11 de dezembro de 2022

Cerveja ficou mais cara desde a última Copa, segundo dados



Se a Copa é sinônimo de gelada pra você, eu vou jogar água na sua cerveja. Vamos colocar assim: se, em 2018, você conseguia comemorar tomando uma cerveja de 600 ml, agora teria que se contentar com uma long neck se quisesse gastar a mesma coisa.

A cervejinha ficou mais cara nesses 4 anos:

  • dentro de casa, o aumento foi de 22,8%;
  • e fora, 17,4%.

A variação foi calculada com base nos dados do IPCA divulgados pelo IBGE.

Energia, água, cevada e malte são os ingredientes dessa subida.

"De um modo geral, os aumentos nos preços da cerveja estão relacionados basicamente aos aumentos nos custos de produção, com destaque para energia elétrica e água causados pela crise hídrica, sobretudo no ano de 2021 e pelos aumentos dos preços da cevada e do malte, agravados pela Guerra na Ucrânia ao longo de 2022”, explica Fernando Agra, Economista da UFJF. 

Mas tem outros jogadores influenciando essa partida. “Além, é claro, de uma taxa de câmbio depreciada (dólar alto) que ainda contribui para aumentar o custo com a importação desses insumos”, conta Agra.

Para ele, isso é mostrado nos números: "a maior parte dos aumentos foi acumulada entre janeiro de 2021 e outubro de 2022”, explica.

Apesar de mais cara, a cerveja ainda subiu menos que outros itens do pacote "torcedor br". Um levantamento feito pela economista da XP Tatiana Nogueira em agosto mostrou que os itens mais consumidos durante a competição tiveram alta de dois dígitos desde 2018 – muitas delas, acima da inflação de 26,8% acumulada no período.

O preço do pacote de figurinhas, por exemplo, dobrou. A carne ficou 79,1% mais cara. Refrigerante e água, 23,7%. E os televisores, 17%.

Parceria Google e Serviço Geológico vai agilizar alertas em AL


Em entrevista à Gazeta, o engenheiro hidrólogo Artur Matos, coordenador dos Sistemas de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil (SGB), detalhou a parceria do Google e do Serviço Geológico que vai permitir previsões com antecedência, tecnologia que poderá ser acessada pela população.

O programa emitirá alertas de inundação ribeirinha em tempo real na busca do Google e no Maps para mais de 60 localidades em todo o Brasil, mostrando onde as inundações estão ocorrendo e o nível das águas do rio em tempo real; e também alertas com previsões de inundações geradas pelo SGB e pelos modelos automatizados, em áreas selecionadas do Brasil.

“Atualmente o Serviço Geológico do Brasil já trabalha com sistema de alerta hidrológico no Brasil todo. Nós trabalhamos em 17 bacias hidrográficas e tem duas que pegam algumas cidades de Alagoas, que é a Bacia do Rio São Francisco que tem as cidades do Baixo São Francisco e a Bacia do Rio Mundaú. 

Então essas bacias aí, a gente envia boletins para a Defesa Civil com previsões, com antecedência para se preparar para as cheias”, afirma Artur Matos.

O engenheiro hidrólogo cita o trabalho feito na Bacias do Rio Mundaú e do Rio São Francisco. “Desde 2017 que a gente já está trabalhando com a Bacia do Rio Munaú e com a Bacia do Rio São Francisco desde o ano passado. 

A cheia do ano passado no São Francisco, por exemplo, a gente avisou com antecedência aos municípios. Agora com a parceria do google, a gente vai conseguir disponibilizar os alertas para os municípios com agilidade maior”, esclarece.

Matos lembra que qualquer pessoa que mora no município afetado vai conseguir ter acesso pelo aparelho celular a informações sobre a cidade que está em atenção ou está em alerta e vai conseguir ver se o município está em risco de inundação. Isso a partir dos alertas emitido graças à tecnologia implementada.

10 de dezembro de 2022

Uma criança ou adolescente é abusado sexualmente a cada 9h em Alagoas


A situação é alarmante. São centenas de crianças e adolescentes que perderam a melhor fase de suas vidas. Tiveram a inocência roubada e se sentiram obrigados a suportar situações, muitas vezes, praticadas por algum parente ou alguém conhecido da família. 

