30 de outubro de 2022

Lula vence o segundo turno e volta para o terceiro mandato de presidente

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito o 39º presidente da República neste domingo (30), na votação do segundo turno. Lula derrotou o presidente Jair Bolsonaro (PL), que buscava a reeleição.

O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas.

Àquela altura, Lula tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado por Bolsonaro, que contabilizava os outros 49,17% de votos válidos.

Para vencer em segundo turno, o candidato à Presidência precisa superar os 50% de votos válidos – mesmo que seja por apenas um voto.

A diferença percentual a favor de Lula é a menor de um presidente eleito desde 1989.

Com o resultado, o Partido dos Trabalhadores volta à presidência após um intervalo de seis anos. O PT comandou o país por oito anos com Lula (de 2003 a 2010) e por seis anos com Dilma Rousseff (2011 até o impeachment em 2016).


Torneiro mecânico, líder sindical e membro fundador do PT, Lula foi eleito para seu terceiro mandato e deverá tomar posse no cargo em 1º de janeiro de 2023. Desta vez, o petista terá quatro dias a mais para governar o país – uma reforma eleitoral aprovada em 2021 definiu que, em 2027, a posse presidencial será em 5 de janeiro. 

Ao votar mais cedo, em São Paulo, Lula disse que a eleição definiria o "modelo de Brasil" para os próximos anos. Ele falou também que era o dia mais importante da vida dele.

do G1

Raquel Lyra é eleita em Pernambuco e encerra ciclo de 16 anos do PSB; veja quem é a nova governadora

 

A candidata do PSDB, Raquel Lyra, foi eleita governadora de Pernambuco neste domingo, superando Marília Arraes (Solidariedade). Com a vitória, a tucana decreta o fim de um ciclo de 16 anos do PSB à frente do estado. O resultado foi simbólico também porque foi a primeira disputa entre duas mulheres e episódios da vida pessoal delas tiveram impacto na campanha.

Raquel Lyra perdeu o marido, o empresário Fernando Lucena, que morreu no dia da eleição do primeiro turno, o que a levou a adiar o começo da campanha do segundo. Seu filho mais velho, de 12 anos, teve que passar por uma cirurgia de emergência para retirada do apêndice já durante a segunda etapa da campanha eleitoral. Sua rival também teve de suspender algumas atividades de campanha, mas devido aos enjoos dos cinco meses de gravidez.

A eleição de Raquel também marcou uma virada sobre Marília Arraes, que já foi do PT e ficou com o apoio do ex-presidente Lula e da militância petista no estado. A deputada liderou as pesquisas durante a campanha do primeiro turno e saiu das urnas em primeiro lugar no dia 2. No primeiro turno, o PT apoiou Danilo Cabral (PSB), candidato do atual governador, Paulo Câmara (PSB), que não conseguiu avançar na disputa.

Atrás nas pesquisas durante todo o primeiro turno, que indicavam larga vantagem para Marília, Raquel marcou, na primeira votação, 20,5% dos votos válidos, contra 24% da deputada. A virada, porém, veio já no início da campanha do segundo turno, com ela liderando as intenções de voto desde o primeiro levantamento feito pelo Ipec.

Com a vitória, a tucana oficializa o fim do domínio do PSB no estado, que começou com a eleição de Eduardo Campos, em 2006. Ele se reelegeu quatro anos depois, e elegeu Câmara como sucessor em 2014, quando morreu num acidente aéreo enquanto concorria ao Planalto. O afilhado político conquistou novo mandato em 2018.

Historicamente, o partido já exercia grande influência no estado, tendo como principal figura o ex-governador Miguel Arraes, avô de Eduardo e Marília e bisavô do atual prefeito do Recife, João Campos (PSB). O segundo turno marcou uma reaproximação entre Marília e João Campos, que protagonizaram uma disputa política em família em 2020 pela prefeitura da capital pernambucana.

A eleição de uma governadora do PSDB no Nordeste é também uma conquista relevante para o PSDB, que perdeu o comando de São Paulo após quase três décadas e vive um de seus piores momentos políticos. A sigla, no primeiro turno, não elegeu nenhum governador.

