23 de junho de 2021

HISTÓRIA DA PARÓQUIA DE NOSSA SENHORA DO BOM CONSELHO DE BELO MONTE/AL


Abonando o parecer de João Alberto Ribeiro, o qual diz que o proprietário fundador da fazenda primitiva, “fez construir, no mesmo ano, uma capela dedicada a Nossa Senhora do Bom Conselho”, podemos afirmar com segurança, que Belo Monte nasceu aos pés desta capelinha primitiva e sob olhar da Mãe do Bom Conselho.

A capela primitiva lá está de pé ainda no seu lugar de origem, do alto, dominando a visão da cidade e de um mais belos trechos do rio São Francisco: é a capela do cemitério. Não fora erguida com esse fim, mas, segundo os velhos costumes, no seu interior e ao redor foram sendo sepultados das gerações mais velhas.

A construção

Como o ano de 1886, fosse iniciada a construção da atual igreja, catorze anos mais tarde, pelos anos de 1899, o padre João Machado de Mello, então vigário, fez levantar os muros para uso de cemitério, ficando para o uso Cemitério, ficando a Capelinha no centro da fachada do mesmo.

Devido a delimitação dos muros, foram recolhidos os restos mortais dos antigos, que ficaram de fora e colocados no interior da capela. A ampliação ou prolongamento atual dos muros, deve-se ao esforço do então prefeito Raimundo da Fonseca Melo, no ano de 1969.

A restauração da Capela

O padre Antônio Soares de Melo, no seu paroquiato (1887 a 1896), fez um excelente trabalho de restauração da Capela, sem contudo alterar a estrutura da construção secular. Outrossim, foi essa primitiva Capela a testemunha de todos os movimentos religiosos, cívicos e fúnebres de muitas gerações até o término da construção do novo templo.

Os missionários

Nela, onde os missionários, padre Francisco, frei Dorotheu, frei David, frei Cassiano e outros tantos, celebraram os atos litúrgicos e as célebres missões da época. Na referida capela, que fora a primeira igreja matriz, ao lado esquerdo da mesma, havia a armação para o suporte do sino, como uma herança dos primitivos fundadores.

Vandalismo religioso

Lamentavelmente, tanto a armação, como velho sino das alvoradas missionárias, das madrugadas para os benditos, das chamadas plangentes para os misereres e dos dobres fúnebres, foram quebrados pelo marginais alienados, Eugênio e Libério...


A paróquia e sua fundação

Antes mesmo da criação da Vila, Belo Monte foi elevada a condição de paróquia. A lei Provincial, digo, Provisória nº 960, de 18 de julho de 1885 elevou-a a Freguesia com o nome oficial de Lagoa Funda “sob o orago de Nossa Senhora do Bom Conselho da Lagoa Funda”.

Entretanto, só depois de 01 ano e 10 meses, em 24 de maio de 1887, é definitivamente oficializada a Paróquia, recebendo logo depois, no dia 1º de julho, o seu primeiro vigário, padre Antônio Soares de Mello.


O progresso religioso

Passaram 61 anos, durante os quais, se desenvolveram, floresceram e frutificaram os esforços e ideais dos dinâmicos vigários que por ela passaram.

Além dos trabalhos de construção, organização e aquisição de peças e alfaias e imagens, foi fundado o Apostolado da Oração (1914 ou 1915), a Pia União das Filhas de Maria e Congregação Mariana (02 de fevereiro de 1945), Cruzada Eucarística Infantil e Sacramentinos.



A decadência Religiosa

Entre maus ventos sopraram e Belo Monte, e do florescimento religioso, passo a decadência, devido a transferência em 1948 para Batalha mesmo sem ato oficial por parte da Cúria Diocesana, o que aconteceu no dia 08 de setembro de 1968.

O povo sofreu o fato, porém nunca aceitou a decisão da Diocese. Continuaram aceitando como padroeira aquela que primeiro fora a padroeira dos tempos imperiais, Nossa Senhora do Bom Conselho.

Primeiro pároco

Des anos se passaram (1896), logo no ano seguinte (1897), foi nomeado o padre Antônio Soares de Melo, que se tornaram o “grande batalhador”, ao lado de sua irmã Plácida Hermelinda Soares de Mello.  Essa a grande benfeitora do nosso templo quando da construção.


