28 de dezembro de 2022

Prévia do Censo 2022 aponta que Alagoas tem 3.125.254 habitantes


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou, nesta quarta-feira (28), uma prévia do resultado do Censo 2022, que continua sendo realizado em todos os pontos do país. De acordo com os dados, Alagoas já registrou, até o momento, um total de 3.125.254 habitantes. Em todo o país, já são 207,8 milhões de pessoas.

Em todo o Nordeste, já são 55.389.382 habitantes, sendo o estado mais populoso, até o momento, a Bahia, com 14.659.023 de habitantes. A prévia dos demais estados é a seguinte: Maranhão (6.800.605) Piauí (3.270.174), Ceará (8.936.431), Rio Grande do Norte (3.303.953), Paraíba (4.030.961), Pernambuco (9.051.113), Alagoas (3.125.254) e Sergipe (2.211.868).

Pelo levantamento feito até 25 de dezembro, Maceió ainda não tinha atingido o número de 1 milhão de habitantes, com 960.667 pessoas recenseadas. A prévia também aponta que Arapiraca conta atualmente com 235.085 habitantes. Já Pindoba, na Região Norte de Alagoas, continua sendo o município com o menor número de habitantes, com uma prévia de 2.734 pessoas. 

27 de dezembro de 2022

Eleição para novo mandato de presidente da CDL de Bom Conselho será dia 29/12

A Bom Conselho de 2022 vive características da mesma de 1935 quando Carlos Artur Vilela chegou



por Arthur Carlos Villela

O transatlântico Vera Cruz deslizava mansamente no mar azul e calmo, levando-nos em direção ao nordeste, a um passado que deixáramos há trinta e quatro anos.

Confortavelmente instalados em nosso camarote eu e minha mulher não poderiamos deixar de recordar a nossa vinda para o Rio em 1923, em condições tão adversas — a bordo do Bahia, navio que o Brasil tomara aos alemães na l.a grande guerra, abandonamos nossa terra para tentarmos a sorte na grande capital. Trazíamos tristezas, amarguras e sete filhos pequenos, mas também uma boa dose de esperança num futuro melhor. 

Mal sabíamos das desventuras que passaríamos em terra estranha, que terrível doença nos levaria quatro daquelas crianças, e eu também quase morri não fosse o desvêlo do meu querido Tio Marcos, que auxiliou-nos e ergueu-nos daquela desgraça. Mas isso tudo estava distante; trabalhando e lutando criamos a nossa família, modestamente mas ccm honradez, e fomos, abençoados com vinte e um netos e por enquanto sete bisnetos,

E agora, depois de tão longa ausência — em 1935 fui rapidamente a Bom Conselho ver pela última vez minha adorada avó Mãe Chiquinha — íamos passar uma temporada em nossa terra, para revermos os lugares da nossa infância e mocidade.

Após três dias de excelente viagem, desembarcamos na capital pernambucana. De lá para Bom Conselho levaríamos mais seis horas de ônibus. Não é possível descrever a emoção e ansiedade que me tomavam, enquanto o ônibus devorava os quilômetros aproximando-se da nossa terra. 

Ao chegar os sentimentos mais diversos me assaltavam: alegria e ao mesmo tempo tristeza; surprêsa e decepção. Sim, ai estava a minha cidade — o colégio de Nossa Senhora do Bem Conselho, o Quadro, a Matriz. Havia crescido, com o número de casas muito aumentado. Mas não tinha aquele aspecto brilhante do meu tempo. Estaria a cidade diferente ou seria eu quem havia mudado?

Depois de alguns dias de permanência, vi com pesar a pobreza, a sociedade decaída, o comércio enfraquecido. E pus-me a pensar: que dirão meus filhos e meus netos se um dia chegarem até aqui? Eu sempre lhes conto tantas coisas passadas em minha terra e êles verão esta cidade tão sem atrativos! Não, o lugar da minha mocidade não era esse. 

Era alegre, sacudido por campanhas políticas, onde se realizavam grandes feiras, procissões, cavalhadas, reisados, bailes tradicionais promovidos pelos ricos fazendeiros e onde havia até sociedades Artísticas e Literárias. Famílias tradicionais, entre as quais sobressaía-se a família Villela, que fundou a cidade.

Comecei a pensar: ora, acho que eu sou o único da família que conhece as origens, da história dêste lugar. Quando eu desaparecer tudo se perderá, e nossos descendentes não conhecerão o seu passado!