Via O Globo

29 de outubro de 2022

Vem documentário novo em breve

 Estamos na preparação para novos documentários sobre os atrativos turísticos, culturais e religiosos encontrados nesta linha de fronteira entre Alagoas e Pernambuco. O projeto Poeta Viagens e Aventuras tem seguido além fronteira. Temos várias rotas de trilhas ecológicas com percursos variados para iniciantes e para trilheiros masters.
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Aneel mantém bandeira tarifária verde para novembro


A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) manteve a bandeira verde em novembro para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com a decisão, não haverá cobrança extra na conta de luz pelo sétimo mês seguido.

A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até meados de abril deste ano. Segundo a Aneel, na ocasião, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia.

Caso houvesse a instituição das outras bandeiras, a conta de luz refletiria o reajuste de até 64% das bandeiras tarifárias aprovado no fim de junho pela Aneel <>. Segundo a agência, os aumentos refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas neste ano, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.

Bandeiras Tarifárias

Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril deste ano, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.

O Sistema Interligado Nacional é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto pelo SIN. 

A exceção são algumas partes de estados da Região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente, por térmicas a óleo diesel.

As informações que você precisa saber

 


Prefeito de Junqueiro denuncia que local que recebeu recurso enviado por Cunha é um galpão vazio
O prefeito do município de Junqueiro, Leandro Silva, denunciou, em suas redes sociais, que os recursos que supostamente teriam sido enviados por Rodrigo Cunha, como senador, para a cidade do Agreste alagoano, na verdade foram destinados a um galpão vazio, que fica situado no Povoado Bananeira, em Arapiraca. 

Ao desmentir o que o prefeito disse anteriormente, de que Cunha não havia mandado nenhum recurso para Junqueiro, o candidato ao governo de Alagoas falou que foram enviados para a cidade a quantia de R$ 150 mil oriunda do orçamento secreto, e que teve como destinação uma cooperativa. Fato que, agora, foi desmentido pelo gestor municipal.

Homem ataca funcionária de padaria com faca e é agredido por populares

Um homem de 54 anos foi detido, nesta sexta-feira (28/10), depois de entrar em uma padaria e atacar uma funcionária do local com uma faca. O caso ocorreu em Ceilândia, no Setor N, QNN 23. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o homem entrou no local e perguntou se a atendente poderia lhe emprestar uma faca.

A funcionária da padaria disse que não tinha. Neste momento, o homem foi até o freezer, quebrou uma garrafa e tentou agredi-la.

Ele pulou para dentro do balcão em que a funcionária estava, pegou uma faca que estava sobre a mesa e tentou atacá-la novamente. Porém, pessoas que estavam na padaria conseguiram render o homem, após agredi-lo. Ele ficou rendido até a chegada da PMDF.


28 de outubro de 2022

A CAPELA DE NOSSA SENHORA DAS BROTAS E OS CONDES QUE LÁ ESTÃO ENTERRADOS

 

A imponência da capela de Nossa Senhora das Brotas registrada pelo pesquisador e documentarista Cláudio André O Poeta

Esta é a capela de Nossa Senhora das Brotas, localizada na comunidade de Santa Cruz, zona rural de Estrela de Alagoas. Construída em 1771, teve a primeira reforma em 1868 e a segunda em 1920. Este templo foi construído todo em barro de louça, pedra e ripa.



O telhado foi mudado, mas o coro da igreja que fica na parte superior da capela, feito de madeira de lei, permanece intacto. Já passaram 250 anos e boa parte da igreja permanece com sua originalidade.

O oratório é o primeiro da igreja que permanece intacto.

Esse cruzeiro feito de concreto está na sua décima geração.

Sertãozinho é uma comunidade rural do município de Major Izidoro

Esses personagens fizeram parte da história de fundação do município de Major Izidoro, que fez parte da mesma cesmaria comprada pelo major da Guarda Nacional do Império, Joaquim da Rocha Guedes.

Esse confessionário é original desde a construção da capela de Nossa Senhora das Brotas, no povoado Santa Cruz de Estrela de Alagoas.

Imagem de Nossa Senhora das Dores que está no altar da capela de Nossa Senhora das Brotas.

Passados 250 anos e continua intacto o altar da capela de Nossa Senhora das Brotas. Não há relatos históricos da doação desta imagem para a igreja.

Túmulo onde estão enterrados o major da Guarda Nacional do Império, Joaquim da Rocha Guedes e a esposa Ana da Rocha Guedes. o major morreu em 1902 e a esposa em 1909.

Neste túmulo não há identificação de quem está enterrado, mas acredita-se que foi um visconde da época, pela imponência da estrutura do túmulo.

Esta data marca quando a igreja passou por uma nova pintura.