O número de vítimas de violência sexual em Alagoas é altíssimo: um total de 865 casos e uma média de 2,5 abusos por dia de janeiro a novembro de 2022. É como se uma criança ou adolescente fosse abusado a cada 9 horas no estado.

Obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, os dados, disponibilizados pela Polícia Civil, mostram que a maioria das vítimas desse tipo de crime no estado é do sexo feminino. Foram 777 meninas violentadas sexualmente em Alagoas no período, número que é maior que o registrado em todo o ano de 2021, que foi de 754.

A faixa etária das vítimas também é algo que chama a atenção. Foram 353 crianças de 0 a 11 anos violentadas sexualmente somente este ano. Já entre 12 e 17 anos, esse número chega a 503.

O estupro de vulnerável foi o crime de violência sexual contra menores mais registrado em Alagoas em 2022, um total de 631 ocorrência; seguido de estupro, com 80 casos; e importunação sexual, com 79 registros. 

Mas há, ainda, outras várias ocorrências na polícia relacionadas à divulgação de cenas de estupro e de pornografia (7); aquisição de fotografia ou vídeo que contenha cena de sexo explicito com criança ou adolescente (4) e registro não autorizado de intimidade sexual (5), entre outros.

Você conhece a cidade de Cláudio

 

Consta na história dos municípios de Minas Gerais, que a descoberta de um ribeirão por um escravo chamado Cláudio que deu a alcunha ao "Ribeirão do Cláudio". Com o passar do tempo o nome Cláudio ficou associado a esta região, vindo mais tarde a ser a denominação do município.
A cidade é também conhecida por seu grande polo de fundições e metalúrgica, um dos maiores do Brasil. Destacam-se a produção de móveis em alumínio, peças de ferro fundido e outros

Vereador agride colega de parlamento com uma garrafada


O vereador Davi Francisco Costa (MDB) arremessou um frasco de álcool em gel na direção do colega, Gabriel Frederice (DEM), durante uma discussão em sessão na Câmara Municipal de Auriflama, no interior de São Paulo. 

As câmeras da Casa flagraram o momento em que Frederice acusava Costa de fake news na tribuna quando desviou para não ser atingido pelo objeto que foi lançado em sua direção. O episódio ocorreu nesta segunda-feira.


Em nota, a Câmara Municipal de Auriflama informou que avalia o ocorrido e analisa se vai abrir processo de apuração por quebra de decoro. 

Ao G1, Gabriel Frederice explicou que, no momento da tentativa de agressão, ele estava se referindo às notícias falsas que ele e outros quatro vereadores estariam sendo alvo. “Foi nesse momento que ele se irritou e arremessou um frasco de álcool em gel, pois queria usar a palavra, e eu não autorizei”, disse.

Os dois tem um histórico de discussão nas sessões, mas foi a primeira vez que uma situação como esta ocorreu. Frederice integra o bloco de oposição à prefeita da cidade, que é apoiada por Costa. O caso também foi registrado na Polícia Civil.

💬~Já Davi Francisco Costa diz ter se sentido ofendido, já que o colega teria o ofendido “por repetidas vezes” em eventos legislativos. O parlamentar alega que foi vítima de “inverdades sem lhe facultar o direito de resposta”.

9 de dezembro de 2022

Filho ameaça vazar fotos íntimas da mãe por dinheiro e é condenado



Um homem de 35 anos foi condenado, na quinta-feira (7/12), a cinco anos de prisão por ameaçar vazar fotos íntimas da própria mãe em Laguna, em Santa Catarina. O filho teria obrigado a transferência de um veículo para o seu nome e prometido matar o irmão mais novo caso ela negasse o pedido. O caso ocorreu em 2019.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), o intuito era obter vantagem econômica por meio de ameaças, agressões, como puxão de cabelo e apertos no pescoço.

Ele foi condenado por extorsão e vai cumprir pena de cinco anos, cinco meses e 10 dias em regime semiaberto. O homem também deve pagar R$ 20 mil para a mãe. A decisão ainda cabe recurso.