O templo atual e sua construção

Criada a paróquia no ano de 1885, no ano seguinte (1886), foi iniciada a construção de um novo templo, mais embaixo, juntos as residências. Dada a necessidade, pelo aumento populacional, o frei Cassiano de Camacchio, no zelo de apóstolo e dinamismo missionário, deu início no ano de 1886, a construção do templo.


A igreja e a torre

Muito suores, muitas canseiras, muita energia se gastou nessa construção. Terminada a obra, por ele mesmo em 1896, só no início do paroquianato, o padre Jasson Alves Santos, constrói e a torre da igreja de Nossa Senhora do Bom Conselho, faz o reboco, a platibanda, o forro, os vitrais coloridos e as calçadas ao redor.


A vinda da padroeira

A imagem pequena de Nossa Senhora do Bom Conselho, foi comprada na capital de Pernambuco – Recife, pelo padre Antônio Soares de Mello, quando no seu paroquianato tinha apenas um quadro com a imagem da santa, que ainda hoje está aposto acima da entrada da torre.


A segunda maior, foi uma aquisição, através de uma campanha entre o povo e a senhora Josefina Maria do Sacramento (dona sinhá do Salgado), ao passo que a de Nossa Senhora do Rosário foi adquirida por João Soares de Mello (meu pai), com saldo de festas e campanhas solidárias.

A eletricidade na Paróquia

A primeira iluminação elétrica foi instalada em 1958 por mim e depois melhorada pelo vigário padre Jorge Tobias de Freitas.


A restauração da Igreja Matriz de Belo Monte

Ao assumir o pastoreio da Paróquia, o mais sério problema de ordem material era o da igreja matriz, que estava ameaçado de desabamento, já perigava a situação das paredes com grandes rachaduras, devido ao desequilíbrio do peso do telhado.


Placa comemorativa do Jubileu de Ouro da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho


Doação do Piso

Só mais tarde, ele coloca em 1943, o piso em mosaico, uma doação de José Capristano Santos. O alta-mor atual, já em construção e modificação do padre João Machado de Mello, entre os anos de 1899 e 1900, que também comprou e colocou dois altares laterais em madeira.

Através de campanhas, rifas, donativos e a oportuna ajuda da Adveniat (Organização católica Adveniat), o telhado foi recuperado, mudando-se para telhas de amianto. Foi um trabalho exaustivo e penoso, mas bem feito e sólido, enfatizou padre, enfatizou padre Reginaldo Soares de Mello, vigário da época, na sua segunda passagem no comando da paróquia

Abaixo do alta-mor da paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho de Belo Monte, tem esse jazigo e nos relatos históricos que conseguimos na secretaria da paróquia não há detalhes sobre esse sepultamento dentro da igreja.

Na base do achismo, revela-se que a família Rezende de Freitas era influente na época, provavelmente, por ser colaboradora da vida religiosa da comunidade, seja o motivo desse feito. Ainda estamos na fase de busca de mais informações sobre esse jazigo de 119 anos.

Fonte: Livro Canônico da Paróquia de Belo Monte

Apoiadores Culturais




O que há de mais belo em Belo Monte, sertão de Alagoas


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22 de junho de 2021

CONSULTA DE VISTA GRATUITAMENTE NA ÓTICA BOM CONSELHO SERÁ DIA 26 DE JUNHO

 


O RIO IPANEMA E A PESCA DO PEIXE CARI

 

Andar pelo meandro do rio Ipanema é ter uma aula de geografia e geologia ao ar livre. Depois de 139 km de percurso o rio forma-se num grande cânion com profundidades e larguras consideráveis. Ideal para a realização de trilhas ecológicas e esportes de aventura, esse lado do rio Ipanema na região do povoado Tapera, zona rural de Belo Monte chama atenção por sua beleza natural.

Assista a reportagem a seguir!

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O Instituto Pró Saber atua em Bom Conselho-PE desde 2012, trazendo qualidade de ensino EAD e conceito máximo em educação, fazendo da nossa cidade um polo educacional de excelência. Temos cursos de pós graduação e capacitação profissional em diversas áreas do conhecimento. Não perca tempo Junte-se a nós! Estamos com matrículas abertas! 
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21 de junho de 2021

BELO MONTE/AL: CULTURA, TURISMO E HISTÓRIA CONTADOS PELO PROJETO POETA VIAGENS E AVENTURAS

 

O projeto Poeta Viagens e Aventuras chegou ao município de Belo Monte. Numa parceria com a prefeitura local, estamos produzindo documentários de atrativos turísticos e culturais dessa região do baixo São Francisco.

