Democracia se faz com debate e decisões coletivas
Senhor Cláudio André, ante a polêmica a cerca da filiação partidária,apresento posicio-namento sobre a questão.
Mais do que falam de nós, vale o que assumimos e reafirmamos enquanto pessoas e cidadãos. Toda a audiência do programa de entrevistas da Rádio Papacaça ouviu de mim que a intenção era discutir internamente no partido um nome para concorrer às eleições em Bom Conselho e não uma imposição.
O interesse de ingressar num partido político, implica em seguir os mandamentos e as decisões partidárias. Foi para isto que busquei Comissão Provisória, antes mesmo de me posicionar. Informei que não se tratava de idéia fixa, não se tratava de decisão a qualquer custo e que caberia ao partido e aos filiados tomar no momento próprio a melhor decisão. Longe esteve no debate, senhor articulista, o desejo desmensurado, a falta de vontade de discussão com candidatos a vereadores e a militância para traçar o melhor caminho.
Ao buscar pela filiação aconteceu como em qualquer outra entidade partidária. Sou cidadão, tenho domicílio eleitoral na cidade, penso ser reconhecido como pessoa séria, honesta e dedicada. Assim, estranha-me a forma expressada pelo Sr. Tiago Padilha, desconhecendo o posicionamento dos demais membros do partido, que forma não de-mocrática se negou a ratificar a decisão da maioria.
Como todos sabem, sou de esquerda desde os tempos em que não havia glamour, tenho histórico de militante de esquerda, fui empregado toda a vida em empresa de governo e, como esse currículo, não se pode falar de pessoa que tenha fontes para gastar ou financiar aos borbotões. Disse no programa do radialista Paulo Dantas e repito: qualquer um que pense despender recursos próprios desmedidos não estará pensando no futuro de nossa cidade.
Penso que não cabe qualquer medo àqueles que concorrem a cargos proporcionais, pois para estes, a idéia de apresentar uma pré-candidatura não prejudica nenhum deles. Pelo contrário, fortalece ainda mais. Os argumentos apresentados para a negação de filiação contradiz a lógica e, reflete, no meu entender, certa imaturidade na forma como se tenta abordar o tema.
Os pré-candidatos a vereador continuarão com suas discussões de coligação, de apoi-os e de viabilização de suas campanhas, tendo em vista que o debate majoritário deve acontecer pensando no melhor para a cidade.
Também é incompreensível alguém argumentar que ideias novas e novas pessoas para discutir a cidade não sejam bem vindas, pois o que se tem de experiência mundo a fora é a busca por aqueles que podem contribuir e, nesse quesito, nosso município não está fora do contexto, sendo importante que quaisquer que queiram contribuir o façam. Assim, senhor articulista, espero ter esclarecido, os pontos que cercam a discussão de filiação feita nesse blog.
Francisco Alexandre - Piúta.