17 de outubro de 2020

Codevasf firma parceria com instituições para propagar palmas forrageiras resistentes a praga

 


Uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Fundo Internacional da Desenvolvimento Agrícola (FIDA) está propiciando a micropropagação de palmas forrageiras resistentes à Cochonilha do Carmim, uma praga que causa sérios danos à cultura. As atividades, que incluem pesquisa e produção de mudas, estão sendo desenvolvidas pela Universidade Federal de Viçosa (UFV).

O projeto, que conta com investimentos da ordem de R$ 11,9 milhões, prevê ações como a multiplicação, em laboratório, de cultivares resistentes, uma etapa que já está em andamento. Em setembro, a equipe técnica da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação da Codevasf visitou locais de micropropagação de mudas no campus da UFV, acompanhada por consultoria externa do Mapa.

Posteriormente, o projeto deverá executar a distribuição de mudas em municípios do Semiárido e a capacitação de pequenos produtores dessa região, sobretudo de caprinos, ovinos e bovinos, para aproveitamento eficiente da reserva de água existente, bem como a instalação de sistemas de irrigação por gotejamento, necessários ao cultivo das cactáceas.

A palma forrageira é o principal alimento utilizado pelos agricultores do Semiárido para alimentar seus rebanhos, principalmente em períodos de estiagem. É amplamente cultivada na região devido às suas características de adaptação a solos rasos, deficientes em água e matéria orgânica. Apesar de robusta, a palma está sujeita ao ataque de pragas e doenças.

“Acreditamos que o projeto poderá contribuir para a manutenção dos rebanhos e a permanência dessas famílias em suas terras, minimizando prejuízos socioeconômicos que possam vir a afetar essa população”, aposta a gerente de Apoio à Produção da Codevasf, Andrea Sousa.

Ao longo do projeto, a expectativa é que sejam produzidas 5 milhões de mudas de palma forrageira em laboratório, com ênfase em variedades tolerantes à Cochonilha do Carmim. No total, 205 municípios da região semiárida – área de abrangência do Projeto Dom Helder – deverão receber mudas provenientes dos viveiros de aclimatação. “Ao final deste ano, iniciaremos a montagem do primeiro polo em Água Branca, Alagoas, para recepção das primeiras mudas”, projeta o engenheiro agrônomo Vinícius Ribeiro, doutor em Solos e Nutrição de Plantas e pesquisador da UFV.

“Ações dessa natureza reforçam o compromisso da Codevasf no desenvolvimento regional, sobretudo no que se refere à promoção de ferramentas que possibilitem a fixação do homem no campo, geração de emprego e renda, o que, no momento atual, movimentará a economia dessas regiões”, conclui o diretor da Área de Gestão dos Empreendimentos de Irrigação, Napoleão Casado.

Colaboraram com o projeto, por meio da cessão de materiais para micropropagação e montagem de um banco de diversidade de espécies e cultivares de palma forrageira, a Embrapa Semiárido, a Universidade Federal do Ceará, a Universidade Federal da Paraíba (Campus de Areia) e o Instituto Nacional do Semiárido (Campina Grande – PB).

Codevasf

BRIGA POR CAUSA DE POLÍTICA DEIXA UM MORTO A TIRO NO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO


De acordo com informações da Seção de Comunicação da 4ªCIPM - Companhia Ten PM Cirilo de Souza Araújo (Vanguarda do Itaparica), nesta sexta-feira (17) a guarnição local ao realizar rondas no centro da cidade de Tacaratu foi acionada pela central da 4 CIPM, a qual informou que tinha acontecido um homicídio no Sítio Gameleira e a vítima havia sido socorrida por populares para o hospital local. 

De imediato a guarnição seguiu ao hospital, onde médica plantonista relatou que a vítima havia dado entrada no naquela unidade hospitalar sem os sinais vitais. 

Testemunhas relataram que o suspeito e a vítima haviam discutido momentos antes por causa de política. Após a discussão, o suspeito foi até a sua resistência e voltou a pé armado com um revólver. 

