos e bois nos cercados próximos e no dia seguinte, desconfiados dos roubos existentes na região, perguntavam-se:  Será que o animal tará (estará)?  E assim, criou-se a Vila do Tará, localizada as margens da BR-242.

Originam-se da solidificação do magma no interior da crosta terrestre ou quando a lava sai do manto, através de uma erupção vulcânica. Quando o magma se resfria lentamente no interior da crosta transformando-se em rocha ocorre o processo chamado de intrusão. A rocha magmática produzida recebe o nome de intrusiva.

As rochas simples são formadas por um único tipo de mineral, como o mármore. As rochas compostas possuem mais de um mineral, como o granito. Para classificarmos as rochas, podemos dividi-las em três diferentes grupos: rochas sedimentares, rochas magmáticas e rochas metamórficas.

Outros fatores que influenciam na permeabilidade de um solo são o tamanho e a proporção das partículas que o compõem, ou seja, sua textura. Na ordem do menor para o maior diâmetro de suas partículas, o solo pode ser argiloso, de silte (fragmentos de rocha ou partículas surgidas da destruição de outras rochas), arenoso ou de pedregulho (calcário).


Por fim, o solo de pedregulho, ou de calcário, é formado por partículas de rochas e, por isso, não é adequado para a agricultura. No entanto, o pó branco ou amarelado retirado dele é usado na agricultura para mudar a acidez do solo em que haverá cultivo. Comum em áreas de deserto, também fornece matéria-prima para a fabricação de cal e cimento. No riacho da Luiza você pode visualizar o quanto a natureza caprichou nesse lugar.

A vegetação de caatinga não esconde as geoformas das rochas existentes. Essa rocha tem forma de um tolete. Cada pessoa tem um olhar diferenciado.
Na sombra ou no sol, vamos desvendando as belezas naturais dos sertões. A zona rural de Venturosa tem um grande potencial turístico, muito pouco explorado.

Está ai o Caldeirão do Urubu, uma grande aventura chegar até lá, porém, você é compensado com uma vista panorâmica indescritível. É a caatinga com sua vegetação ímpar. Vale apena conhecer a cordilheira da serra do Tará.

TURISMO: A VEGETAÇÃO DA CAATINGA NO RIACHO DA LUIZA NO MUNICÍPIO DE VENTUROSA/PE

A VEGETAÇÃO ENCONTRADA NO SITIO RIACHO DA LUIZA
Por mais de uma hora fizemos a trilha do Urubu, no sítio Riacho da Luiza, zona rural de Venturosa, agreste meridional de Pernambuco. Com uma temperatura acima dos 30 graus e uma vegetação do bioma caatinga, o mandacaru que é uma planta nativa e que suporta altas temperaturas, não deixa de mostrar a sua vivacidade.

As plantas epífitas, como bromélias, orquídeas, imbés, cactos e muitos outros que costumam usar as árvores como mero suporte para obter mais luz, umidade e nutrição, não roubam, de forma alguma, nutrientes ou água da árvore. As plantas que realmente fazem isso são geralmente denominadas de “erva-de-passarinho”. Uma lenda muito difundida  mesmo entre aqueles que gostam da natureza é sobre as plantas que vivem nas árvores serem parasitas.

A Caatinga é uma formação vegetal que pode ser encontrada na região do semi-árido nordestino. Está presente também nas regiões extremo norte de Minas Gerais e sul dos estados do Maranhão e Piauí. Logo, é típica de regiões com baixo índice de chuvas (presença de solo seco).

A imburana de cheiro é também conhecida pelo nome de cumaru-nordestino também designado por outros nomes populares, é uma árvore característica dos biomas de caatinga e cerrado do Nordeste brasileiro, mas que também pode ocorrer em áreas de Mata Atlântica até o estado de São Paulo. A imburana serve para o tratamento de doenças do aparelho digestivo.

Quando a folhagem dos pés de angicos cai, deixa o solo coberto por uma camada avermelhada. Denominam-se de angicos, várias espécies de leguminosas-mimosoídeas de folhas miúdas, frutos alongados do tipo vagem ou legume (não confundir com legumes da alimentação), com sementes redondas e achatadas. 

Assim, temos o angico-rajado (Parapiptadenia rigida), o angico-branco (Anadenanthera colubrina), o angico-do-cerrado (Anadenanthera falcata), o angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa), entre outras espécies próximas.