Belo Monte que margeia o Velho Chico, também integra a bacia leiteira de Alagoas e fica na microrregião de Batalha. As suas terras, embora ricas em sais minerais e o solo não seja pobre, não existem chuvas regulares. 

A pesca é uma das gerações de emprego e renda, onde há uma cooperativa de pescadores com pelo menos 45 cadastrados. O assoreamento tem sido um problema para vida do rio São Francisco nessa região do sertão de Alagoas.

Logo quando chegamos a Belo Monte, fomos recepcionados pela secretária de Cultura do município, Rosana Gomes, uma pessoa popular, educada e muito dedicada a função que a confiaram. Nessa imagem acima está um antigo casarão, que no passado serviu de cadeia pública.

Construído no século passado, esse casarão passará por reforma e revitalização para futuramente abrigar a sede da secretaria de cultura do município e ao mesmo tempo terá biblioteca com sala de exposição fotográfica e de artesanato, segundo o prefeito Dalmo Augusto de Almeida Júnior.

Esse casarão, feito de tijolo dobrado, foi construído em cima de uma camada rochosa granítica com vista para o rio São Francisco. Segundo informações, a primeira família a morar nesse casarão foi a família de um antigo ferreiro. Ao visitar, juntamente com a secretária Rosana Gomes, vimos uma casa antiga onde não falta portas e janelas e paredes com grossura de até 40 centímetros. Não fomos informados da possível data de construção.

Belo Monte, como tantas outras cidade de interior, sempre tem seus becos e vielas. São vários os casarões que superam as intempéries dos anos, porém, conservados, sem deixar a história morrer.

Esse casarão serviu no passado de pousada para membros do período imperial, época da passagem de Dom Pedro II quando seguia viagem pelo rio São Francisco com destino ao porto de Piranhas.


Esse prédio no passado era um açougue, mas a atual administração do município de Belo Monte irá restaura-lo e será gabinete municipal.

Esse é o clube da cidade que supera os anos intacto com sua estrutura original. Num passado longínquo serviu de palco para as grandes festas do município, onde a elite frequentava assiduamente. Segundo informações, antigamente existia na cidade a festa dos Brancos e as festas dos Pretos. Os brancos usavam o Clube e os pretos, os becos.

Esse prédio atualmente está sendo usado como sede da secretaria municipal de educação da cidade de Belo Monte. Nesse casarão, políticos, empresários, fazendeiros e coronéis importantes do século XVIII e XIX se reuniam nesse casarão que tem a simbologia do império português.

O nome de Belo Monte originou-se da beleza topográfica da sua área, que, segundo a tradição corrente, fôra D. Pedro II, que na sua passagem por aqui, assim a batizou; de fato, quando ele criou Vila Lagoa Funda, já no decreto da criação mudara o nome para Belo Monte.

Sabe-se, pela população mais velha, que Belo Monte nunca recebeu visitas (ao menos de público) de Lampião ou dos cangaceiros, ou sofreu jamais vexames da parte deles). Lampião pensou "duas vezes" em entrar na cidade e não se atreveu.

A partir que você vai se aproximando da cidade, descendo a ladeira cheia de curvas sinuosas, duas coisas você vai visualizando, serras e o rio São Francisco, que no passado serviu de passagem para grandes navegações, entre elas, a caravana de Dom Pedro II.

Estamos numa cidade meramente histórica e rica culturalmente. Aqui estaremos compartilhando toda aprendizagem que estamos tendo e vivendo novas experiências profissionais. Os nossos agradecimentos aos amigos, ex-prefeito Avânio Feitosa, aos filhos Dalmo e Avaninho (prefeito e vice-prefeito respectivamente) e as secretárias de Cultura e Turismo (Rosana Gomes e Jade Monteiro), por contratarem nossos serviços.
Outras postagens você poderão acompanhar no nosso canal no Youtube, portal de Turismo e nas demais redes sociais.



Apoio Cultural

18 de junho de 2021

No dia universal da poesia dedico a todos um poema de Fernando Pessoa



Hoje é o dia universal da poesia. Vale a pena ler esse texto de Fernando Pessoa dedicado aos amigos.


"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.

Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"

Fernando Pessoa