Com esses pensamentos passei três meses em minha terra, recordando, vivendo e sofrendo o passado que ficou tão distante! Revia casa do meu avô, onde encontrei na porta a forma do ferro de marcar o gado, os armadores que meu pai colocou para a redi- nha de minha primeira filha... Percorri as fazendas de meus avós, de meus pais, de meu sogro... tudo tão diferente!

Alguns anos se passaram desde que fizemos essa viagem e, agora, residindo em Nova Friburgo, aposentado do serviço público, o que não posso deixar de registrar — devo ao meu tio Costa Neto, ponho em prática uma idéia há muito acalentada: a de deixar para meus parentes a história da sua família.

Governo de AL divulga resultado final do concurso da Polícia Militar



A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio de Alagoas (Seplag) divulgou, nesta terça-feira (27), o resultado final do concurso da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL). Os nomes dos aprovados para os cargos de oficial combatente e de soldado combatente constam na edição de hoje do Diário Oficial do Estado (DOE), a partir da página 64.

“Segue o resultado final na análise da documentação referente ao desempate de notas, na seguinte ordem: cargo, número de inscrição, nome do candidato em ordem alfabética, data e hora de nascimento informado pelo candidato por meio do envio da certidão de nascimento, exercício da função de jurado (sim ou não)”, explica trecho da publicação.

Agora, os candidatos devem aguardar o início do Curso de Formação de Oficiais (CFO), para os cargos de oficial, e do Curso de Formação de Praças (CFP), para os soldados, que ainda não tiveram data divulgada.

Conforme a publicação, as justificativas da banca para o deferimento ou indeferimento dos recursos interpostos contra o resultado provisório na análise da documentação referente ao desempate de notas estarão à disposição dos candidatos a partir da data provável de 3 de janeiro de 2023, no endereço eletrônico 

http://www.cebraspe.org.br/ concursos/pm_al_21.

por A Gazeta/AL

Menor de 16 anos é estuprada pelo tio dentro de motel em Arapiraca



Uma adolescente de 16 anos foi estuprada pelo seu tio nessa segunda-feira (26), dentro de um motel, na cidade de Arapiraca, onde abusou sexualmente dela. Após o crime, o suspeito, de 44 anos, abandonou a vítima em uma via pública.

Segundo relatos da menina, ela estava conversando com um amigo na rua, no município de Coité do Noia, quando o marido de sua tia chegou em um carro e disse que a levaria para lanchar e, em seguida, para casa. No entanto, ao entrar no carro ele mudou a rota e a levou para o local onde cometeu o crime.

Ao saber do ocorrido, a guarnição tentou localizar o acusado, mas não o encontrou. A vítima, por sua vez, foi conduzida - junto com os seus responsáveis - para a delegacia de Polícia Civil, em Arapiraca.

A menor também foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, para o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), onde ficou sob cuidados de uma equipe médica.

26 de dezembro de 2022

As trilhas de 2022

 Foram muitos quilômetros percorridos, foram muitos lugares que conheci durante o ano de 2022. 

No próximo ano vai ter muito mais.

Vale do Salgadinho, Bom Conselho, Pernambuco

Venturosa, Pernambuco


Rio Calumbi, Bom Conselho, Pernambuco

Canindé de São Francisco, Sergipe

Povoado Santiago, Pão de Açúcar, Alagoas

Pontal de Maracaípe/Pernambuco

Matureia, Paraíba

Cabaceiras, Paraíba

Encontro dos rios Traipu e Salgado, Minador do Negrão/AL


25 de dezembro de 2022

AL está entre os estados com maior nº de selos de turismo responsável

Capela de Nossa Senhora das Brotas, Alagoas
Imagem: Cláudio André O Poeta

Alagoas está entre as unidades da federação que registraram as maiores adesões ao selo "Turismo Responsável - Limpo e Seguro" do Ministério do Turismo (MTur). No total, o estado já conta com 2.328 adesões, figurando na 5ª colocação no país e 1ª do Nordeste.

Os segmentos com maior número de adesão são as agências de turismo (9.388), os meios de hospedagem (6.511), os guias de turismo (4.709), as transportadoras turísticas (3.848) e os restaurantes, cafeterias, bares e similares (2.784). 

Já os estados que registraram a maior adesão até o momento são: São Paulo (6.029), Rio de Janeiro (4.120), Rio Grande do Sul (2.505), Minas Gerais (2.490) e Alagoas (2.328). 