Ao se aproximar da vítima, efetuou 01(um) disparo no peito esquerdo, em seguida fugiu a pé. As diligências continuam no intuito de capturar o autor do homicídio.

do Blog do Assis Ramalho

16 de outubro de 2020

Delegados recebiam mensalinho de R$ 5 mil para passar informações sobre investigações, diz PF

 

Pagamentos eram feitos para que empresários fossem avisados pelos policiais.

As investigações da Polícia Federal descobriram que um grupo de empresários, do ramo de saúde, pagava uma espécie de mensalinho, no valor de R$ 5 mil, para que delegados federais dessem informações sobre qualquer operação que fosse planejada pela instituição contra eles.

Um dos grupos, segundo as investigações, atuava fornecendo medicamentos a prefeituras do RJ. E, por isso, queriam, de acordo com investigadores, que o delegado Wallace Noble, de 39 anos, desse informações sobre possíveis investigações sobre o setor.

O delegado Wallace Noble foi preso nesta quinta-feira (15), na segunda fase da operação Tergisversação. O empresário Marcelo Freitas Lopes , também com mandado de prisão, não foi encontrado pelos policiais.

A polícia diz que já comprovou pagamentos de R$ 10 milhões em propina pelo grupo. O Ministério Público Federal diz que havia uma organização criminosa que agia de maneira sistêmica dentro da Superintendência da PF no RJ:

"A atuação da organização criminosa (...) teria se caracterizado como um quadro de corrupção sistêmica instalado em busca de recebimento de propina por parte dos aludidos delegados de Polícia Federal"

Segundo a corporação, as investigações mostram ainda que durante os meses de fevereiro e abril de 2017, o delegado Wallace Noble teria recebido R$ 480 mil em propinas pagas por empresas localizadas em Volta Redonda, no Sul Fluminense.

Na ocasião, o delegado estava em missão na região e conseguiu concluir o inquérito em pouco tempo tomando presencialmente o depoimento de envolvidos que residiam no Rio, o que não é usual e poderia ser feito através de carta precatória.

Depoimentos de colaboradores e depósitos bancários obtidos pela PF mostrariam que essa forma de agir foi uma maneira do policial se aproximar dos investigados e receber propinas.

A primeira etapa da operação, em junho do ano passado, prendeu um delegado da ativa da PF, um escrivão da PF e um advogado.

A força-tarefa afirmou à época que o esquema excluía, mediante propina, os nomes de empresários e de suas companhias das investigações em curso em um núcleo da Polícia Federal. Seis pessoas foram denunciadas pelo MPF pelos crimes de corrupção ativa e passiva.

Os suspeitos nesta segunda fase são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, organização criminosa e obstrução à justiça.

Nesta quinta-feira, os policiais estiveram ainda na casa de um delegado federal aposentado e no apartamento de um delegado da Polícia Civil do Rio. A Corregedoria da instituição acompanhou as buscas.

G1 RJ

Antonieta de Barros, a parlamentar negra pioneira que criou o Dia do Professor

Um menino no interior do Maranhão comemora o 15 de outubro, assim como uma menina gaúcha. O dia do professor é celebrado em todo o Brasil. Sabem esses estudantes quem é a extraordinária heroína brasileira que criou a data? Seus feitos, sua história? Sabem os professores destes estudantes algo sobre ela? Ou será que esta personagem fantástica, mulher e negra, foi invisibilidade?

Antonieta de Barros foi excepcional. Está entre as três primeiras mulheres eleitas no Brasil. A única negra. Foi eleita em 1934 deputada estadual por Santa Catarina, mesmo ano que a médica Carlota Pereira de Queirós foi eleita deputada federal por São Paulo. Sete anos antes, Alzira Soriano havia sido eleita prefeita num pequeno município do Rio Grande do Norte, primeiro estado a permitir disputas femininas.


Expoente da ideia “anárquica” de que as mulheres deveriam ter direito ao voto, a bióloga Bertha Lutz trocou inúmeras cartas com Antonieta na década de 1930. Vale lembrar, Antonieta foi eleita menos de meio século após a abolição da escravatura e apenas dois do sufrágio —que deu às mulheres direito ao voto facultativo. Num país fortemente preconceituoso quanto à classe, cor e gênero tinha orgulho de sua história.