Após 10 dias de pintura, a capela de Nossa Senhora das Brotas preserva sua fachada original.


Este é o filho do major da Guarda Nacional do Império, Joaquim da Rocha Guedes. Aqui (na comunidade de Santa Cruz), ele nasceu e foi criado, foi fazendeiro e comerciante com padaria em Palmeira de Fora. Nasceu em 1844 e faleceu em 1918 (viveu 74 anos de idade). Homem manso, de coração grande e querido de todos.


ROCHA: Família de origem francesa descendente de monsieur de La Roche emérito militar que muito ajudou ao rei Dom Afonso II na tomada do Conselho de Silves, tornou-se cavaleiro da Casa Real, foi governador e mais tarde senhor de Torres Novas. Foram barões de Almeirim “barões de oliveira”.

OBSERVAÇÃO:

Concelho de Silves

O concelho Silves, do distrito de Faro, localiza-se no Algarve (NUT II e NUT III). É limitado a oeste pelo concelho de Portimão, a este por Loulé, a noroeste por Monchique, a sul por Lagoa, Albufeira e o oceano Atlântico; e a norte por Odemira, Ourique e Almodôvar, pertencentes ao distrito de Beja (Portugal).

Visconde de Torres Novas condes e visconde de Alpendurada e diversos outros títulos de nobreza. Seus filhos já passaram a ter nome e sobrenome de Rocha tendo os mesmos herdados os títulos nobiliários assim como os senhorios da casa paterna.


O brasão de armas foi concedido a família e confirmado por carta em 1492. Chegaram a sertãozinho em 1840 (há 182 anos) e fundaram a cidade de Major Izidoro, hoje, tida como capital do leite do estado de Alagoas.

Todo o contexto histórico relatado acima está ligado a construção da capela de Nossa Senhora das Brotas, no oeste do município de Estrela de Alagoas.

A duas visitas que fiz a comunidade de Santa Cruz, encontrei muitas histórias, todas estão no meu canal no Youtube, no meu portal de turismo e neste blog.


História ficou para ser contada e é justamente o objetivo do projeto Poeta Viagens e Aventuras.

Patrocinaram esta pesquisa


SAIBA MAIS NESTE VÍDEO
                   

27 de outubro de 2022

A urna não é um depósito de ódio (por Manoel Isidório da Silva Neto

 


A urna não é um depósito de ódio

Autor: Manoel Isídório da Silva Neto

    Estudante do 9º B da Escola Integral São Geraldo

Orientação: Profª. Ma. Claudicélia Curvêlo Cordeiro

 

Faltam poucos dias para o segundo turno das eleições de 2022. O que podemos perceber é uma grande polarização entre os dois atuais candidatos à presidência. Neste ano, assim como em outros, a política apresenta um grande contraste, o qual dividiu o país consideravelmente. 

O maior problema que envolve a política é a omissão de esperança por parte dos indivíduos, pois muitas vezes ao invés de progresso nos apresentam o regresso. Além das promessas não cumpridas e a falta de conhecimento dos mais carentes, estes que são explorados por aqueles políticos que lhes oferecem o ‘‘céu’’.

As eleições representam o recomeço, dependendo da população que tem o poder de escolher democraticamente quem tomará conta dos relevantes cargos públicos. O mundo político brasileiro se corrompeu, tendo em vista que as pessoas perderam aquilo o que mais importa, a esperança de um futuro melhor para o Brasil. 

A urna não é um depósito de ódio, rancor e descomprometimento, mas sim, vota-se em busca de um novo amanhã, dotado de esperança e compromisso para com a nação.

Talvez, o motivo de muitas pessoas não acreditarem na política, seja justamente pelos inúmeros problemas acarretados, já que muitos políticos só pensam em interesses próprios. 

Esse é o principal motivo pelo o qual, o Brasil mesmo diante de tantas capacidades e riquezas naturais que nenhum outro lugar possui, encontre-se nessa situação, de fome, violência e desesperança. Infelizmente, a nossa política ainda é um mar de interesses, poder e descaso, tal lástima nos condena até os dias de hoje.  

Mas o povo brasileiro é trabalhador e não desisti nunca! Quando superarmos os problemas políticos, eu tenho certeza que um futuro promissor nos aguarda. Mas para esse dia chegar, devemos ter consciência nas eleições. 