Para ver a lista completa, acesse AQUI

AL terá cinco feriados ou pontos facultativos "prolongados" em 2023

O Governo do Estado publicou no Diário Oficial os feriados e pontos facultativos de 2023 para a administração pública estadual. O decreto considera os feriados nacionais e estaduais. 

No total, serão 23 feriados e pontos facultativos, sendo que cinco deles são prolongados, ou seja, ocorrem às segundas ou sextas-feiras.

Confira abaixo as datas:

I – 1º de janeiro, Confraternização Universal (feriado nacional);

II – 20 de fevereiro, Carnaval (ponto facultativo);

III – 21 de fevereiro, Carnaval (ponto facultativo);

IV – 22 de fevereiro, Quarta-Feira de Cinzas (ponto facultativo);

V – 6 de abril, Quinta-Feira Santa (ponto facultativo);

VI – 7 de abril, Sexta-Feira da Paixão (ponto facultativo);

VII – 21 de abril, Tiradentes (feriado nacional);

VIII – 1º de maio, Dia Mundial do Trabalho (feriado nacional);

IX – 8 de junho, Corpus Christi (ponto facultativo);

X – 24 de junho, São João (feriado estadual);

XI – 29 de junho, São Pedro (feriado estadual);

XII – 7 de setembro, Independência do Brasil (feriado nacional);

XIII – 16 de setembro, Emancipação Política de Alagoas (feriado estadual);

XIV – 12 de outubro, Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional);

XV – 28 de outubro, Dia do Servidor Público (ponto facultativo);

XVI – 2 de novembro, Finados (feriado nacional);

XVII – 15 de novembro, Proclamação da República (feriado nacional);

XVIII – 20 de novembro, Zumbi dos Palmares (feriado estadual);

XIX – 30 de novembro, Dia Estadual do Evangélico (feriado estadual);

XX – 8 de dezembro, Nossa Senhora da Conceição (ponto facultativo);

XXI – 24 de dezembro, véspera de Natal (ponto facultativo);

XXII – 25 de dezembro, Natal (feriado nacional); e

XXIII – 31 de dezembro, véspera do Ano Novo (ponto facultativo).

O decreto informa ainda que os feriados municipais serão observados pelas unidades administrativas da Administração Pública Estadual Direta e Indireta do Poder Executivo, nas suas respectivas localidades. 

Caberá aos dirigentes dos órgãos e entidades do Poder Executivo a preservação e o funcionamento dos serviços essenciais afetos às respectivas áreas de competência, durante os feriados nacionais e estaduais e os pontos facultativos.

O nascimento de Jesus poderia ter sido 13 de abril, 14 de outubro ou 3 de julho...


Também é provável que, se o monge medieval encarregado de determinar a data de seu nascimento não tivesse calculado mal, estaríamos em 2026 agora. Mais ou menos. É impossível saber ao certo em que data Jesus de Nazaré nasceu. 

A única fonte que os historiadores têm para reconstruir sua vida são os evangelhos, escritos décadas depois de sua morte por pessoas que nunca o conheceram em vida e que eram propagandistas da fé em Jesus como messias. 

Sua história vem de segunda, terceira ou quinta mão, narrada por cristãos de primeira geração interessados, segundo historiadores, na morte e ressurreição de Jesus, não tanto em seu nascimento.

Os textos dos evangelistas, no entanto, fornecem pistas para situar Jesus — sobre cuja existência como personagem histórico há amplo consenso entre os pesquisadores — em um momento específico da história.

As fontes

As principais fontes, explica o historiador espanhol Javier Alonso à BBC News Mundo (serviço de notícias em espanhol da BBC), são os Evangelhos de Mateus e Lucas, escritos aproximadamente por volta dos anos 80-90 d.C.

Enquanto os textos mais antigos do Novo Testamento, como o Evangelho de Marcos e as sete cartas do Apóstolo Paulo de Tarso consideradas autênticas, não fazem menção de sua juventude, os Evangelhos de Mateus e Lucas incluem o que é conhecido como a "relatos da infância" de Jesus.

"O problema é que, do ponto de vista cronológico, eles são incompatíveis", diz Alonso, que também é filólogo bíblico e semítico.

Marcos afirma que Jesus nasceu durante o reinado de Herodes, o Grande, pouco antes de sua morte.

