4 de maio de 2019

O VALE DOS MESTRES E A HIDRELÉTRICA DE XINGÓ SÃO LUGARES QUE SE DEVE CONHECER

Eis o motivo do Vale dos Mestres ser tão misterioso. Grandes rochas sedimentares. Vegetação de caatinga por todos os lados. Leito do rio Poço Verde cheio de rochas e uma rica fauna e flora que encanta a todos.

O Vale dos Mestres por mais que você pesquise sempre vai encontrar histórias, causos, lendas sobre o lugar, que fica há pouco mais de 25 km de distância da cidade de Canindé de São Francisco, fundada pelo coronel Chico Brito que comprou umas terras da sesmaria do capitão Luiz da Silva Tavares.

Segundo dados conseguidos pela Codevasf e Incra no ano de 2010, existiam mais de 200 famílias de produtores inseridos nos assentamentos rurais, tendo em média cinco membros por família. A faixa etária dos produtores está acima de 40 anos e com o nível fundamental de escolaridade. Como o solo em parte do município de Canindé seja de pedregulhos, riachos e rios temporários, dificulta muito a sobrevivência dos moradores da zona rural.

A Pedra do Tumor é uma geoforma encontrada no leito do rio Poço Verde. Veja os traçados na rocha. A rotação do vento e da água provoca essa reação na rocha. 

Fico a imaginar quando chove nesse rio e beleza que é a correnteza por essas rochas. São rochas de todos os tamanhos e cores. Rochas sedimentares, oriundas de outras rochas.

Mesmo com esse potencial turístico e ecológico, o município de Canindé de São Francisco em Sergipe, surgiu a partir da existência de curtumes. Para quem não sabe, curtume (ou alcaçaria) é o nome dado às operações de processamento do couro cru e, por extensão, ao local onde este processamento é feito.

Por essa rocha da pra ver a altura que a água chega no tempo de enchentes do rio Poço Verde. A areia lavada serve de piso entre as rochas até chegar em um dos braços do rio São Francisco.

O leito fluvial é denominado como sendo o canal de escoamento de um rio. Região mais baixa da bacia hidrográfica, onde o rio escoa em época de seca, isto é, com sua menor vazão anual. Por esse local fizemos a trilha do Vale dos Mestres.

Por esse ângulo se percebe a existência de uma rocha sedimentar com geoforma de uma tartaruga.

Até parece que esse cenário foi feito por mãos humanas... 
O entrelaçado das árvores e plantas...

Andar por um cenário natural desse não tem preço. Por mais de 01 km percorremos o leito do rio Poço Verde até sua desembocadura , que é o local onde um corpo de água fluente, como um rio, deságua em outro corpo de água, o qual pode ser um outro rio, uma lagoa, um grande lago, um mar, ou mesmo um oceano.

Essa rocha de arenito, com o passar dos anos ela vai se dissolvendo. Com a água que escorre pelo rio de tempos em tempos, a rocha vai ficando lapidada.

O rio Curituba é um dos afluentes do São Francisco, drena a região de Canindé e corta todo o município. Por ter sido maltratado durante séculos pela exploração inconsciente. Já rio Poço Verde (foto), tem poucos quilômetros de leito, porém, exuberante em todo seu trecho.

Com grande diversidade ambiental, a Bacia do São Francisco contempla fragmentos de diferentes biomas: floresta atlântica, cerrado, caatinga, costeiros e insulares.

O cerrado cobre, praticamente, metade da área da bacia – de Minas Gerais ao oeste e sul da Bahia, enquanto a caatinga predomina no nordeste baiano, onde as condições climáticas são mais severas. 

Um exemplar da floresta atlântica, devastada pelo uso agrícola e pastagens, ocorre no Alto São Francisco, principalmente nas cabeceiras. Já na região de Canindé, toda a margem do Velho Chico é coberta por uma vegetação de caatinga.

Localizado em parte do território do São Francisco, o polígono das secas é reconhecido pela legislação como sujeito a períodos críticos de prolongadas estiagens, com várias zonas geográficas e diferentes índices de aridez. 

A Bacia do São Francisco possui 58% da área do polígono, além de 270 de seus municípios ali inscritos. Essa rocha sedimentar acima, foi retirada na época da escavação da hidrelétrica de Xingó.

O rio São Francisco segue na direção leste, formando a segunda divisa natural, dessa vez entre os estados de Alagoas e Sergipe. É o Baixo São Francisco, uma área de 32.013 km2, onde o rio São Francisco deságua no Oceano Atlântico.

