22 de janeiro de 2022

O MAIS IMPORTANTE É TOCAR O SINO, MESMO QUE O SANTO SEJA DE BARRO

 

Quando falo ou escrevo citando que a leitura liberta e nos deixa mais sapiente, porém num estágio de jovem aprendiz, procurei saber do "moído" dessa paráfrase que diz "devagar que o santo é de barro", terminei encontrando outra fábula interessante, sobre Guinefort, o cão que virou santo.

Na Antiguidade e na Idade Média, tornaram-se santos, bruxos, políticos e até bandidos, daí encontramos uma resposta do por que de "certos e determinados políticos" não perderem uma procissão, uma reza, uma manifestação religiosa em tempos de eleição. Ou o cabra é religioso demais (não importa a religião), ou está com segundas intenções disfarçado de rezador. Das duas, uma.

Vejamos:

Guinefort: da injustiça à “cãononização”

Entre o final do século 12 e o começo do século 13, existiu um pequeno castelo na diocese de Lyon (400 km ao sul de Paris). Era uma propriedade modesta, que não tinha vigias – só alguns cães de guarda que não tinha vigias – apenas cães de guarda. Certo dia, o dono do castelo e a esposa precisaram ir até uma cidade vizinha. 

Deixaram o filho pequeno sozinho por algumas horas. E, bem nessa ausência, algo terrível aconteceu: uma cobra entrou no quarto da criança. 

Um dos cachorros, um galgo chamado Guinefort, notou o perigo e atacou a serpente com várias mordidas.

Matou a cobra, mas a criança e o quarto ficaram todos sujos de sangue. Algumas horas depois, quando o casal voltou de viagem e se deparou com aquela cena, a mãe entrou em pânico. 

Ela achou que o sangue era do filho, e que a criança havia sido atacada por Guinefort. Enfurecido, o marido pegou sua espada e, com um movimento rápido, cortou a cabeça do cachorro. Mas o casal logo viu que a criança estava bem, dormindo em paz. E encontrou a cabeça da serpente jogada num canto do quarto. Eles haviam cometido uma atroz injustiça ao matar o pobre cachorro. 

O casal se sentiu em débito com Deus pela intercessão milagrosa de Guinefort, e pelo modo como ela foi ignorada. Envergonhado, o senhor do castelo providenciou ao cachorro um enterro com todas as honras possíveis.  

O casal se mudou algumas semanas depois. A história foi sendo repetida, e aumentada, pela população local. Guinefort caiu na boca do povo, passou a ser adorado como um mártir cristão – e recebeu dos camponeses locais o título de santo. 

Mulheres de diversas regiões da França passaram a visitar o túmulo do animal, na esperança de alcançarem suas bênçãos e curarem seus filhos doentes. 

A Igreja não reconheceu a santidade do cachorro. O frei dominicano Estevão de Bourbon, que trabalhava para a Inquisição medieval, escreveu um relato do caso. 

Para ele, aquilo era um absurdo, e as adoradoras de Guinefort estavam negligenciando a saúde de seus filhos, já que o animal não era milagroso. 

Mas, mesmo tendo os poderes da Inquisição ao seu dispor, o frei preferiu não processar as mulheres por heresia. Provavelmente ele percebeu que não existia maldade nas ações dessas mães, que só queriam ver os filhos curados. 

Antes do século 13, quando os atos heroicos de Guinefort o transformaram em santo popular, os europeus já acreditavam que os cachorros tinham poderes místicos. 

Baseados nisso, muitos senhores e cavaleiros medievais empregaram cachorros entre seus trabalhadores, na esperança de que doenças e ferimentos humanos fossem curados com lambidas, e para que os soldados fossem seguramente escoltados pelos animais ao retornarem de batalhas muito violentas. 

O frei Estevão não mediu esforços para acabar com as superstições em torno de Guinefort, e chegou a exigir a exumação dos restos mortais do cachorro, ordenando a seus subordinados que a ossada fosse queimada e enterrada bem longe de Lyon. Há indícios de que o frei tenha até ameaçado os camponeses com excomunhão e exílio, caso eles insistissem em adorar Guinefort. 

Essa pressão provavelmente teve algum resultado, mas não acabou com a veneração ao cachorro. 

O frei Estevão morreu em 1260, cinco anos depois de concluir seu tratado sobre a fé (no qual dava especial atenção a mitos e superstições). 

Mas a crença em Guinefort acabou indo muito mais longe.  

A prática de apelar ao cachorro para a cura de bebês e crianças durou até o século 19, e algumas regiões do interior da França tinham até mapas para orientar quem peregrinava até o túmulo original do cachorro milagroso. 
 Mesmo no século 20, entre as décadas de 1960 e 1970, o heroísmo de Guinefort ainda era celebrado nos arredores de Lyon. 

Da revista Super Interessante

Sim, mas o que essa frase tem haver com a fábula acima? Tudo.

O político que no tempo de eleição num solta um andor de santo, ele está submergindo aos relatos da fábula, onde um cachorro foi transformado em santo e mobilizou toda uma comunidade em sua volta. Se um cachorro tornou-se santo por que num posso ser bem visto como exemplo para obter votos? 

Mesmo sabendo que o sino está acima para qualquer repique, na primeira oportunidade  que tiver, vou toca-lo e chamar atenção, se não consigo fazer ao mesmo tempo. É assim que caminha a humanidade... O mais importante é tocar o sino e estar aos pés do santo, mesmo de barro!

NÃO VOU COM A CARA DESSE TIPO DE GENTE

 

Aqui em Bom Conselho tem gente com "mestrado e doutorado" nesse tipo de expediente. Tem uns que adoram fazer média com igrejas, padres, pastores, achando que esse pessoal vai leva-los para o ceu... 
Gente assim, desconfie. Gente assim, saia de perto. Gente assim, quanto menos olhar para você, melhor.