"Como agora sabemos que Herodes morreu em 4 a.C., conforme o Evangelho de Mateus, Jesus deve ter nascido em 4, 5, 6 ou 7 a.C."

Possivelmente eles perceberam a incoerência de que Jesus nasceu vários anos antes de Cristo, ou seja, dele mesmo. Mas paciência, chegaremos lá.

Lucas, porém, não fala de Herodes, mas relaciona o nascimento de Jesus ao censo de Quirino. Segundo seu relato, Maria e José, os pais de Jesus, tiveram que viajar da Galileia a Belém para poderem se registrar no censo.

O evangelista assegura que se trata do relato feito por Públio Sulpício Quirino, governador romano da Síria, que naquela época incluía a Judeia, e que o casal teve que viajar para lá, apesar do avançado estado de gravidez de Maria, porque era o lugar de nascimento de José.

O censo existiu, como testemunha o historiador Flavio Josefo, o que nos permite atribuir-lhe uma data: o ano 6 d.C.

"Ou seja, há uma diferença de pelo menos 10 anos entre Mateo e Lucas", argumenta Alonso.

A tudo isso devemos acrescentar mais uma circunstância: a possibilidade de que esses capítulos, Mateus 1 e 2, e Lucas 1 e 2, tenham sido acrescentados aos respectivos evangelhos uma vez que já estavam circulando, explica à BBC News Mundo, Antônio Piñero, professor emérito de Filologia Grega da Universidade Complutense de Madrid, na Espanha, cujo estudo se concentrou na língua e na literatura do cristianismo primitivo.

"Sabemos que foram adicionados porque os personagens do evangelho posterior, de Mateus 3 e Lucas 3, não fazem ideia do que aconteceu nos capítulos anteriores, e até há dados contraditórios", argumenta Piñero, que garante que os historiadores situam a redação desses relatos no início do século 2.

Portanto, é possível que, quando o nascimento e a infância de Jesus foram escritos, mais de 60 anos tenham se passado desde sua morte.

Até então, aponta Piñero, estima-se que havia cerca de 3 mil cristãos no mundo, espalhados, aliás, em diferentes comunidades.

Então, qual relato está mais próximo da realidade, Mateus ou Lucas?

Para determinar isso, os historiadores estudaram as outras âncoras históricas que aparecem nos Evangelhos, especialmente uma figura central na vida de Jesus: Pôncio Pilatos.

Sabe-se que Jesus morreu durante o governo do prefeito Pôncio Pilatos, ocorrido de 26 a 36 d.C., e que começou a pregar no 15º ano do imperador Tibério, explica Alonso.

"Se prestarmos atenção em Mateus, e Jesus nascer no ano 4 a.C., faz sentido. Ele morreria no ano 30 e teria, talvez, 34 anos", argumenta o historiador.

No entanto, se ouvirmos Lucas, a conta não fecha.

"Por datas, o que faz sentido é Mateus, ou seja, que Jesus nasceu aproximadamente em 4 a.C., nos últimos anos de Herodes, o Grande. Por outro lado, o censo de Quirinus não faz sentido, e entende-se que Lucas o usou como desculpa para deslocar algumas pessoas que são de Nazaré, no norte de Israel, para Belém, que é onde o messias tem que nascer, mas nada mais. É um artifício literário", conclui Javier Alonso.


Antônio Piñero concorda que se trata de um recurso profético: "uma vez que se acredita que Jesus é o messias, concorda-se com a profecia de Miquéias, capítulo 5:1, a de que o messias virá de Belém, cidade onde nasceu Davi". A profecia, que estava no Antigo Testamento, é então cumprida se Jesus nascer em Belém.

Existem mais fontes?

A resposta é não.

Os Evangelhos oferecem outras âncoras cronológicas que permitem situar Jesus no tempo, mas não há outros textos onde a sua vida tenha sido registrada.

Flavio Josefo, o historiador judeu-romano do século 1, "menciona Jesus em sua 'História dos Judeus', que escreveu por volta do ano 95, mas o faz de maneira geral, não menciona seu nascimento", explica Piñero.

"Você poderia saber o dia em que o imperador Augusto nasceu, mas não o de um pregador galileu, ninguém saberia. E, na realidade, as fontes que temos não foram escritas até muito mais tarde", acrescenta Javier Alonso.