A Usina Hidrelétrica de Xingó está localizada entre os estados de Alagoas e Sergipe, situando-se a 12 quilômetros do município de Piranhas e a 6 quilômetros do município de Canindé de São Francisco. A inauguração dessa hidrelétrica foi no ano de 1994.

A posição da usina, com relação ao São Francisco, é de cerca de 65 km à jusante do Complexo de Paulo Afonso, constituindo-se o seu reservatório, face as condições naturais de localização, num canyon, uma fonte de turismo na região, através da navegação no trecho entre Paulo Afonso e Xingó, além de prestar-se ao desenvolvimento de projetos de irrigação e ao abastecimento d’água para a cidade de Canindé/SE.

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ALEXANDRE PIÚTA FARÁ LANÇAMENTO DO LIVRO GARIMPEIRO DO COTIDIANO EM RAINHA ISABEL

Esteve visitando mais uma vez a redação do Blog do Poeta, o escritor bonconselhense, Alexandre Piúta, que dias atrás esteve fazendo o lançamento do livro de crônicas GARIMPEIRO DO COTIDIANO. No final desse mês fará o lançamento do seu livro no maior distrito de Bom Conselho, Rainha Isabel. O evento terá a cobertura desse blog.

Alexandre Piúta esteve conversando conosco sobre vários assuntos, entre eles, o verdadeiro radio X da cidade e sobre o lançamento do seu novo livro em sua terra natal, Rainha Isabel. Por lá, ele conversará com jovens locais motivando-os ao sucesso, contando sua história de vida.

RIO POÇO VERDE, UM DOS AFLUENTES DO RIO SÃO FRANCISCO NO ESTADO DE SERGIPE

Esse é o leito do rio Poço Verde na divisa de Sergipe com Alagoas. Esse rio que é temporário é um dos afluentes que joga água no rio São Francisco. É por esse trecho que se faz a trilha dos Vale dos Mestres.

Ao lado de Lampião e Maria bonita está José Ventura Lins, mais conhecido como Zé Leobino. Seu Zé Leobino (vaqueiro) está marcado como uma figura icônica em Canindé de São Francisco, no estado de Sergipe, precursor da Cavalhada no município. É bom lembrar que na época do Cangaço, Canindé, era o reduto mais visitado e usado como esconderijo por Lampião e seus Cabras.



Quem passar por Canindé do São Francisco, logo na entrada você encontra esses monumentos, Lampião, Maria Bonita e o vaqueiro Zé Leobino, figuras populares do sertão nordestino. Lampião, natural de Serra Talhada, Maria Bonita, da Bahia e Zé Leobino, de Sergipe. O que eles tinham em comum?

Canindé de São Francisco, no interior sergipano, era desconhecida do turismo brasileiro até pouco mais de dez anos atrás. Foi nessa época que a recém formada represa da hidrelétrica de Xingó, no rio São Francisco, criou ali o quinto maior cânion navegável do mundo, permitindo com isso que barcos tivessem acesso a fantásticos labirintos de formações rochosas de 60 milhões de anos e com até 50 metros de altura.

Enquanto a prainha de Paulo Afonso/BA, foi tomada pelas baronesas, a prainha de Canindé do São Francisco/SE, continua sendo muito visitada e escolhida pelos turistas ainda mais devido a morte do ator da Globo, Domingos Montagner, no ano de 2016.

Um destaque turístico especial são os relatos sobre Lampião e Maria Bonita. A presença dos cangaceiros em Canindé foi marcante – é na divisa do município com Poço Redondo, por exemplo, que fica a Trilha do Angico, caminho para a grota homônima onde Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros foram mortos e decapitados. Suas cabeças foram levadas para Piranhas (AL), ali pertinho, e expostas nas escadarias da prefeitura.

A distância entre a memória e a história é um oceano, e, na boca do povo, Lampião e seu bando tornaram-se justiceiros. “Cansados de tanto levar fubeca dos governantes, eles partiram para a luta para sobreviver”, diz Leobino. Lampião representa hoje o sertanejo, a força e a liberdade.

Se estou em Pernambuco e quero ir para a Bahia, posso optar por passar em Canindé do São Franciso/SE. No meu caso, aqui em Bom Conselho, trafego pela PE-218, AL-115, saio na rodovia BR-316 e depois vou pegar já na cidade de Olho d'Água do Casado, a AL-225 e atravessar a ponte de divisa e já entro no estado de Sergipe pela SE-230. 

Uma segunda opção seria pela PE-218, BR-424, BR-423 sentido Águas Belas e quando chegar em Maria Bode, pegar a AL-220, chegar em Olho d'Água do Casado e seguir pela AL-225 e atravessar a fronteira. Essa a ponte que tem seus 400 metros de comprimento que divide os estados de AL/SE.

