13 de fevereiro de 2018

CONHEÇA A SERRA DO TEIÚ QUE ESTÁ ÀS MARGENS DO RIO IPANEMA. VALE APENA FAZER UMA TRILHA


Em mais uma aventura turística, o Blog do Poeta esteve conhecendo a Serra do Teiú, que está localizada na zona rural do município de Belo Monte, região do Baixo São Francisco.
Uma caminhada pelo leito do Rio Ipanema a cada instante você fica vislumbrado com o tamanho da beleza natural. Para chegar a esse local, o ponto de partida é o Povoado de Barra do Ipanema.
No pé da Serra do Teiú, percebemos que as pedras tem toda uma coloração amarelada, quando os raios do sol batem nas pedras, parecem ser banhadas a ouro. O vento nesse ponto, bate e volta.
No emaranhado das pedras, uma vegetação de caatinga aparece dando mais vida a fauna e flora em todo o percusso do Rio Ipanema.

O pico da Serra do Teiú deve ter aproximadamente 80 metros de altura, lugar ideal para a prática de rappel. Nesse ponto do rio, a ventilação é muito forte em determinados momentos. A serra recebe esse nome devido a existência de teiús, onde  nesse período, entre a primavera e o verão, tornam-se ativos e são encontrados com facilidade em campos, trilhas e matas preservadas. Também podem ser avistados em outros lugares. 
Em áreas rurais, o teiú pode aparecer inclusive no quintal das casas. Não é todo o percusso do Rio Ipanema, que se pode andar à pé e ver de perto uma serra como essa.

Por mais de 500 metros de comprimento, a Serra do Teiú é um dos pontos mais bonitos para conhecer no Rio Ipanema, na zona rural de Belo Monte. O município de Belo Monte está situado na zona fisiográfica do Sertão do Baixo São Francisco, e possui um clima semi-árido, quente e seco.
No período de chuvas, as pedras viram numa bonita queda d'água. A macambira e a palma selvagem, além da coroa de frades, são plantas que resistem a altas temperaturas em cima das rochas.
A formação rochosa da Serra do Teiú parece com a cabeça de um lagarto muito encontrado na região.

A areia no leito do rio guarda muita água no seu subsolo. Durante a trilha, encontrei vários poços cavados dentro do rio e no pé da Serra do Teiú.

Quando os raios do sol batem em pleno meio-dia, no paredão rochoso, logo podemos ver uma cor amarelada nas pedras, como se tivessem terminado de ter recebido tinta ouro.

Na Serra do Teiú, há marcas rupestres, mas, para toca-las, somente descendo o paredão de rappel.

O passeio para chegar a esse ponto do rio leva-se cerca de 40 minutos. É necessário muita disposição para enfrentar a areia no leito do Rio Ipanema. Hidratante e muita água, são componentes que não podem faltar durante a caminhada.

A vista se perde diante da beleza nessa região do Rio Ipanema. Desse local para a foz fica a 2 km de distância. No período de muitas chuvas, o rio passa com água com até 20 metros de altura.

Por esse local passou Lampião e seus cangaceiros na década de 30. No meio das pedras tem pequenos amigos ao meio de mandacarus, macambiras e catingueiras. Na próxima postagem mostraremos um outro trecho do Rio Ipanema que é a Cabeça D'água dentro do rio.


O RIO IPANEMA VISTO DE UMA MANEIRA DIFERENTE PELO BLOGUEIRO CLÁUDIO ANDRÉ (PARTE 01)