8 de dezembro de 2022

Petrobras reduz preço do gás de cozinha em 9,7% para distribuidoras



O preço do gás de cozinha vendido pela Petrobras às distribuidoras terá uma redução de 9,7% a partir de amanhã (8), anunciou hoje (7) a estatal. Segundo a estatal, o valor médio pago por essas empresas a cada 13kg do combustível terá uma queda de R$ 4,55.

O gás de cozinha é chamado oficialmente de gás liquefeito de petróleo (GLP), e a diminuição anunciada hoje pela Petrobras fará com que o quilo do GLP vendido pela estatal caia de R$ 3,5837 para R$ 3,2337.

O valor cobrado pela petrolífera brasileira corresponde a 42,5% do preço final que as famílias pagam pelo botijão, que custa, em média, R$ 109,75 no país.

Distribuidores e revendedores de combustíveis ficam com 47% do valor pago pelo consumidor final, e 10,5% vão para as unidades da federação por meio do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

A Petrobras afirma que o ajuste no preço anunciado hoje acompanha a evolução dos valores de referência no mercado internacional. A empresa justifica que sua prática de preços é buscar o equilíbrio dos seus preços com o mercado sem o repasse para os valores internos das variações constantes nos preços de negociação do GLP e do dólar no exterior.

Agência Brasil

Não aceito ser censurado e muito menos ser "marionete" do poder político brasileiro


Eu, hoje pela manhã, ouvindo uma rádio do agreste do estado de Alagoas, escutei uma ouvinte denunciando o descaso do poder público local, devido a falta de saneamento, logo quando começou a questionar a falta de compromisso do tal prefeito, surgiu diretamente  do estúdio para que o repórter encerrasse a conversa com a ouvinte, justamente para não se prolongar as críticas contra o prefeito agrestino. A participante do programa jornalístico daquele horário nem concluiu seu raciocínio direito...

Vergonha um negócio desse!

Como tenho mais de 30 anos de radiojornalismo, conheço bem esse tipo de comportamento nos meios de comunicação. Impressionante, o quanto o poder político e econômico interferem na radiofusão. Virou uma febre de canta a canto desse País este tipo de comportamento dos donos de emissoras de rádio.

O radialista profissional que não se dobra a esse tipo de expediente, logo é bloqueado, censurado, para não da vez e voz ao povo. A cada dia a situação do rádio brasileiro se afoga aos encantamentos da "politicagem" e do poder econômico.

Os políticos prometem e não cumprem, mas o radialista é o culpado. os políticos se misturam aos "esgotos da corrupção", mas a culpa é do jornalista que expõe.

Fica difícil de acreditar num Brasil liberto e sem o título de subdesenvolvido. Eu, particularmente, prefiro ter consciência livre e tranquila do que estar se misturando com esses "ilusionistas do poder".

Caráter não é para todo mundo!

É uma verdadeira "amordaça", para quem sabe se comunicar bem. Pensei que esse jeito de "fazer jornalismo", ficaria restrito a Bom Conselho, mas, não. De março a outubro trabalhei numa rede de rádio em Alagoas, até quando não fui censurado. 

A partir que vieram com certos e determinados "mastigados", para agradar o "infame do atual político eleito", não aceitei, não aceito e preferi voltar ao meu convívio diário e continuar meu trabalho nas minhas redes sociais.

No rádio, a censura se deu durante o Estado Novo, e o presidente Getúlio Vargas na época criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) que controlava de forma severa os jornais, a revista, o teatro, o cinema, a literatura, porém o que mais se afetou foi a rádio, que atingia as diversas classes antigamente. Eram controladas as notícias, as músicas, e os anúncios.

Naquela época, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), era responsável por produzir textos, programas de rádio, documentários cinematográficos e cartazes em que o presidente aparecia de forma paternalista, por exemplo, durante o Estado Novo, mostrava o Getúlio Vargas com crianças, ou seus feitos como presidente.

Pelo jeito, voltamos aos tempos do Estado Novo...

Prefiro está fora do rádio, livre, do que estar amordaçado num meio de comunicação chapa-branca.

Isso é inadmissível.

O racismo na terra de Papacaça vem de longe... Não mudou muita coisa não!

Acontecimentos de 125 anos passados acontecem em Bom Conselho de uma maneira um pouco diferente, porém com o mesmo contexto político e social...