Popular no Brasil, o angico é uma árvore do gênero Piptadenia. Conhecida pela qualidade de sua madeira, a planta é muito utilizada na fabricação de móveis e de outros objetos que a tem como sua principal matéria-prima. Porém, recentemente, alguns estudos têm comprovado suas propriedades medicinais, que são capazes de atuar no organismo eliminado doenças e tratando outros problemas de saúde.

A macambira é uma planta da família das bromeliáceas, do gênero Bromélia. Possui vários usos que vão desde a utilização da planta para evitar a erosão, até como alimento para o gado.

O Cabeça de Frade é um cacto de forma cilíndrica, com costelas bem acentuadas, com espinhos marrons numerosos, mas curtos e direitos. À medida que cresce pode tomar a forma de uma pirâmide e na maturidade desenvolve uma cabeça no topo, chamada de cephalium, coberta de espinhos bem pequenos, delgados e vermelhos. Entre os espinhos nascem pequenas flores rosadas ou vermelhas.

O Xiquexique é um cacto endêmico do semi-árido brasileiro. Seu caule suculento tem uma consistência macia que reserva muita água e é protegido por espinhos fortes. Em secas prolongadas, serve como fonte de alimento tanto para o homem quanto para os animais de criação. É queimado para retirar os espinhos e oferecido ao gado como complemento ou muitas vezes como única fonte de alimento. Manuseado com cuidado, retirando-se espinhos (descascando), pode-se mascar a polpa e consumir a água lá reservada.

Quantas formigas teria nesse formigueiro? Geralmente, há famílias com formigas que vivem e pode variar de várias dezenas a vários milhões de indivíduos. Por exemplo, em formigas errantes em uma família, há de 2 a 20 milhões de formigas. Um pouco sobre como formigas vagando ao vivo, você pode ver o vídeo. Quase todas as formigas vivem em formigueiros, que eles mesmos constroem, ou os transformam em várias cavidades no solo, madeira, debaixo de pedras ou na habitação humana. A vida das formigas em um formigueiro é muito organizada e ordenada.

A vegetação é formada por plantas adaptadas ao clima seco, em que ocorrem poucas chuvas. As principais espécies são o Mandacaru, o Xique-xique, a Aroeira e a Braúna. As únicas árvores que não perdem as suas folhas durante o intenso calor são o Juazeiro e alguns tipos de palmeiras, pois suas raízes conseguem encontrar água no subsolo.

Esse é o cume do lajedo do Urubu, uma rocha granítica com um comprimento de quase um quilômetro de extensão. Em cima dele existem alguns caldeirões que no período de chuvas forma-se pequenos poços, daí, o cognome de Caldeirão do Urubu, ave rapina que vive na região, juntamente com o gavião.

O sistema brasileiro de classificação de solos define o solo da caatinga como raso rico em minerais, mas pobre em matéria orgânica devido às características da região. Ainda define esse solo como pedregoso, com fragmentos de rochas na superfície. Por isso, dificilmente armazena as águas das chuvas.

É assim que vamos estudando, aprendendo in loco, tudo sobre as belezas naturais dos nossos sertões. No município de Venturosa, já conhecemos o Parque Municipal da Pedra Furada, a Casa de Pedra, a Pedra do Boi, a Pedra do Letreiro, o Lajedo da Luiza e agora, o Caldeirão do Urubu.
E não vamos parar por aí! 
Acompanhado do amigo Gui, morador da região, visitando o Caldeirão do Urubu em Venturosa/PE.
O projeto Poeta Viagens e Aventura segue firme e forte. Enquanto uns pobres mortais, deixam de se ocupar com coisas importantes, e ficam falando asneiras contra o Poeta, nós, digo, eu, estou focado em uma nova aprendizagem e qualificação profissional, afinal, ser livre e independente é muito mais prazeroso.

AGUARDEM A PRÓXIMA POSTAGEM!

TURISMO: CONHECER O CALDEIRÃO DO URUBU EM VENTUROSA É UMA AVENTURA E UM TESTE DE SOBREVIVÊNCIA NA CAATINGA

Com o amigo Gui, nosso guia de turismo, fizemos esse registro no início da subida do Caldeirão do Urubu, na zona rural de Venturosa. Com uma temperatura de 32 graus, sem chuvas desde maio, aos poucos a região estão mudando a cor da paisagem.

A árvore que é fácil de ver por todos os lados é o angico, onde suas bagens avermelhadas, secam e com o vento balançando os galhos, estralam e as sementes caem, proliferando ainda mais sua origem. Fiz essa imagem de cima do Caldeirão do Urubu, que tem seus 200 metros de altitude.