E por que os primeiros cristãos não se interessaram pela infância de Jesus? Como é que Paulo não contou nada sobre os primeiros anos de sua existência? Por que Marcos, que escreveu o primeiro Evangelho cerca de 40 anos após a morte de Jesus, não menciona seu nascimento?

Segundo Piñero, deve-se levar em conta que, para os primeiros cristãos, a mensagem de Jesus era de que a chegada do Reino de Deus era "iminente".

Não era algo que aconteceria no futuro, no fim dos tempos ou após o julgamento final. Por isso, não havia interesse em relembrar momentos ou fatos específicos dos ensinamentos de seu profeta.

"Para o cristianismo primitivo, a chegada do Reino era muito iminente, então por que se preocupar? Nem com o túmulo de Jesus, nem com a data exata de sua morte, muito menos de seu nascimento", diz o acadêmico.

No entanto, como os contemporâneos de Jesus morreram e as gerações seguintes perceberam que o Reino dos céus não viria, surgiu a necessidade de escrever o que se sabia sobre ele para transmiti-lo às gerações seguintes.

"O nascimento de Jesus na religião cristã primitiva não tem importância porque a mensagem original é que Jesus morre pelos pecados da humanidade e ressuscita. E isso é o triunfo sobre a morte. Tudo o mais é decorativo", argumenta o historiador.

Mas, com o aumento de sua popularidade, surge a necessidade de conhecer mais sobre o personagem, para preencher as lacunas da biografia que não estão disponíveis.

"É por isso que o cristianismo escreve a biografia de Jesus ao contrário. Os textos mais antigos referem-se à morte e à ressurreição. Depois começam a falar da sua vida pública, dos três anos de pregação. E os dois textos que falam do nascimento são os mais recentes, os de Mateus e Lucas".

O Monge Dionísio

Assim, se a evidência histórica nos aproxima do ano 4 a.C., de onde vem a data do ano 1?

Aqui, um monge bizantino do século V, Dionísio, o Magro, entra em cena.

Como explica Piñero, Dionísio, estando em Roma por volta do ano 497, foi comissionado pelo Papa para determinar a data da Páscoa a fim de entrar em acordo com as igrejas orientais. E, uma vez que a data da Páscoa foi definida, ele foi convidado a descobrir exatamente quando Jesus nasceu.

Dionísio era cronógrafo, ou seja, estudava cronografia a partir dos textos da época.

"Ele não tinha as fontes que um historiador tem hoje, então fez como Deus o fez entender, e errou", argumenta Javier Alonso.

O monge determinou que Jesus nasceu 753 anos após a fundação de Roma, anotando 754 como o ano 1 da era cristã. Essa forma de contar os anos foi imposta ao longo do tempo e, com ela, o erro da data de nascimento de Jesus.

Naquela época, no mundo romano, o tempo era medido pelo número de anos do imperador (por exemplo, o ano 5 de Tibério, ou o ano 4 de Nero) e, em algumas cidades, pela data de sua fundação, como o caso de Roma.

E 25 de dezembro?

Dionísio não teve nada a ver com isso, pois foi estabelecido antes dele.

Trata-se, explica Piñero, de uma "invenção cristã": o imperador Teodósio Magno estabeleceu o cristianismo como religião exclusiva do Império Romano após o ano 380 "e quando a Igreja passa de perseguida a perseguidora, trata de assimilar dentro Cristianismo tanto quanto possível do paganismo."

Em 25 de dezembro, o império celebrava o festival do "sol invicto", o dia em que Zeus, o sol, derrotou a escuridão. Nem mais nem menos que o solstício de inverno, momento em que os dias começam a ficar mais longos.

O solstício é no dia 21, "mas os antigos o celebravam no dia 25 porque era a data em que já se notava que o "sol invencível", ou seja, Zeus, estava vencendo as trevas. 

E quem era o sol invencível? Bem, Jesus. É por isso que essa data é cristianizada e está determinado que o nascimento de Jesus foi em 25 de dezembro", explica Antônio Piñero.

Nesse mês também os romanos celebravam a Saturnalia, festa dedicada ao deus Saturno "em que se penduravam guirlandas, se distribuíam presentes e até havia árvores como a nossa no Natal. Assim, copiam-se datas, substituem-se datas e muitos vezes costumes", acrescenta Alonso.

Portanto, foi só a partir do século 4 que o nascimento de Jesus começa a ser celebrado.

E quando a data se torna relevante como feriado cristão?

