
A pandemia da Covid-19 deve fazer deixar de circular na economia de Alagoas através da atividade turística, em torno de R$ 1,2 bilhão. Esta é a estimativa do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas (Sedetur), Rafael Brito.
Números da própria secretaria mostram que as perdas provocadas pela pandemia são maiores do que todo o ganho da última alta temporada.
Em 20 de dezembro do ano passado, a própria Sedetur projetava que a alta temporada de verão em Alagoas - entre os meses de dezembro de 2019 e março de 2020 - injetaria mais de R$ 1 bilhão à economia estadual. O número era 9% maior do que o valor estimado para a alta temporada de 2018.
De acordo com o secretário, essa estimativa de perda de faturamento na ordem de R$ 1,2 bilhão devido à pandemia não corresponde, contudo, ao prejuízo acumulado das empresas.
"Acredito que até o final do ano nós vamos estar vivendo um novo momento da pandemia no nosso Estado. Estamos trabalhando na expectativa de ter um mês de dezembro com fluxo de 80% em relação a dezembro de 2019", afirma.
Segundo Brito, em diálogo com as principais companhias áreas do país e operadoras de turismo, pode-se ver que Maceió tem sido um dos destinos mais pesquisado em todas as ferramentas de busca destas empresas, o que reforça a expectativa de que Alagoas deve atingir a meta de recuperação.
De acordo com a operadora de turismo CVC, Maceió liderava, até a semana passada, a busca por destinos nacionais na plataforma da empresa há seis semanas consecutivas.
Questionado sobre uma "nova alta temporada" impulsionada pela busca imediata por consumo após a quarentena, o secretário diz acreditar que com o fim da quarentena muita gente vai ter que voltar ao trabalho no primeiro momento, então não haveria essa "nova alta temporada".
"Aqui em Alagoas, como em todos os anos, a nossa alta temporada vai acontecer entre novembro, dezembro, janeiro e fevereiro, que é também justamente o período que tem sido mais buscado entre as pesquisas dos turistas entre as companhias aéreas e operadoras de turismo", explica.
Números divulgados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Alagoas mostram que nos últimos anos, os meses considerados de baixa temporada vinham apresentando taxa de ocupação do setor hoteleiro aproximada - e às vezes, superior - ao período delimitado como alta temporada.
Segundo o órgão, em março de 2019, a taxa de ocupação foi 80,5%, um crescimento de 7,97 pontos percentuais (p.p.) quando comparado ao mesmo período de 2012 (78,08%).
As menores taxas concentram-se nos meses de abril a junho, que juntos tiveram uma média de ocupação de 64,9%, em 2019, contra uma média de 58% no mesmo período de 2012.
"Com esse crescente desempenho nos últimos anos, a paralisação do setor hoteleiro devido à pandemia do coronavírus, mesmo em baixa temporada, que praticamente inexiste na capital, o prejuízo é gigante", avalia Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio AL.
Por Hebert Borges | Portal Gazetaweb.com
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