Nasceu em Desterro, como era chamada Florianópolis, no dia 11 de julho de 1901. No registro de batismo, na Cúria Metropolitana, realizado pelo Padre Francisco Topp, não aparece o nome do pai. A mãe era Catarina Waltrich, escrava liberta. No imaginário popular, a verdadeira paternidade estaria ligada à família Ramos, uma das mais tradicionais do Estado.

A bandeira política de Antonieta era o poder revolucionário e libertador da educação para todos. O analfabetismo em Santa Catarina, em 1922, época que começou a lecionar, era de 65%. Isso que o Estado, sobretudo pela presença alemã, aparecia com um dos índices mais altos de escolarização do país, seguidos por São Paulo.

Segundo conta Karla Leonora Dahse Nunes na sua dissertação de mestrado, Catarina teve três filhos e os sustentava como lavadeira, serviço comum às mulheres negras da época. Também teve, com a ajuda financeira de Vidal Ramos, uma pequena pensão para estudantes. Foram esses jovens que ensinaram as letras tardiamente para a curiosa Antonieta. Alfabetizada, mergulhou por conta própria no universo dos livros.

Professora formada, tinha 17 anos quando fundou o curso particular “Antonieta de Barros”, com o objetivo de combater o analfabetismo de adultos carentes. Sua crença era que a educação era a única arma capaz de libertar os desfavorecidos da servidão. Sua fama de excelente profissional, no entanto, fez com que lecionasse também para a elite nos Colégio Coração de Jesus, Dias Velho e Catarinense.

Se existissem barreiras, lá estaria Antonieta para rompê-las.

Sua defesa acirrada pela educação fez com que ocupasse as páginas dos jornais. Além de professora, virou cronista. Não havia outra mulher em posição semelhante no Estado. Em 23 anos de contribuição à imprensa escreveu mais de mil artigos em oito veículos e criou a revista Vida Ilhoa.

De seus opositores nos jornais e nas bancadas, ouviu que “mulheres não deveriam opinar, pois nasceram para servir”, “que a natureza não dá saltos, cada ser deve conservar-se no seu setor, e a finalidade da mulher é ser mãe e ser rainha do lar” e que “não seguisse o exemplo de Anita Garibaldi, uma vagabunda”.

Mas aqueles homens brancos da elite oligárquica e política, não a intimidaram. Antonieta era forte, mulher de fibra. Não havia quem tivesse argumentos para calá-la. As calúnias eram rebatidas com intelecto e destreza nos artigos assinados sob pseudônimo Maria da Ilha. Sua caneta era afrontosa. Escrevia sobre educação, os desmandos políticos e a condição feminina. Dizia que as mulheres não deveriam ser “virgens de ideias”.

Honesta, enérgica e humana, era respeitada e admirada por seu espírito de justiça. Tinha voz numa época que as mulheres eram silenciadas. Escreveu dois capítulos da Constituição catarinense, sobre Educação e Cultura e Funcionalismo, até ser destituída do cargo pelo golpe de Getúlio Vargas.

Em 1937, publicou o livro Farrapos de Ideias. Os lucros da primeira edição foram doados para construção de uma escola para abrigar crianças, filhas de pais internados no leprosário Colônia Santa Tereza. A obra teve outras duas edições.

Uma das poucas frustrações da carreira de Antonieta foi não ter cursado o ensino superior. Seu sonho era a Faculdade de Direito, exclusiva para homens. Mas na política ela brilhou, foi eleita novamente em 1947. Desde sua vitória, apenas outras 15 mulheres ocuparam uma cadeira na Assembleia de Santa Catarina. Nenhuma negra. Antonieta ainda não teve herdeira de luta.

A primeira grande lei educacional do Brasil foi sancionada por dom Pedro I em 15 de outubro em 1827, um marco para a educação brasileira. A data era comemorada informalmente, mas foi um projeto de Antonieta a lei que criou o Dia do Professor e o feriado escolar nessa data (Lei Nº 145, de 12 de outubro de 1948), em Santa Catarina. A data seria oficializada no país inteiro somente 20 anos depois, em outubro de 1963, pelo presidente da República, João Goulart

Outras leis importantes foram concessões de bolsas de cursos superiores para alunos carentes e concursos para o magistério, para elevar o ensino público e evitar apadrinhamentos.