A arte pode servir de pista, explica o historiador: na igreja de San Vitale em Ravenna, do século VI, da época do imperador Justiniano, "já existem imagens, por exemplo, da adoração dos Reis, pelo que se dá importância a episódios nos evangelhos relacionados ao nascimento de Jesus".

Se a data que celebramos não é realmente aquela em que Jesus nasceu, que outros dados sobre seu nascimento os historiadores dão como certo?

Antônio Piñero considera que, como os capítulos de Mateus e Lucas nos quais se fala da infância de Jesus são tão diferentes entre si, "a ponto de parecer que falam de duas pessoas diferentes", presumivelmente poderíamos considerar no que coincidem como suposto fato histórico. Basicamente, que seus pais se chamavam Maria e José, que era uma família muito religiosa, e que Jesus era galileu.

Mas Javier Alonson discorda: "me parecem dois textos quase mitológicos".


Esta reportagem foi publicada em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-64091753

24 de dezembro de 2022

Família sofre acidente fatal na Paraíba após fazer selfie em carro



Uma família fez uma selfie no carro em que seguiria viagem partindo de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, em direção ao estado da Bahia, pouco antes de sofrer um acidente fatal na estrada, nessa sexta-feira (23).

Um capotamento deixou três pessoas mortas, entre elas uma criança de 5 anos de idade, e pelo menos duas feridas. Os passageiros estariam à caminho da casa de parentes para passar as festas de final de ano.

O caso ocorreu na BR-412, próximo ao Distrito de Santa Luzia do Cariri, no município de Serra Branca. O condutor do veículo teria tentado desviar de um buraco, perdeu o controle e o carro caiu em um barranco. Logo em seguida, o veículo pegou fogo.


Alagoas registra mais de 9 mil casos de Covid-19 somente em dezembro

 


Em 23 dias de dezembro, Alagoas confirmou 9.140 novos casos de Covid-19 e 45 mortes pela doença no período. Os dados são dos boletins diários, divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).

Agora, o número de infectados pela doença desde o início da pandemia é de 333.853 e o de óbitos 7.185 em todo o Estado.

No mesmo período do mês passado, foram confirmados 1.279 casos da doença. Isso representa um aumento de 600% no número de casos confirmados de um período de um mês para o outro. Já quanto aos óbitos, foram 12, entre o dia 1º e 23 de novembro.

De acordo com o último boletim, divulgado nessa sexta-feira (23), O Estado registrou 169 novos infectados nas últimas 24h. Felizmente, não houve óbito pela Covid-19.

O boletim mostra, também, que há 1.556 casos sob investigação em Alagoas. Além disso, dos 184 leitos clínicos da rede pública, 49 estão ocupados. Já dos 63 leitos de UTI [Unidade de terapia intensiva], 21 pessoas estão internadas com a doença.

Com o avanço da Covid-19 em Alagoas, a Sesau voltou a recomendar uso de máscaras em locais fechados ou de aglomeração. As festas de fim de ano também preocupam as autoridades em saúde, que alertam para manter a vacina contra o vírus atualizada.

Mensagem de Natal de Real Auto Peças de Bom Conselho

 

A melhor casa de peças de Bom Conselho.
Ao amigo André da Real Auto Peças, minha gratidão pelo apoio ao Projeto Poeta Viagens e Aventuras durante o ano de 2022.

REFLEXÃO: Entre mortos e feridos, melhor escapar ferido

Em 2022 conheci muitos lugares e pessoas...
Que o ritmo não pare em 2023

Meus avós diziam um frase quando eu era garoto e eu não sabia o seu significado...

A frase?
"Entre mortos e feridos, melhor escapar ferido".

Os anos se passaram, tornei-me jovem, adulto e caminho para a velhice daqui a uns 30 anos... Hoje, aos 47 anos, entendo a frase repetidas várias vezes por meus avós...

O ano de 2022 terminando, saindo vivo, ferido.
Cada pessoa enfrenta uma guerra. Não aquele estilo de guerra que vive a Ucrânia.
A guerra de decisões. A guerra do inconsciente. A guerra de ideais. A guerra sócio-política (por desejarmos uma sociedade justa e igualitária). A guerra dos seus "demônios" interiores (Quem não tem)!?

Por fim, toda essa enxurrada de emoções de alguma maneira me deixa lições e acredito, eu, que vai me fortalecer para enfrentar o novo ano de cabeça erguida, porém não sendo o mesmo de antes...

Boas festas!

Meu texto de hoje.