Esse é o leito do Rio Ipanema a poucos metros da foz com o Rio São Francisco. Nesse local o rio tem tem uma largura de aproximadamente 20 metros.
Fazer uma trilha pelo leito do Rio Ipanema é desafiante, porém, a beleza natural no seu entorno, supera todo o esforço para encarar o "areial" que toma de conta de todo o espaço do rio.
Imagine você estar debaixo de um sol escaldante, acima dos 35 graus centígrados e pisando uma areia fofa e solta... De vez em quando o céu fica nublado, como mostra imagem acima.
Na trilha que fiz por mais de uma hora de caminhada vamos entendendo o quanto é importante cuidar do meio ambiente sem provocar desmatamento.
O desmatamento é visto de perto. Infelizmente a mata ciliar ao redor do Rio Ipanema tem deixado muitos danos. Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos córregos, lagos, represas e nascentes. Também é conhecida como mata de galeria, mata de várzea, vegetação ou floresta ripária.
Pelo menos no leito do rio por onde passei o que a gente viu foram várias e muitas caatingueiras, que suporta altas temperaturas e sua raízes são profundas.
A Serra do Teiú é uma das belas paisagens na beira do Rio Ipanema, há poucos metros do Povoado de Barra do Ipanema, município de Belo Monte, Alagoas.
Nessas serras é fácil de localizar entre pedras, materiais usados em mineração. 
Nessa imagem que fiz percebam que um parte da serra está no sol, outra, na sombra, justamente provocado pela corrente de nuvens passageiras. Para embelezar a foto ainda, o mandacaru ficou num ângulo sensacional.
Entre serras e picos, está o leito do Rio Ipanema, que atravessa parte dos estados de Pernambuco e Alagoas. Vejam que no seu entorno as árvores serve de locais para reprodução aves de vários tipos, deixando a flora ainda mais cheia de vida.
O jegue, o jumento, ainda é um animal símbolo do sertão que sobrevive às necessidades que a região sofre. No reino animal há o seu lado de protecionismo. Veja a proteção da mãe com seu filhote. Mesmo na sombra, não desgruda do jumentinho. Coisas de mãe...

A força da água e do vento, faz com que as pedras que estão no curso do rio, fiquem lisas e brilhantes, como tivesse sido um trabalho da mão humana. Na próxima postagem, mostraremos que o tour realizado por essa região do Rio Ipanema não foi em vão. Valeu todo esforço e suor que foi expelido pelos poros do corpo. É o Poeta Viagens e Aventuras em mais uma viagem.

ILHA DO OURO, SERGIPE, ONDE ACONTECE O ENCONTRO DOS RIOS IPANEMA E SÃO FRANCISCO

A Ilha do Ouro é um povoado do município de Porto da Folha, Sergipe. Veja na foto que existe no leito do Rio São Francisco uma parte que está bem rasa, devido as chuvas que caíram na cabeceira do Rio Ipanema e a enxurrada jogou muita areia no Velho Chico, deixando essa espaço sem condições de navegabilidade.
Relatos históricos constam que nesse lugar, no pé do monte, antes era coberto por água e os navios no início do século XVII, quando chegavam trazendo os Holandeses, atracavam e levavam material para construção da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres no cume do morro, bem no meio do Rio São Francisco.

A serra toda de pedra e a vegetação da caatinga encravada em cima, impressiona como há vida e sobrevivência com tanto pedregulho.
Nas minhas andanças pelo sertão de Alagoas, durante a segunda-feira de carnaval, encontrei em uma das árvores próximo às margens do Rio São Francisco, ninhos feitos pelo pássaro "casaca-de-couro". O pássaro Casaca-de-couro, ou João-pimpão, é um engenhoso animal, sabe como ninguém tecer seu ninho de garranchos.

A vegetação rasteira e bastante verde se confunde com o cinza da caatinga, deixando o meio ambiente ainda mais encantador.

Desse ponto observa-se um desnivelamento proporcional no encontro dos Rios Ipanema e São Francisco. Quando o Rio Ipanema deságua no Velho Chico da imaginar o tamanho da força da enxurrada, já que vários outros pequenos rios e riachos desaguam desde a sua nascente em Pesqueira, agreste de Pernambuco.

A diferença de coloração das águas, pode-se observar o encontro de dois importantes rios do Nordeste. De um lado, Alagoas, do outro, Sergipe. O Rio São Francisco desde sua nascente em Minas Gerais, percorre cerca de 2. 700 Km até a Foz, localizada no município de Piaçabuçu-AL, enquanto que o Ipanema percorre mais de 200 Km até a foz no município de Belo Monte.

O Rio Ipanema percorre pouco mais de 200 Km desde sua nascente no agreste de Pernambuco. No seu percusso pode-se ver muita degradação, muita poluição, muito desmatamento. Esse rio é temporário, mas, no seu auge por onde passa deixa sua marca, pena, que nas cidades que ele margeia, o ser humano não tem cuidado, deixando o rio virar deserto.