Antonieta deveria ser uma espécie de Frida Kahlo brasileira. Foi feminista numa sociedade conservadora, negra e mulher numa terra de oligarquias, mestre de centenas de jovens da elite branca que jamais deixaram de reverenciar sua cultura e personalidade. E é a prova que não são apenas as manifestações de raiz açoriana que sustentam a cultura de Florianópolis.

“A grandeza da vida, a magnitude da vida, gira em torno da educação”, escreveu em seu livro. Seu nome deveria ser conhecido por cada criança que homenageia seus professores no dia 15 de outubro. Por cada mulher que exerce seu direito ao voto e disputa vagas nas eleições. Por fim, por cada brasileiro que sai às ruas indignado com os preconceitos de cor, classe e gênero.

213 anos de escravidão: a herança de Antonieta

Para percebermos como Antonieta foi célebre basta entender um pouco do contexto histórico de Santa Catarina, o Estado com maior população dita branca do país. Da primeira expedição de Martim Afonso de Souza, em 1531, até o último navio negreiro que aportou no Rio de Janeiro, em 1856, quatro milhões de africanos foram sequestrados para se tornarem escravos em solo brasileiro.

Desterro (Florianópolis), território Guarani, foi povoada em 1675, quando o bandeirante Francisco Dias Velho, vindo da Capitania de São Vicente (São Paulo), se apossou das terras com sua família e uma comitiva de 400 pessoas, a maioria, indígenas e negros escravizados.

Há inegáveis traços africanos na construção da identidade catarinense, mas eles são apagados. A presença negra não é lembrada pela história popular, embora, no século 19, 20% da população de Desterro tenha sido negra. No mesmo período, no Planalto Serrano, de onde veio Catarina, mãe de Antonieta de Barros, chegava a 50%, de acordo com o livro Negro em Terra de Branco, escrito por Joana Maria Pedro, Ligia de Oliveira Czesnat, Luiz Felipe Falcão, Orivalda Lima e Silva, Paulino Francisco de Jesus Cardoso e Rosângela Miranda Cherem.

Segundo o livro, a economia da província não se baseava em latifúndios, mas a presença negra não era, de modo algum, inexpressiva. O negro escravizado desempenhava funções na pesca de peixes e baleias. Trabalhava com seus senhores nas plantações de arroz e mandioca. Exercia ofícios de sapateiros, pedreiros, marceneiros, ferreiros e soldados. Servia para os cuidados domésticos da elite burocrática e militar. E ainda como lava-pés e cadeirinhas.

resistência à escravidão é bastante documentada do começo a metade do século 19. Da criação de grupos cívicos à fundação de irmandade como a Nossa Senhora do Rosário, que coletava fundos para compras de alforrias. A opressão não era pouca. Negros não podiam se aglomerar, “vadiar” pelas ruas, nem cantar e dançar sob pena de 50 chibatadas.

No livro Navegadores e Exploradores de Santa Catarina, Roberto Wildner traz a figura do naturalista Langsdorff. É do cientista o relato cruel sobre o comércio em Desterro, em 1803: “A quantidade de escravos negros de ambos os sexos que se veem aqui é estranha aos olhos desacostumados de um europeu qualquer. Despertou-me revolta especial quando vim pela primeira vez a Nossa Senhora do Desterro e vi um grande número destas criaturas abandonadas, nuas, deitadas frente às portas de ruas laterais e oferecidas à venda. Apenas as regiões púbias estavam cobertas com um velho pano rasgado que após alguns dias eram substituídos por um grosseiro tecido azulado”.

Em Florianópolis, a primeira vez que esse tema apareceu no mundo acadêmico foi em 1960, na pesquisa dos jovens sociólogos, à época, Fernando Henrique Cardoso e Otavio Ianni, reeditada como Negros em Florianópolis. Na obra, ficam claro os preconceitos de cor e o quanto Santa Catarina se esforçou para ser a “Europa dentro do Brasil”.