A democracia é o caminho da liberdade, a qual é intensificada nas urnas. Dessa maneira, as escolhas determinam o amanhã, o qual prevalece a busca de um Brasil melhor repleto de paz, esperança e prosperidade.

A escravidão e os negros sendo moedas de troca


A antiga Vila de Arapiraca pertencia a Limoeiro de Anadia. Após muitos anos de lutas, tendo à frente Esperidião Rodrigues e o deputado Odilon Auto, a tão sonhada emancipação aconteceu no ano de 1924, com o projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa Estadual, assinado e sancionado pelo governador Fernandes Lima. 

Mas antes desses fatos, é preciso falar sobre uma parte, até então desconhecida da história de Arapiraca e do Agreste alagoano.


Sobre Arapiraca, o que está registrado nos livros e recortes de jornais, é que o povoamento da região se fez com o trabalho de seus primeiros moradores brancos. Os livros oficiais, de escritores locais, contam isso. 

No entanto, as cartas de liberdade que o professor, escritor e historiador Gilberto Barbosa encontrou no Cartório de Limoeiro de Anadia lançam luz sobre a verdade e demonstram que, assim como em todo o Brasil, Arapiraca e outras cidades do Agreste alagoano também fizeram uso da escravidão para desbravar e se desenvolver.

A própria existência das comunidades quilombolas de Mameluco, Lagoa do Coxo, Poços do Lunga, Passagem do Vigário (atualmente em Taquarana), e as localidades de Carrasco e Pau d‘Arco (atualmente em Arapiraca), também corroboram para o entendimento do uso de trabalho escravo na região.

Uma questão que precisa ser melhor divulgada e debatida. A importância da descoberta de Barbosa é clara. O aprofundamento das pesquisas e uma releitura sobre a história oficial de Arapiraca se faz necessário.

Mercadoria e moeda de troca


Ainda de acordo com o historiador, muito já foi descoberto, mas as pesquisas continuam.

Os escravos negros da região trabalhavam nos serviços domésticos, nas roças, nos engenhos e nos canaviais, na lida do gado e nos engenhos para a fabricação de açúcar e rapadura.

Em termos gerais, o negro era visto como uma mercadoria que deveria gerar outras mercadorias necessárias para a manutenção de seu senhor, e como mercadoria ele era adquirido como tal.

O escravo tratado como animal, comprado e avaliado pelos dentes, pela “canela fina”, que caracterizava não só o escravo trabalhador, mas também o escravo procriador, para, no pensamento de seu senhor, aumentar o “rebanho” de negros da fazenda.

O escritor e intelectual Dirceu Lindoso afirmava que “eles eram produtos mercantis como o açúcar ou o café”. Alguns senhores os usavam como moeda de troca, em negócios com casas e terrenos.

O ofício das escravas não se resumia somente ao trabalho na lida da terra e no seio do lar do seu senhor, cuidando dos trabalhos domésticos, como mucamas, cozinheiras e amas de leite. Como se não bastasse, os senhores aproveitavam dos “trabalhos extras” das suas escravas, deitando-se com estas quando bem queriam.

Foi assim que surgiram os escravos brancos e mestiços. Saciando os seus desejos, o homem branco deixava como herança somente os filhos tidos com as próprias negras para que estas os criassem, na maioria dos casos, sem lhe dar qualquer sustento.

As pesquisas realizadas pelo historiador Gilberto Barbosa, se comparadas a outros locais de Alagoas, a maioria dos donos de escravos de Limoeiro de Anadia se constituía de pessoas com poder aquisitivo pequeno.

Muitos desses senhores somente tinham um, dois ou, no máximo, cinco escravos para os trabalhos domésticos ou de roça.

Contudo, também existiam pessoas abastadas que contavam com grande número de cativos em suas propriedades. É o caso do filho do fundador de Limoeiro, capitão Manoel Francisco da Silva, que em seu inventário consta possuir 27 escravos.

Freguesia e Município de Limoeiro no século 19


Gilberto Barbosa relata que, em Arapiraca, foram encontradas pelo menos duas cartas de alforria, uma datada de janeiro de 1881, na qual José Nunes de Magalhães libertava a sua escrava Josepha, mulata de 27 anos, e a segunda, passada por Manoel André em favor da escrava Josefa, no dia 1º de junho de 1885.

Assim como ocorreu em Arapiraca, em outros recantos da Freguesia Eclesiástica e do município de Limoeiro de Anadia, também havia a contribuição para o sistema escravista, no qual membros das famílias mais tradicionais não dispensavam os trabalhos dos cativos.