Em frente ao Centro de Recepções de Xingó, onde há um mirante, você pode visualizar o paredão da barragem da hidrelétrica de Xingó. Quem deseja conhecer a hidrelétrica por dentro, ver onde ficam as turbinas, etc., paga-se o valor de R$ 50 reais por carro, pouco importante a quantidade de ocupantes.

A formação do reservatório da usina trouxe a necessidade de salvar o material arqueológico que ficaria submerso. Descobriu-se então a existência de uma cultura xingoana com pelo menos 9 mil anos, e seus tesouros foram a origem do Museu de Arqueologia de Xingó (MAX). O museu interage com a sociedade local por meio de eventos, publicações, exposições e de uma intensa ação educativa. Nesse centro há uma maquete de construção da barragem.


No moderno prédio, mantido pela Universidade Federal de Sergipe, pode-se passar várias horas conhecendo o primitivo habitante daquela região. São 55 mil peças, das quais as mais representativas estão expostas: cerâmicas, instrumentos de rocha, pinturas rupestres, esqueletos e reconstituições de nossos antepassados. 

Por trás do Centro de Recepção de Xingó há uma área verde que serve como praça e por lá há o plantio de várias árvores que foram plantadas por autoridades que participaram da inauguração da hidrelétrica, quando na época o presidente era Fernando Henrique Cardoso.


Imagine você num lugar assim, florido, lendo um bom livro. É uma experiência maravilhosa para o espírito e para a alma. É uma terapia.


São plantas e árvores de várias espécies que no "jardim botânico" que há no Centro de Recepção de Xingó. Lendo sobre a história do lugar, descobri que a distância entre a memória e a história é um oceano, e, na boca do povo, Lampião e seu bando tornaram-se justiceiros. 

Por onde Lampião e seus Cabras andaram, há relatos que “cansados de tanto levar fubeca dos governantes, eles partiram para a luta para sobreviver”, diz Leobino, vaqueiro famoso e contador de histórias da região. Lampião representa hoje o sertanejo, a força e a liberdade.

O rio São Francisco, popularmente conhecido por Velho Chico, é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil e da América do Sul. O rio passa por cinco estados e 521 municípios, sendo sua nascente geográfica no município de Medeiros e sua nascente histórica na serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, centro-oeste de Minas Gerais. 

Seu percurso atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas e, por fim, deságua no oceano Atlântico. Mesmo quando penetra na zona sertaneja semiárida, consegue manter-se perene, apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários da margem direita.

No trecho do rio São Francisco, pude pisar no solo seco de um dos afluentes que joga água (lógico, no tempo de chuvas), para dentro da bacia do Velho Chico. O rio Poço Verde nasce dentro do município de Canindé do São Francisco e por poucos quilômetros se encontra com o rio da Unidade Nacional.

As partes extremas superior e inferior da bacia do Velho Chico, apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia, ali inserida, é de apenas 37% da área total. A área compreendida entre a fronteira Minas Gerais–Bahia e a cidade de Juazeiro (na Bahia), representa 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio anual. 

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GIVALDO DO SINDICATO COMEMORA SUCESSO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA EM BOM CONSELHO

Amigos e amigas, todas as conquistas que já tivemos para trabalhadores e trabalhadoras sempre ocorreram porque resistimos e lutamos.  Ontem, quando vi aquela quadra da AABB cheia de gente, tive a certeza de que vamos derrubar essa Reforma da Previdência. 

Estamos juntos, unidos, sem ninguém soltar a mão de ninguém. E é isso  que nos faz diferente do Governo Bolsonaro. Essa é a nossa força. Obrigado a cada um e a cada uma que se empenhou para que essa Audiência desse certo. Continuemos assim: caminhando sempre lado a lado. Não vamos desistir de sonhar.

Fotos: Ildebrando Gutemberg
Texto: por Assessoria

STR E ASSOCIAÇÕES COMUNITÁRIAS DE BOM CONSELHO DEBATERAM REFORMA DA PREVIDÊNCIA NESSA SEXTA-FEIRA, 03/05

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bom Conselho juntamente com as associações comunitárias do município estiveram reunindo mais de mil pessoas na audiência pública sobre e reforma da previdência brasileira. 
Na oportunidade, além dos diretores do STR, o deputado estadual Doriel Barros esteve palestrando sobre a reforma que vem sendo muito discutida em todo o País. O evento aconteceu na manhã dessa sexta-feira, 03/05, na quadra poliesportiva da Associação Atlética Banco do Brasil.