Não foi o espírito humanitário que engajou as campanhas abolicionistas. Foi a esperança no branqueamento da população que ansiava pela modernidade econômica. O negro não cabia nesse plano, pois era visto como atraso, um impeditivo aos novos tempos. O resultado da repulsa pelos negros foi que os abolicionistas não lutaram por retratação histórica, nem se preocuparam com o destino de milhares de pessoas após a abolição.

Desterro ansiava pela chegada dos europeus, que deixariam a população de pele e olhos claros e teriam vocação para o trabalho e o progresso. Tinha pressa. Foi a terceira capital da abolição. Jornais da época tinham como principais produtos de beleza, o “Cremme Oriza, para branquear, abrandar e refrescar a pele” e o “Tônico Oriental para cabelos finos como seda”.

No entanto, nos portos aos quais chegaram os imigrantes, primeiro os açorianos, depois alemães e italianos, eram os negros que trabalhavam de estivadores. Já no início do século XX, o início da modernização arquitetônica modificou a imagem de Florianópolis. Os casebres dos negros, situados no centro da cidade, foram demolidos. O de Antonieta permaneceu em pé por interferência da família Ramos.

Criou-se, então, a lei das tábuas. O governo deu tábuas para os negros com a condição que construíssem suas casas longe da vista. Aí começou a ocupação dos morros. Surgiram as comunidades do Morro da Caixa D'Água, da Coloninha e do Continente. Em seguida, nasceram clubes como União Recreativa 25 de Dezembro, Brinca Quem Pode, Flor da Mocidade, Flor do Abacate, Tiramão.

Houve o florescimento de uma intelectualidade negra, Ildefonso Juvenal da Silva, Trajano Mar­garida, João Rosa Júnior, Amália Efigênia da Silva, Maria da Rosa Lapa, Demerval Cordeiro dos Santos, Maria Carlita, Dorvalina Machado Coelho e Maria Venânia —professores, jornalistas, poetas, compositores, músicos, oradores da geração de Antonieta—, costumeiramente desdenhados pela elite branca.

Antonieta era a exceção. Era aceita pelos brancos. Mas, vale ressaltar que, de 1929 a 1951, escreveu em oito jornais sem nunca ter falado de sua cor. O que não foi impeditivo para ouvir de um colega de bancada parlamentar, o médico Oswaldo Rodrigues Cabral, que ela escrevia “intriga barata de senzala”.

Aline Torres é jornalista, escritora e criadora da Construtores de Memórias, uma agência de narrativas, especializada em transformar lembranças afetivas em livros, reportagens e documentários.

 FOTO: Antonieta de Barros, primeira mulher negra eleita no Brasil.

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SANTA CATARINA

COMÉRCIO DE BOM CONSELHO E DA REGIÃO VAI FUNCIONAR NORMALMENTE NA SEGUNDA-FEIRA, 19/10


SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO DE GARANHUNS DIVULGA TERMO ADITIVO A CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2019/2020 

Caso a EMPRESA venha a funcionar no dia 19 DE OUTUBRO DE 2020 (DIA DO COMERCIÁRIO) nos termos deste instrumento coletivo, concederá uma FOLGA COMPENSATÓRIA aos seus empregados, numa das alternativas abaixo elencadas: 

a) 01 (uma) FOLGA COMPENSATÓRIA pelo feriado efetivamente trabalhado, GARANTIDA A FOLGA SEMANAL REMUNERADA prevista na legislação pertinente, folga compensatória esta a ser concedida até 30 (trinta) dias após o feriado. 

b) Ou 01 (uma) FOLGA COMPENSATÓRIA pelo feriado efetivamente trabalhado, GARANTIDA A FOLGA SEMANAL REMUNERADA prevista na legislação pertinente, folga compensatória esta a ser concedida no DIA DO ANIVERSÁRIO DO EMPREGADO, devendo haver o ajuste entre empregador e empregado para aplicação da melhor alternativa; 

c) Ou 01 (uma) FOLGA COMPENSATÓRIA pelo feriado efetivamente trabalhado, GARANTIDA A FOLGA SEMANAL REMUNERADA prevista na legislação pertinente, folga compensatória esta a ser concedida no MÊS DE ANIVERSÁRIO DO EMPREGADO, devendo haver o ajuste entre empregador e empregado para aplicação da melhor alternativa; 

PARÁGRAFO ÚNICO: EXCEPCIONALMENTE, na hipótese da empresa não conceder a FOLGA COMPENSATÓRIA disciplinada nesta Cláusula, deverá efetuar o pagamento do dia em dobro em conformidade ao que determina a SÚMULA 146 - TST e o artigo 9º da Lei nº605/49.