Paróquia de Santa Isabel da Hungria
Foto: Claudio André O Poeta

Em mais uma pesquisa, encontramos uns relatos históricos interessantes. Na narrativa a seguir, retirada do livro RAÍZES de autoria de Artur Carlos Vilela, mostra-se que o racismo era escancarado pelas autoridades da época, onde as pessoas subalternas eram tratadas não pelo nome, mas pela cor da pele, como por exemplo, seu Branco, seu Negro, etc.

O poderio dos fazendeiros e senhores de engenho, predominava por todos os lados, praticamente, naquela época não existia liberdade de se expressar, a opressão era da "gota serena para dentro". 

Um outro fator preponderante a destacar nesta minha pesquisa, é que descobrimos que as terras de Palmeira, Anadia, Arapiraca e Cacimbinhas, até Garanhuns, faziam parte da mesma sesmaria pertencente a família Vilela, que foi vendida por lotes, um desses lotes, foi comprado pelo alferes João da Rocha Pires, que está enterrado dentro da capela de Nossa Senhora das Brotas, no povoado Santa Cruz, zona rural de Estrela de Alagoas. 

Leia o relato a seguir:


PAI PINTO E A COBRANÇA DAS TERRAS

Como já disse, as melhores terras da sesmaria foram abandonadas por Manuel da Cruz Villela e seus filhos. Em 1897, Pai  Pinto e Pai Matu, reuniram-se com os outros herdeiros e mandaram tirar uma cópia da escritura de compra lavrada na Bahia. 

Eram então os seguintes herdeiros: Antonio Anselmo da Cruz Villela (Pai Velho), Juvêncio da Costa Villela, Marcos Evangelista da Costa Villela (Pai Matu), Nemésio da Costa Villela, Cândido da Costa Villela (Pai Pinto), e mais uma herdeira adotiva — Luminata — criada por Aleixo Villela que era professor e educou-a com todo o desvêlo. 

A moça foi uma verdadeira advogada na cobrança da sesmaria. Depois de estarem de posse da cópia foram para a Palmeira dos Índios, porque a maior parte estava no estado_ de Alagoas e onde tinham que enfrentar as armas dos proprietários, há mais de um século estabelecidos. Pertenciam à família Duarte, os primeiros a expulsar os índios daquela região. 

Foram aos herdeiros dispostos a tudo e falar diretamente com o chefe político que era o capitão Francisco Duarte, conhecido por Chico Duarte. Lá chegando mostraram as escrituras; O capitão concordou e lhes disse que seria o primeiro a querer legalizar as suas terras e que os apoiava dentro e fora do município.

Ficaram os herdeiros muito satisfeitos por estarem apoiados por tão poderoso senhor: Chico Duarte, contava Pai Pinto, era bem moreno, carrancudo, olhos injetados de sangue e tinha uma voz forte e autoritária, imprimia o maior respeito em todo aquele sertão.

Alugaram uma casa na mesma rua em que morava o chefe político e começaram a cobrar as terras por todo o município e nada lhes acontecia porque uma ordem do Capitão Chico Duarte era o bastante para todos baixarem as cabeças. Mas com tudo isso não deixavam de ser chamados ladrões de terras. Viajavam cinco: Cândido, Marcos, Juvêncio, Nemésio e Luminata, porque Antônio Anselmo, idoso, não podia acompanhá-los, ficando na cidade. Receberam muitas ameaças de morte e foram uma vez tocaiados, mas receberam aviso e desviaram-se do caminho. 
Era uma sexta-feira e, afastando-se do caminho, chegaram mais tarde do que o costume. Chico Duarte já estava impaciente na calçada à espera e correu a indagar: 
— O que houve?
— Uma tocaia!
— Uma tocaia!?

Sim senhor: um tal Daniel, na passagem do Vigário. Por isso 
tivemos de cortar caminho.

Amanhã é sábado e ele vem á feira. Eu converso com ele.
No dia seguinte, sábado, depois do café, Pai Pinto como de costume foi à casa do capitão Chico. Encontrou-o no escritório e começaram a conversar. No largo da praça, armavam-se as barracas da feira; a casa ficava de esquina, com janelas para a rua principal, que era a entrada da cidade. 