Em Coité do Nóia, há o exemplo de Manoel Joaquim da Costa Zow, filho de Anna da Anunciação Silva e do Capitão Basílio Estevão da Costa.

Em 1872, Zow possuía oito escravos, todos nascidos em Alagoas. Sua mãe, quando viúva, possuía um montante de 19 escravos, devidamente transcritos no seu inventário de 22 de maio de 1872.

No sítio Brejo, atualmente em Limoeiro de Anadia, Pedro Vital da Silva, em inventário realizado entre 1861 e 1862, tinha uma relação de 31 escravos.

Gilberto Barbosa diz que boa parte desses escravos, objetos de desejo e símbolos de status social, vinha procedente principalmente de Angola.

Ao desembarcarem no Brasil, os escravos eram separados e direcionados para o mercado, onde eram vendidos e avaliados de acordo com a faixa etária, sexo e também pelo estado de saúde.

Para combater a escravidão e concretizar o sentimento de liberdade na sociedade escravocrata da época, foi primordial o surgimento de movimentos abolicionistas por todo o Brasil. Em Alagoas surgiu a Sociedade Libertadora Alagoana.

Talvez influenciados pelo movimento abolicionista, alguns donos de escravos os libertaram antes mesmo da abolição da escravatura.


Liberdade e dependência

A carta de alforria, que em árabe significa “a liberdade”, transferia o título de propriedade de senhor para escravo. Havia dois tipos de cartas de alforria. As cartas pagas, aquela em que os escravos ou um benfeitor comprava a sua liberdade. 

E as cartas gratuitas, quando eram doados para si. Em algumas situações, os senhores faziam questão de propagar que eram simpatizantes do movimento abolicionista, transcrevendo nas cartas que faziam “por amor a causa abolicionista”.

Como falou em reportagem anterior, publicada nesta Tribuna, na edição do último dia 8 deste mês de outubro, diante das pesquisas realizadas, surgiram vários questionamentos sobre a motivação da liberdade antecipada, dentre as quais, destaca algumas, sendo a primeira porque as motivações estariam ligadas à idade dos cativos, enquadrados na Lei do Ventre Livre de 1871 e na Lei dos Sexagenários de 1885. 

A segunda questão estaria voltada à simpatia com o movimento abolicionista, e o terceiro ponto aos pouquíssimos casos em que existia um sentimento, digamos, mais humano por parte dos senhores para com seus cativos que os libertavam por “caridade”. Barbosa salienta ainda que o testamento do padre Pedro Vital corrobora com essa versão. 

“Declaro que tenho treze escravos de nomes Custódia, Urbano, Lindolfo, Balbino, Izabel, Antônio Vicência, Idalina. (Que) gozarão de suas plenas liberdades como se do ventre livre tivessem nascido, o que faço não só por fazer essa obra pia e de caridade como porque os criei como filhos” (CASTRO NETO, 2007, p.74-75).

Alguns autores alagoanos também citam que havia certa tolerância nos engenhos de Alagoas e que a partir da segunda metade do século 19 tornaram-se raros os casos de castigos. 

No entanto, eles citam que tal situação, de certa tolerância, parece confirmar o fato de que havia a necessidade de tratar favoravelmente, com receio de fugas ou rebeliões, tendo em vista que os escravos  alagoanos eram conhecidos por revoltas, a exemplo, de Palmares, terra da liberdade. 

Com a liberdade conquistada antes da Lei Áurea, os negros, de certa forma, continuaram cativos de seus antigos donos, e agora a escravidão era movida pela gratidão de terem recebido a carta de alforria.

Seria a liberdade antecipada uma atitude premeditada dos senhores com o objetivo de conquistar a gratidão de seus outrora cativos? É bem possível. Com o surgimento da Lei Áurea em 1888, todos os escravos foram libertados. No entanto, eram necessárias outras medidas, como a distribuição de terras, que permitissem a eles exercer, de fato, sua cidadania.

Outro agravante, para o pesquisador Gilberto Barbosa, é que eles não tinham formação escolar e profissional, segundo o recenseamento de 1872, dentre os escravos de Limoeiro nenhum sabia ler ou escrever, ou uma profissão definida.

Para a maioria dos escravos, a simples emancipação não mudou sua condição subalterna nem ajudou a promover sua cidadania ou ascensão social.