No caso de Bom Conselho, o comércio vai funcionar normalmente.

Propaganda de político em poste e contador de energia poderá gerar multa de 8 mil reais


Colocar propaganda eleitoral em postes de energia e caixas de medição (medidores) pode gerar multa de até R$ 8 mil para o infrator. O alerta foi feito pela Equatorial Energia Alagoas. A distribuidora explicou que, além de irregular, o ato prejudica a leitura das contas de luz e expõe, quem pendura as faixas nas estruturas da distribuidora, ao risco de choques elétricos. 

De acordo com a legislação eleitoral, Lei n 9.504/1997, ratificada pela Resolução do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, Nº 23.610/2019, é proibida a veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral em bens públicos, nos bens cujo uso dependa de cessão ou permissão do poder público e nos bens de uso comum do povo. Quem veicular propaganda em desacordo com o disposto na lei será notificado para, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, removê-la e restaurar o bem, sob pena de multa no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a R$ 8.000,00 (oito mil reais).

 “Os adesivos de propaganda colados nas caixas de medição impedem a realização da leitura mensal. Nessas situações, a conta é faturada pela média, conforme prevê a Resolução 414/2010 da Aneel, podendo acarretar acúmulo de consumo e impactar no valor do boleto, já que não é possível verificar o que de fato foi consumido. Além disso, o ato pode refletir também na arrecadação dos impostos e dos tributos”, explica o gerente de Relacionamento com o Cliente da Equatorial, Carlos Morais.

Morais alerta ainda sobre os riscos de colocar faixas de candidatos nos postes de energia. “Não se deve subir nas estruturas da distribuidora para se colocar faixas ou cartazes, pois a pessoa pode tocar acidentalmente a rede, levar um choque e ainda provocar o rompimento dos cabos de energia, expondo também quem passa pelo local. Somente profissionais autorizados pela Equatorial podem subir nos postes com segurança”.

A fiscalização de propaganda eleitoral pode ser feita pela população e deve ser comunicada à Justiça Eleitoral ou ao Ministério Público Eleitoral. As divulgações ilegais podem ser denunciadas por meio do aplicativo Pardal, que pode ser baixado gratuitamente nos dispositivos com sistema operacional Android e iOS.

 

*Com Ascom Equatorial

15 de outubro de 2020

BRASIL / 82% dos prefeitos do Brasil dizem que não retornam às aulas presenciais em 2020

 


Estudo conduzido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) com 3.988 cidades, cuja representação corresponde a 71,6% do total do país, aponta que 82% dos prefeitos acreditam que não será possível retomar o ensino presencial das escolas da rede pública ainda neste ano e quase 94% não têm data definida para o retorno.

O cenário é reflexo das preocupações e incertezas em relação à pandemia do novo coronavírus. A parcela de gestores (17%) que acredita na possibilidade de reabertura das instituições ainda em 2020 só irá adotar o processo de retomada gradual com a garantia da queda do contágio da doença e, também, a disponibilidade de vacina.
A pesquisa foi divulgada na manhã desta quinta-feira (15/10) e a abrangência territorial representa 31,4 milhões de estudantes da educação básica, sendo 14,6 milhões das redes municipais.

Investimento no ensino remoto
Diante do atual cenário, 97,5% das administrações municipais consultadas têm investido em recursos para reforçar a aprendizagem à distância. Dentro desta amostragem, pouco mais de 98% alegou que está distribuindo material impresso como alternativa para equalizar as desigualdades referente ao acesso aos meios digitais.

Junto a esta estratégia, outras atividades são realizadas: 86,4% responderam que enviam atividades por meio de aplicativos de mensagens instantâneas e 70,6% capacitam os docentes para o ensino remoto.

A paulistana Mariana Teixeira da Silva, mãe da Mirella de 14 anos, que está no oitavo ano do ensino fundamental da rede municipal não aprova o ensino à distância.