Nisso, Pai Pinto vê passar um cavaleiro, que ele reconheceu ser um negro com vestimentas de couro. Em poucos minutos compreendeu que não era outro senão Daniel, que foi entrando e cumprimentando:
— Bom dia, meu branco!
— Bom dia Daniel, respondeu Chico Duarte, conheces este moço?
— Para o servir, meu branco.
— Pois este é o moço para quem tu botaste a tocaia ontem!

Chico Duarte estava carrancudo, parecia mais uma fera do que um homem. O negro atirou o chapéu para o lado e caiu de joelhos aos pés do capitão:

— Meu branco, meu senhor, não fui eu, meu patrão, meu senhor!
— Negro, se tu me matasses um desses homens eu acabava 
com tu e toda a tua raça! Ladrão!

Chico Duarte tremia de raiva e Pai Pinto ficou quase em pior situação que o negro, pois era ainda moço e nunca tinha visto tanta autoridade em um homem. O negro abraçava-se às pernas 
do senhor pedindo perdão.

— Teu castigo, negro, é receberes êsses homens, segunda-feira.
O negro retirou-se e o capitão Chico sentou-se, voltando ao natural e dizendo a Pai Pinto: — Segunda-feira os senhores vão se arranchar em casa de Daniel, para comerem uns perus que ele cria.
Pai Pinto retrucou: — Capitão, como vamos arranchar na casa 
de um inimigo?

— Vão sim, este negro é bom, fui eu quem o criou.

Como havia sido combinado, na segunda-feira seguiu a caravana para a casa de Daniel. Chico Duarte, na calçada recomendava para que não deixassem um só pinto no terreiro de Daniel, repetindo que aquele negro era bom.

Por volta das dez horas avistaram a casa que ficava numa bela fazenda de criar. Daniel ia saindo, e ao vê-los, jogou o chapéu de couro para um canto, gritando: 

— Muleque, pega o cavalo dos branco e leva pra sombra. Meus branco, vamos entrar! E o negro se desmanchava em agrados. Em pouco estavam todos confortavelmente acomodados em redes, na varanda, tomando aguardente de cana caiana enquanto o cheiro do peru assado lhes aumentava o apetite.

E assim passaram toda a semana almoçando e jantando e dormindo em casa do bom negro Daniel, como chamava seu senhor e patrão. Além da hospedagem, Daniel ainda os acompanhava, fazendo o maior empenho em convencer os proprietários daqueles que eram os verdadeiros donos, chegando mesmo a decorar a escritura.

Sexta-feira, regressaram à Palmeira, encontrando Chico Duarte 
passeando na calçada e logo perguntando:

— Então, como foram de cobrança com Daniel?
— Muito bem, capitão; Daniel é um grande homem, educado, 
hospitaleiro e tratou-nos maravilhosamente.
— Então! Eu não garanti a vocês que aquele negro é bom? Eu 
o criei e o ajudei a fazer fortuna. E ainda deixaram alguma galinha?
— Uns pintinhos para semente... respondeu Pai Pinto gracejando.
Estou satisfeito! o negro pagou-me.

Assim continuou a luta até arrecadarem a importância de dezessete contos e quinhentos. Deixando muita terra por cobrar, voltaram aos seus afazeres, ficando em completo abandono quase todo o município de Campos de Anadias, Tanque d’Arca e outra parte, que partindo de Alagoas na direção do município de Garanhuns, deve ter uns cento e vinte a cento e trinta quilômetros.

Luminata não conformou-se em terminar a questão no governo do Gal. Gabino Besouro, em Alagoas, muniu-se dos documentos e convidou os outros, mas só Marcos (Pai Matu) aderiu e juntos foram falar ao governador. Mas Luminata estava só; os outros herdeiros desinteressaram-se e o único que a seguiu era um homem sem iniciativa. 

O governador quis ajudá-la, mas encontrou forte resistência por parte dos deputados e chefes políticos que eram senhores de engenhos e donos das terras requeridas. E assim, Luminata, andando de cá para lá, acabou sendo tapeada com toda a sua advocacia.

Quando eu era menino ouvi por mais de uma vez a história de Luminata ter voltado à questão com Marcos. É a seguinte: os deputados, donos de engenho e outros interessados, vendo que Gabino Besouro estava de boa vontade com os herdeiros, chamaram 
Luminata e Marcos para um acordo de desistência mediante a importância de cinco contos de réis, e que eles assinaram o acordo. Acabou Luminata brigada com Marcos e chamando-o de ladrão. 