"TUDO PODE EM BOM CONSELHO" - PANDEMIA É UM MITO NA TERRA DE PAPACAÇA

 

Quando cheguei em Bom Conselho há 13 anos, ouvi uma frase do jornalista Luis Clério Duarte e naquele momento eu achava que era apenas uma brincadeira... O tempo passou... Não é que essa frase de Luís Clério se perpetuou como a maior realidade de Bom Conselho?!

Pois bem, chegou na redação desse blog um vídeo do atual prefeito confirmando apoio a uma festa no distrito de Rainha Isabel, indo na contramão dos decretos sanitários que foram divulgados pelo governo do Estado, em nome da geração de emprego e renda... 
Quanta tolice! Quanta inocência!

Veja o boletim desse sábado, 22/01: 
"Boletim deste Sábado (22/01/2022). Hoje temos 54 Caso(s) Confirmado(s) e 29 Caso(s) Recuperado(s)".

O que significa isso? 
O que citamos aqui nesse blog, no jornal A Gazeta, no Blog do JB, é por que torcemos contra Bom Conselho? É por que somos oposição? Quem está errado? Esses meios de comunicação ou essa autorização de eventos em Bom Conselho em plena pandemia?

Um prefeito que autoriza eventos em plena pandemia não pensa no bem da população. Prefeito que autoriza eventos durante o aumento de casos de gripe H3N2 anexado ao Corona, não merece apoio e respeito da população.

Tem razão o jornalista Luis Clério, quando diz que "aqui tudo pode". Bom Conselho administrativamente, permanece de ladeira abaixo e com os freios quebrados. Cabe o povo a ter vergonha na cara e no próximo mês de outubro, não votar nesses "parasitas da política".

Mas, há aqueles que para defender um emprego para o filho ou alguém da família, diz que estamos batendo demais no governo... Quer dizer que é para todo mundo ficar calado, batendo palmas, balançando a cabeça como uma catenga? 

Com a autorização e apoio dessas festas em Bom Conselho pelo poder público municipal, está provado que não estão respeitando os idosos, as famílias, os trabalhadores, etc.

Ainda ficam com "conversa mole e demagogia no rádio". Use máscara, evite aglomeração... Mas os shows estão liberados... O que adianta essas firulas no rádio?

Um dia esse povo acorda para a realidade... Não está com a molesta!

VIAJANDO PELA BAHIA, CONHECENDO A BAHIA DE UM JEITO DIFERENTE

Bahia apresenta três tipos de vegetação. A Caatinga é a predominante e pode ser encontrada em toda a região norte do estado, na área da depressão do rio São Francisco e na serra do Espinhaço. O Cerrado ocorre na parte ocidental do território baiano, e a floresta tropical úmida, no sudeste.

Curatella americana, conhecido popularmente como sambaíba-de-minas-gerais, sambaíba, sambaíba-do-rio-são-francisco, caimbé, lixeira, cajueiro-bravo, cajueiro-bravo-do-campo, cajueiro-do mato, cambarba, craibeira, penteeira, sobro e marajoara, é uma árvore ou arbusto tortuoso da família das dileniáceas. 

O cajueiro-bravo-do-campo encontrei vários pés após andarmos pela depressão sertaneja no interior do município de Santa Brígida, norte da Bahia.

Podemos afirmar que cerca de 64% do território do Estado da Bahia é revestido por caatingas, 16% por cerrados, 18% por floresta tropical úmida e 2% por campos.

Planta muito comum no Semiárido brasileiro, a bromélia rupícola ou macambira-de-flecha tem uma importância que vai muito além dos seus usos em artesanatos, medicamentos e alimentos para animais e pessoas da região.

Para investigar como a bromélia rupícola atua nos ecossistemas da Caatinga, bioma que ocupa boa parte do Nordeste e a porção norte de Minas Gerais, os pesquisadores realizaram observações mensais durante o período de 2011 a 2018 em três afloramentos rochosos onde elas ocorrem

Quanto mais a gente andava, mais se deparava com uma vegetação tipicamente da caatinga e em alguns trechos criava uma variação de caatinga com cerrado. Nesse local, eu estava há mais de 20 km do centro da cidade de Santa Brígida, distante de Paulo Afonso, 40 km.

Muito comum por essa região norte da Bahia encontrarmos cavidades como essa e com água acumulada. Geologicamente, o nome correto chama-se marmita.

Nessa pesquisa, constatou que a espécie de macambira de flecha é uma das poucas que consegue crescer nesses afloramentos rochosos, que são bastante inóspitos do ponto de vista das condições físicas. 

Nesses locais, elas formam um habitat favorável para os animais que vivem na região, proporcionando um ambiente com temperaturas mais amenas e maior umidade em comparação com o meio externo e funcionam, assim, como um refúgio.

No entanto, a sua preservação vem sendo ameaçada, uma vez que os lajedos e afloramentos rochosos têm sido cada vez mais atingidos pela mineração e queimadas.

Segundo a classificação climática de Thornthwaite para o estado da Bahia, o clima predominante no território é o Semiárido que apresenta, dentre suas características, irregularidade na distribuição pluviométrica durante o ano (média pluviométrica anual local entre 400 a 650 mm), que ocorre de forma irregular.

Região Nordeste é possível identificar três tipos de climas: tropical, semi-árido e equatorial úmido. A região da Serrinha, oeste de Santa Brígida, o relevo tem uma variedade em tipos de solo.

A experiência vivida nesse torrão nordestino, levo no meu "matulão", muitas histórias para contar para meus filhos e meus futuros netos... A Bahia é um país, por sua grandeza e história. A caatinga é um habitat diferente que lhe proporciona rico conhecimento.

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