“Começou em maio, quando ainda não tinha material didático. Depois, com a criação de um aplicativo pela prefeitura, as atividades e aulas eram disponibilizadas lá. Minha filha ficou semanas e meses sem respostas e eu que corria atrás das dúvidas. Ela já é uma adolescente, mas infelizmente não está conseguindo acompanhar”. Mas ao mesmo tempo, se questiona: “Como é que vai voltar as aulas presenciais se ainda não há cura para a doença?”, diz.

Perspectivas de retomada
Segundo a pesquisa, 2.811 municípios já estão com planos de retorno elaborados ou em fase de elaboração e pouco mais de 72% já possuem comitê ou colegiado interdisciplinar com profissionais de Educação e Saúde para a elaboração de ações em conjunto.

A reabertura das escolas também exige investimento financeiro, além dos gastos convencionais, que representa 25% do orçamento total dos municípios. Isso porque é necessária a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs) para docentes e estudantes, além da adaptação dos fluxos de ingresso e saída do colégio e da infraestrutura de espaços em comum, banheiros e salas de aula. 

Segundo o levantamento, para 81,5% dos municípios, o mínimo de 25% dos recursos de educação já está comprometido. Mesmo com as instituições fechadas, os gastos referentes à manutenção, material didático e salário dos professores continuaram.  

“O Ministério da Saúde disponibilizou R$ 454 milhões para atender a todas as escolas do país, neste processo de adaptação. Acontece que apenas para aquisição de EPIs para os alunos, por exemplo, em todas as regiões do Brasil, o custo é de R$ 3,2 bilhões, considerando a rede estadual e municipal, e de R$ 1,8 bilhão apenas para as redes municipais”, explica a consultora de educação da CNM, Selma Manique.

Para os cálculos, a Confederação Nacional de Municípios levou em conta o número de alunos matriculados nos municípios, tanto em escolas municipais quanto estaduais.
Fonte: CNN Brasil

14 de outubro de 2020

CHUVAS MÊS DE SETEMBRO DE 2020 (por Alexandre Tenório)

COLUNA ENSAIO GERAL

Amigo leitor o mês de setembro de 2020 teve uma boa precipitação para este mês, foram 48 mm enquanto no ano passado 2019 foi apenas 10mm. Com isto o acumulado do ano de 2020 chegou a 1003 mm. 

Podemos dizer que foi um ano muito bom de chuva, vem agora o verão, que tem tudo para ser um dos mais quentes, porém os barreiros e os açudes estão todos cheios, com isto podemos enfrentar a estiagem com mais tranquilidade.

CAVERNA DOS HOLANDESES DE BOM CONSELHO COMPLETARÁ 111 ANOS QUE FOI DESCOBERTA POR CARLOS VILELA

No próximo mês de dezembro, a caverna dos Holandeses ou Buraco do Bulandim, completará 111 anos que foi descoberta pelo aventureiro e escritor, Carlos Vilela.
Muitos bonconselhenses ainda não conhecem esse atrativo turístico, que foi marco de um confronto sangrento entre negros fugidos e holandeses sob o comando do capitão João Blaer no ano de 1645. Isso ocorreu devido o fim da República dos Palmares. Mas ao passar 51 anos desse confronto, mais precisamente no anos de 1696, foi possível reorganizar as fazendas, inclusive, dando o início a história da terra de Papacaça.

 
Essa é principal porta de entrada para caverna dos Holandeses, onde facilmente pode-se ver a existência de caulim nas paredes das cavidades feitas pelos escravos que eram escravizados pelos holandeses.

Hoje, é fácil o acesso a caverna, já que tomamos para si a responsabilidade da sinalização que o ensina a chegar até esse ponto turístico e histórico de Bom Conselho se nenhuma dificuldade. A história é prolixa, exige-se muita pesquisa e estudo como estamos fazendo. No dia exato de aniversário de descobrimento da caverna dos Holandeses, faremos um documentário especial.

Até lá, acesse nosso portal de turismo!