Nessa foto registrei os metros finais do Rio Ipanema para desaguar no Rio São Francisco. Essa água que vocês podem ver, é um restante das chuvas caídas em 2017 em sua cabeceira. Há locais que o rio passa com mais de 10 metros de largura.

Nesse local, final do leito do Rio Ipanema ele chega a marcar mais de 5 metros de largura. Toda essa areia e vegetação já estão dentro da área que compreende o Velho Chico.

Um mar de areia. Uma vegetação própria de beira de rio. Interessante, que ao andar por esse "areial", a gente se sente como estivesse andando num pântano, pois, aonde se pisa, a água surge naturalmente.

Depois de uma caminhada longa e que se exigiu muito esforço, não resisti a um banho no encontro dos dois rios. Nesse local, Rio Ipanema e Rio São Francisco, se misturam e deixam o lugar ainda mais sensacional. 
Raso, água cristalina, fria e uma correnteza suave, tudo isso nos cativou para mergulhamos nessa aventura e darmos uma pausa para a hora do almoço, pois, na próxima postagem, verás como foi enfrentar a caminhada de mais uma hora pelo curso do Rio Ipanema.

O SERTÃO COM SEUS ENCANTOS E SUAS BELEZAS NATURAIS, CONHEÇA HOJE MESMO!


A invasão do Rio Ipanema no Rio São Francisco mostra que a natureza se entende. Toda a areia jogada dentro do Velho São Francisco, foi a força da água que saiu do Rio Ipanema que nasce no estado de Pernambuco.
Subir esse morro rodeado de mandacaru e macambira, foi um desafio forte que enfrentei na manhã dessa segunda-feira, 12/02, tudo para conhecer a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres em Barra do Ipanema, zona rural de Belo Monte, Alagoas.

Mesmo debaixo de alta temperatura, o mandacaru mostra sua beleza natural...

Entre pedras, pedregulhos, rochas, plantas surgem no meio diferenciando a vegetação da caatinga...

Do alto do morro da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, vista panorâmica do Velho Chico e do Povoado de Ilha do Ouro, zona rural de Porto da Folha, Sergipe.

A Foz do Rio Ipanema depois de percorrer mais de 200 km da nascente em Pernambuco, se encontra com o Rio São Francisco, na divisa com Sergipe. Desse ponto em diante, ambos deságuam no Oceano Atlântico.

Com a enchente de 2017, o Rio Ipanema, que nasce em Pesqueira, Pernambuco, jogou muita areia dentro do Velho Chico.

O desassoreamento é visível em toda a marge do Rio São Francisco. Com isso, a pesca fica comprometida, deixando muitos ribeirinhos sem o seu "ganha-pão".

A fé cristã vista do alto do morro da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres. Fiz essa foto após visitar esse ponto cultural religioso, na divisa de Belo Monte-AL, com Porto da Folha-SE.

Para onde você olhar a natureza a seu recado e mostra sua beleza. Não importa se tem espinhos. O que vale é o lugar e passeio. Assim foi minha segunda-feira de carnaval.

12 de fevereiro de 2018

IGREJA DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES EM BARRA DO IPANEMA, ALAGOAS, COMPLETARÁ 394 ANOS DE CONSTRUÇÃO

A Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, localizada em uma serra no meio do Rio São Francisco, hoje, Barra do Ipanema, no município de Belo Monte, Alagoas, foi construída no ano de 1624, período que os Holandeses invadiram o Brasil. Não se sabe o certo quais motivos fizeram os Holandeses chegarem em território brasileiro.
Estive conhecendo na manhã dessa segunda-feira de carnaval, 12/02, toda a estrutura que a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, foi construída. Moradores da região estão recuperando o telhado e parte da madeira que está sendo consumida pelo tempo. A igrejinha, no alto da serra e com uma vista maravilhosa do Rio São Francisco, tem paredes muito largas, feitas de barro e tijolos, telhas pesadas e algumas com escritas difícil de entender a mensagem deixada há praticamente 394 anos.