O riacho da Luiza, em Venturosa, secou, mas, o nome ficou para sempre. Conta uma das moradoras da comunidade que na época dos escravos, no século XVI, uma escrava chamada de Luiza, fugindo das garras de seus patrões, foi encontrada muito faminta e com sede, depois de correr por léguas a pé, ao tentar passar por um riacho da região, não suportou fazer mais esforço, acabou morrendo dentro do riacho, na escorria muita água. Eis o motivo do sítio em Venturosa, que antes pertencia a província de Arcoverde e depois a vila da Pedra, receber o nome de Riacho da Luiza.

O lajedo do Urubu, de cima, nos proporciona essa vista panorâmica sensacional. Vemos uma vegetação de caatinga misturada com várias geoformas de pedras. São rochas de vários tipos e tamanhos. Se um dia foi o fundo do mar, percebe-se na sua estrutura ambiental.

A serra do Padim Basto faz parte da região da Vila do Tará, comunidade que tem praticamente 200 habitantes e está localizada às margens da BR-424, uma das principais estradas que faz ligação do agreste meridional com o sertão do estado de Pernambuco.

O que dizer de uma imagem dessa? O mandacaru de um jeito diferente, onde mais parece uma taça. Todo o seu caule tem água. É um cacto originário do bioma da caatinga e essa imagem fiz na tarde desse sábado, 01/09, enquanto subia o lajedo do Urubu.

Tempo firme. Temperatura em elevação. Segundo meteorologistas, essa região do sertão pernambucano e outras partes sertaneja não tem influência da costa atlântica e sim da zona de convergência intertropical.

O conjunto de serras em toda a cordilheira que compreende os municípios que vão de Venturosa a Pesqueira, está vivendo já um período de estiagem, já que o mês de maio passado houve o último registro de chuva. De lá para cá, apenas rápidas pancadas de chuva que não serve nem para diminuir o calor da região.

Um mandacaru em cima de uma rocha granítica. Qual a explicação? Fácil de entender, água acumulada na pedra, mesmo não sendo muita já é o suficiente para ter vida em abundância para os cactos. Já dizia um macumbeiro que trabalhou comigo numa rádio em Alagoas, "sou igual a mandacaru, nem dou sobra, nem encosto". Não é que ele tinha razão!?

Existem rochas que são formadas por um único tipo de mineral. Essas nada mais são do que um mineral agrupado em grande quantidade, como é caso do quartzito, que é formado apenas por quartzo. As rochas são classificadas em três diferentes tipos, que variam conforme a sua gênese: sedimentares, ígneas e metamórficas.

As rochas podem ser classificadas de acordo com sua composição química, sua forma estrutural, ou sua textura, sendo mais comum classificá-las de acordo com os processos de sua formação. Pelas suas origens ou maneiras como foram formadas, as rochas são classificadas como ígneas, sedimentares, e rochas metamórficas.

Já pensou em curtir um clima de montanha em pleno nordeste brasileiro? Pois a região serrana de Pernambuco, que costuma registrar temperaturas mais baixas no inverno, é uma prova de que não é só de praias e aridez do sertão que se faz o estado. A possibilidade de vestir um casaco em meio a um cenário incrível, boa gastronomia e hotéis fazenda bem estruturados têm chamado a atenção de turistas de todos os cantos do mundo. No cume do lajedo do Urubu, na zona rural de Venturosa, à noite, por exemplo, a temperatura cai drasticamente, chegando aos seus 12 graus ou mais, afinal são 200 metros de altitude somente da grande rocha.

A imbira vermelha é a planta muito comum de encontrarmos no meio a caatinga, especialmente, durante o percusso da trilha do Urubu, em Venturosa. Há os rasga-beiço, umburana de cheiro, cipó e muita rama que se não for forte na pisada, acaba derrubando uma pessoa. A imbira vermelha serve como remédio para dor de barriga.

Esse registro fizemos em cima de uma das rochas onde seu piso tem formato de fundo do mar, ou seja, áspera, cores como o cinza, amarelo são fáceis de visualizar.

Cláudio André O Poeta, estudando, aprendendo e treinando o trste de sobrevivência na caatinga.
Com esse parceiro a aventura é garantida. Apresento-lhe o amigo GUIO, morador da Vila do Tará que fica há 04 km de distância do sítio Riacho da Luiza, em Venturosa. Quem deseja conhecer toda a região do Tará, procure o nosso guia de turismo, Luciélio Almeida Barbosa, mais conhecido por Guio ou Gui.