MONUMENTO DO CENTENÁRIO DE BOM CONSELHO COMPLETARÁ 28 ANOS DE CONSTRUÇÃO

A cidade de Bom Conselho tem um monumento histórico de comemoração dos 100 anos da terra de Papacaça, construído no ano de 1992, quando o prefeito era Gervásio Matos. 
Localizado na lateral da prefeitura e no contexto da praça Frei Caetano de Messina, qualquer visitante que chegar na cidade hoje e ver esse monumento vai interpreta-lo como "praça do picolé", pelo seu formato e pela falta de uma placa informativa com as informações sobre esse atrativo turístico. Será que é tão caro fazer isso?


A cidade de Bom Conselho chegou ao seu centenário no dia 28 de dezembro de 1992, justamente nessa data foi inaugurado o monumento que tem um painel que simboliza a história de surgimento da terra de Papacaça, feito pela artista plástica e professora de música, Carmem Cleide Tavares que atualmente reside na cidade de Garanhuns. Carmem, é filha do casal Nara e Zé Maria (já falecidos).

Fotos: Cláudio André O Poeta

PERSONAGEM JUSTO VERÍSSIMO - UMA VISÃO FUTURISTA DE MEIO SÉCULO PARA A FRENTE

O comediante e humorista, Chico Anísio, apresentou na TV Globo por muito tempo um personagem chamado de Justo Veríssimo, o qual fazia críticas ao comportamento dos políticos em tempos de eleição. Até parece que o texto que era interpretado pelo personagem Justo Veríssimo, no ano de 1972, já visualizava 40 anos pela frente, onde o comportamento dos políticos brasileiros permanece o mesmo.

Quando Justo Veríssimo em suas apresentações afirmava "rico não gosta de pobre e quer que ele se exploda", em síntese, está claro um comportamento desigual, enfadonho, discriminador e desumano por parte de determinados políticos.

Idiota é o pobre que se mistura com rico, em especial, com político. Idiota é o pobre/eleitor, que se deixa ser uma marionete e compra briga por causa de político.

Estamos às véspera de mais uma eleição municipal, onde o cenário é o mesmo e os personagens são os mesmos.

Que cada um faça sua parte, vote conscientemente em quem achar melhor e tomara que seu voto faça a diferença no final.

13 de outubro de 2020

BARBA PELÍCULAS - O LUGAR IDEAL PARA SEU CARRO SER BEM TRATADO

 

Quando seu carro precisar de película, em Bom Conselho, tem um lugar e uma equipe capacitada para lhe atender. Estamos nos referindo a BARBA PELÍCULAS, sob o comando do amigo Germano.

Películas e acessórios automotivos para todos os tipos de veículos. Revitalização de faróis é com Barba Películas. Ligue agora mesmo para (87) 9 8123-0275 e marque a hora que você quer ser atendido. Comodidade é com Barba Películas.


30 ANOS DA GAZETA DE BOM CONSELHO

COLUNA ENSAIO GERAL


30 ANOS DA GAZETA- PARABÉNS

Amigo leitor este é um artigo que escrevo com satisfação, pois, é uma data de jubilo para a cultura de nossa cidade. Os 30 anos do jornal “A GAZETA” vem mostrar que nem tudo está perdido, no que diz respeito a cultura de nossa terra. 

Coloquei Luiz Clério como um dos 16 homens mais influentes do século XX de nossa cidade, e realmente ele sempre terá um lugar especial na nossa história, pois, um bom-conselhense que consegue editar um jornal por 30 anos numa cidade onde a cultura nunca foi e nunca será prioridade é um herói.

Por muitos anos tive o prazer de escrever para este jornal, foi lá que comecei a escrever os artigos com o título “A TENDA DE ZÉ BIAS”, que culminou no meu primeiro livro.

Podemos não concordar com algumas ideias do editor, porém não podemos de jeito nenhum deixar de reconhecer o seu mérito e importância para a cultura de nossa cidade.

Quero aproveitar e parabenizar ao meu amigo Marconi Urquiza pelos seus excelentes artigos, escritos para este jornal.

 Para terminar, quero lançar aqui um novo desafio, vamos voltar com o SITE BOMCONSELHOPAPACACA, que foi muito importante para a integração dos bom-conselhenses que estão aqui e os que estão lá fora. 

VIVA BOM CONSELHO.

por Alexandre Tenório Vieira