Lembro-me que numa noite de sábado Luminata foi comentar a questão com Pai Pinto, que ficou enfurecido e disse que lhe dava 
uma surra se ela continuasse a falar no assunto.

Coisas de família...

por Artur Carlos Vilela  
Primeiro explorador do Buraco do Bulandim

Alagoas confirma 22º caso de varíola dos macacos



Alagoas confirmou mais um caso de varíola dos macacos (monkeypox). Com a atualização, o estado chegou a 22 casos registrados da doença. Somente na capital, o número é de 16 casos. As informações são do último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) na quarta-feira (7).

Esta é a terceira vez que o estado registra um novo caso da doença em uma semana. O boletim epidemiológico de segunda (5) confirmou o primeiro caso da doença em Arapiraca nesta semana.

Os 22 casos confirmados são de pacientes que moram nos municípios de Maceió (16), Arapiraca (1), Rio Largo (1), Viçosa (1), Murici (2), Atalaia (1). Existem ainda sete casos suspeitos em Maceió (4), Arapiraca (1), São Miguel dos Campos (1) e Batalha (1).

Segundo a Sesau, a faixa etária com maior número de notificação entre os casos notificados é a de 20 a 29 anos, com 120 casos (25,4 %), seguida de 15 a 19 anos com 74 casos (15,6%). Em relação aos confirmados, o sexo masculino corresponde a 53,3% (252), já o feminino são 46,7% (221).

7 de dezembro de 2022

Cláudio André O Poeta é o novo membro do Grupo de Pesquisas da UNEAL

Queremos agradecer a professora Cristina pelo convite de integrar o Grupo de Pesquisa em Religiosidade Popular, Sociedade e Cultura da Universidade Estadual de Alagoas - Uneal.
No último mês de novembro estivemos participando de um importante simpósio cultural na Uneal de Palmeira dos Índios, agreste de Alagoas. Vários documentários nosso já estão englobados nas pesquisas da referida universidade.

6 de dezembro de 2022

Universidades sem dinheiro e alunos sem incentivos



As duas principais universidades federais do Estado: a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) não têm como pagar, neste mês de dezembro, a bolsa permanência destinada a estudantes pobres, bem como outras bolsas e auxílios. A falta de pagamento se dá por conta dos cortes realizados pelo governo federal, na última sexta-feira (2).


De acordo com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), o corte realizado pelo Ministério da Economia chega à marca dos R$ 431 milhões. Em 28 de novembro, o governo federal bloqueou o orçamento do restante do ano das universidades - especificamente os valores que ainda não haviam sido empenhados.

Dois dias depois, a gestão recuou desse bloqueio, que impedia novos empenhos, mas bloqueou 100% do financeiro, que é o recurso necessário para enviar ao banco o pagamento de todas as ações da universidade. Geralmente, o Ministério da Educação (MEC) envia o dinheiro no início de cada mês. A UFRPE disse que a pasta informou, por nota, que não iria mandar o financeiro de dezembro.

No caso da UFPE, os cortes na verba impedem até mesmo o pagamento de contratos da instituição com terceirizados, como limpeza e conservação, manutenção predial, portaria e recursos para realização de concursos públicos e auxílio a pesquisadores.

"Nós não vamos conseguir, nenhuma universidade, eu creio, honrar os compromissos com as bolsas dos estudantes, da assistência estudantil e também as demais bolsas, de estágios, de extensão, de monitoria e assim sucessivamente. A gente está sem nenhum recurso na universidade", explicou o reitor da UFPE, Alfredo Gomes. 

SINDICATO DOS TRABALHADORES DE BOM CONSELHO CHEGA AOS 59 ANO DE FUNDAÇÃO

Neste último sábado, 03/12, esteve sendo realizada a comemoração dos 59 anos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bom Conselho.
Durante os festejos dos 59 anos do STR/BC, pessoas foram homenageadas, pelo apoio ao sindicato em toda sua história de lutas na terra de Papacaça. Gratidão aos trabalhadores e trabalhadoras rurais que fazem do sindicato, foi o reconhecimento do presidente Aluizo Bernardo.