Diante disso, mesmo com a liberdade alcançada, muitos ex-escravos da região ficaram na companhia de seus outrora senhores, trabalhando por comida. Dessa forma, infelizmente, não puderam deixar uma herança digna para seus filhos, netos e gerações posteriores progredirem.

No Brasil, o preconceito, o racismo e a pobreza são quase que uma regra para seus descendentes. Eis a história do Brasil, de Arapiraca e do Agreste de Alagoas.

Professor corta cabelo de alunos para ‘castigá-los’ e gera revolta na web



O modo de disciplina de um professor gerou revolta na web. Isso porque o docente foi flagrado cortando o cabelo dos alunos como forma de castigá-los. O caso aconteceu em Quito, no Equador. A ação do professor de educação física aconteceu em março deste ano e recentemente as imagens foram divulgadas na internet. O registro mostra os alunos em fileira em frente ao lixo onde o pedagogo corta o cabelo dos jovens.

Conforme o Meganoticias, a razão por trás da decisão do professor é desconhecida. A mídia local divulgou que a escola está ciente do ocorrido e que o professor foi suspenso momentaneamente do cargo. A Direção Distrital do Ministério da Educação equatoriano investiga o caso.

26 de outubro de 2022

A informação que você precisa saber



 Adolescente que engravidou aos 12 anos tem cabelo cortado a faca pelo marido

O caso absurdo foi registrado nesta segunda-feira (24) em uma residência no bairro Castanheira, zona Sul de Porto Velho (RO). Um adolescente de 17 anos fugiu após agredir e torturar a esposa, uma garota de 15 anos, que começou a namorar aos 10 anos e já é mãe. A menina contou que vive sendo oprimida pelo marido que é muito ciumento. Na ocasião, ele ficou furioso ao atender uma ligação no telefone da esposa e perceber que era um outro homem na linha.

Síndromes respiratórias: Amazonas retorna para fase amarela da pandemia

Após uma alta de casos de síndrome respiratórias, o Amazonas retornou para a fase amarela da pandemia da Covid-19. A informação é da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM).

Segundo a diretora-presidente do órgão, Tatyana Amorim, o aumento acontece em virtude da chegada do inverno amazônico, mas ainda não traz dados tão preocupantes à vigilância.

“Estamos observando um aumento no número de pessoas internadas com resultado positivo para a Covid-19, mas a causa de internação não é a Covid. Atualmente, a matriz de risco aponta um cenário de baixo risco”, avaliou.

Delegada denuncia comandante da PM por importunação sexual

Uma delegada da Polícia Civil denunciou o comandante da Polícia Militar, que atua na Polícia Rodoviária Estadual (PRE), em Paranaíba (MS), por importunação sexual em um restaurante. O suspeito chegou a ser preso e passou por audiência de custódia no domingo (23)“Você faz marca de biquíni e depois fica escondendo”, relatou a delegada sobre a fala do comandante da Polícia Militar.

Segundo o boletim de ocorrência, o caso de importunação aconteceu no sábado (22) e a delegada relatou que aguardava o marido – também delegado – pagar a conta no estabelecimento. Segundo ela, foi nesse momento que o comandante, que estava próximo, passou a fazer comentários libidinosos contra ela. A autoridade policial disse que a frase desrespeitosa foi repetida duas vezes pelo comandante. Ela contou que ele falou a primeira frase e logo em seguida a outra frase. Ela disse que pediu para que ele repetisse o que tinha falado.

De acordo com registro policial, ao ser informado do ocorrido, o marido da delegada questionou o homem, que negou ter dito algo desrespeitoso e ainda alegou ter apenas cumprimentado a vítima. Em dado momento, o homem revelou que está na cidade há cerca de 10 meses e era o comandante da PM. O marido da delegada deu ordem de prisão ao suspeito e os próprios colegas de farda foram chamados para acompanhar o comandante até a delegacia. Segundo o boletim, o suspeito, que apresentava sinais de embriaguez, passou a desacatar policiais civis. O comandante negou ter dito o que a delegada afirma ter escutado. Por não ter uma cela especial em Paranaíba, o homem foi transferido para Campo Grande


Mudar é preciso

 

Chega um momento que enxergamos que nossa maior ilusão foi justamente acreditar que fulado, beltrano, ciclano, era seu amigo. Mas quando você compreende o contexto deste tipo de situação, logo o primeiro passo inteligente é afastar-se. A distância, visualizamos quem realmente queria ou quer nosso bem.