O piso superior da igreja ainda está coma a mesma madeira de quando foi construída. Possivelmente, esse era o lugar onde os padres provindos da Holanda, se reuniam estrategicamente. A madeira resistente ao tempo, sustentam a construção. A imagem original de Nossa Senhora dos Prazeres, encontra-se em outra igreja da comunidade de Barra do Ipanema, enquanto se recupera essa outra igreja. Barra do Ipanema, na verdade, é uma Colônia de Pescadores, onde moram cerca de 30 famílias.

O altar da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, resiste ao tempo. Está intacto mesmo passados 394 anos de construção da igreja. Segundo relatos, os Holandeses chegaram de navio que atracaram na lateral do morro e por isso conseguiram "certa facilidade" de subirem com o material para construir a Igreja logo quando eles chegaram, mesmo o morro rodeado de águas profundas naquela época.
Segundo um morador, o piso feito de madeira, abaixo tem túmulos com restos mortais. Até agora não se sabe quem foram as pessoas enterradas nessa igreja de 394 anos de construção. Especula-se que sejam padres ou familiares holandeses que morreram e o único lugar para enterrar tenha sido dentro da igreja. Há muito mistério sobre isso.

No morro no meio do Rio São Francisco está a Igreja da padreira do Povoado de Barra do Ipanema. Um verdadeiro desafio para subir e chegar até lá. Na frente da igreja, tem um cruzeiro, colocado para ser usado para pagar promessa e símbolo da fé cristã e ao mesmo tempo, um túmulo com  os restos mortais do senhor Francisco Pereira Bomfim, falecido em 1918, quando completou seus 70 anos de idade. Na história não diz o motivo de tê-lo enterrado em cima do morro.


O teto da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, feita de Jatobá, serve de esconderijo para morcegos. Veja que na foto que fiz alguns apareceram voando o alta da igreja. Todo dia 27 de agosto, acontece a celebração da festa da padroeira da comunidade.  O cenário paradisíaco da região, foi relatado pelo padre Francisco José Correia de Albuquerque, um dos fundadores de Santana do Ipanema, pregador de várias missões.
O senhor José de Marinalva, morador da Barra do Ipanema, mostrou um dos túmulos que fica dentro da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, na zona rural de Belo Monte, Alagoas. Uma das características mais marcantes são as campas de enterramento, ainda em madeira original do século XVII. 

Em mais um tour pelo sertão de Alagoas, conheci mais uma pessoa simples e maravilhosa, que foi o senhor Zé de Marinalva, pescador, zelador da igreja e morador da comunidade. Esteve nos acompanhando por vários pontos culturais à beira do Velho Chico.

Essa telha foi encontrada no teto da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, com escritas antigas, porém sem tradução legível.

11 de fevereiro de 2018

A CASA DA PIZZA E RESTAURANTE SÃO JOSÉ JÁ ESTÁ FUNCIONANDO

Foi inaugurada nesse sábado, 10/02, no Distrito de Lagoa de São José, zona rural de Bom Conselho, a Casa da Pizza e Restaurante São José.
O amigo Benício foi um dos primeiros clientes a saborear o almoço da Casa da Pizza e Restaurante São José. Todos os dias, tem para o almoço:  Feijão Tropeiro, normal e fava.
Para o jantar: Cuscuz temperado e uma variedade de carnes.
A Casa da Pizza está às margens da PE-218, ao lado do posto de Combustíveis.

A IMAGEM DO DIA POR CLÁUDIO ANDRÉ O POETA

Em todas a minhas viagens vou contemplando a natureza feita pelo Criador do Universo. Hoje, me deparei com esse pé de caraibeira às margens da PE-218, próximo ao Distrito de Lagoa de São José, zona rural de Bom Conselho. Vi, gostei e compartilho com todos os leitores desse blog.

SAIBA MAIS
Craibeira, caraíba ou caraibeira como é mais conhecida (Tabebuia caraiba). É uma planta de porte arbóreo, da família das bignoniaceae. É uma árvore exuberante, forte, nativa do bioma Caatinga e Cerrado onde é conhecida também como ipê-amarelo-do-cerrado, que exibe a beleza das suas flores justamente nos meses mais secos do ano, quando floresce no mês de setembro.