1 de março de 2022

AS 10 PLANTAS MEDICINAIS DA SERRA GRANDE DE BOM CONSELHO

mandacaru (nome científico Cereus jamacaru) é uma cactácea nativa do Brasil, adaptada às condições climáticas do Semiárido. Conhecida também como cardeiro, a planta alcança até seis metros de altura e possui um formato que pode lembrar um candelabro.

SAIBA MAIS 
mandacaru é um tipo de fitoterápico, onde é capaz de tratar problemas renais. A parte interna do mandacaru pode ser usada para o tratamento de gastrites e manter a saúde do aparelho digestivo. A raiz também pode ser usada para o tratamento de cálculo renal.

Conhecido também como “mãe de milhares”, o aranto é nativo da África, mas se adaptou facilmente ao clima brasileiro, onde também é encontrado. Trata-se de uma kalanchoe, uma espécie de planta suculenta que vive bem em regiões tropicais e subtropicais. Elas são utilizadas pela população da África e das Américas no tratamento de infecções e inflamações.

A Bryophyllum daigremontianum, também conhecida como calanchoê ou mãe-de-milhares, é uma planta suculenta nativa de Madagascar. Ela se distingue pela capacidade de reprodução vegetativa, através de brotos que crescem em suas folhas, e que caem no chão, continuando a propagação.

O oleandro, também conhecido como loendro, loandro, aloendro, loandro-da-índia, alandro, loureiro-rosa, adelfa, espirradeira, cevadilha espirradeira ou flor-de-são-josé, é uma planta ornamental da família Apocynaceae, relativamente comum, porém extremamente tóxica.



As roseiras marcam presença assídua em grande parte dos jardins um pouco por todo o mundo. Conhecidas pelos seus múltiplos fins, as rosas são das plantas com flor mais versáteis que existem e por isso têm grande relevância económica na floricultura e paisagismo. 

Angélica é uma planta proeminente da mitologia e cultura indiana. As flores são usadas em cerimônias de casamento, guirlandas, decoração e vários rituais tradicionais.

No Irã, por exemplo, o óleo extraído de suas flores, é usado como perfume. No Havaí, seu perfume é descrito como complexo, exótico, doce e floral.

Você já ouviu falar na flor da Mimosa pudica ou Dormideira? Essa planta tem ação cicatrizante, antimicrobiana, analgésica, anti-inflamatória, anticonvulsiva, antidiarreica, antioxidante, hepatoprotetora, antihelmíntica, antihiperglicêmica, antiúlcera, antivenenosa. 

É muito fácil de encontra-la em abundância na região oeste do município de Bom Conselho

E essa planta da família Euphorbiaceae, conhecida popularmente como Pião-Roxo? Esta espécie é usada comumente no tratamento de diversas patologias devido às suas propriedades anticoagulantes, antioxidantes, antimicrobianas, anti-inflamatórias, antidiarreicas, anti-hipertensivas, anticancerígenas, entre outras.

Mamona é usada na indústria química e na produção de biodiesel. Planta foi introduzida no Brasil durante a colonização. Possui propriedades analgésica, anti-inflamatória e anti-histamínica. A mamona (Ricinus communis) é uma planta oleaginosa de originária da África, Ásia, Europa e Índia.

Ruellia tuberosa, também conhecida como minnieroot, raiz da febre, raiz de snapdragon e batata de ovelha, é uma espécie de planta da família Acanthaceae. Sua faixa nativa está na América Central, mas atualmente se tornou naturalizada em muitos países do sul e sudeste da Ásia.

Capsicum annuum é uma espécie de planta do género Capsicum nativa da América. A variedade mais comum desta espécie é o pimento ou pimentão. Outras variedade são algumas das mais conhecidas pimentas mexicanas, por exemplo: o jalapenho, o poblano, o ancho, etc
O chá de hibisco ajuda a perder peso, mas, devido às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, a bebida é indicada também para aquelas pessoas que não abrem mão do bem-estar e de qualidade de vida. O chá de hibisco não contém calorias e pode ser servido quente ou gelado.

A nossa pesquisa segue firme. Focado nos estudos e nas pesquisas, deixamos de lado o lado A de Bom Conselho, onde o município paga um alto preço por votar errado.

APOIADORES CULTURAIS










26 de fevereiro de 2022

ATIVIDADE DE CARROCEIRO DE FEIRA LIVRE ESTÁ EM EXTINÇÃO

 

Dias atrás, estive refletindo após andar numa feira livre. No passado, eu, adolescente, tive como primeiro trabalho, ser carroceiro de feira livre na minha terra natal, Olho d'Água das Flores, sertão de Alagoas. 

Época de estudante, nem sabia o que seria na vida, entre os 12 e 15 anos, já querendo ser independente, pedi a minha mãe para mandar fazer uma carrocinha de madeira para me carroçar e ganhar meus cruzeiros (dinheiro da época).

Pois bem, a atividade de carroceiro, pelo jeito está em extinção. Coisa rara, você encontrar nas feiras, adolescentes (até por que há lei que proíbe menor trabalhar), jovens, carroçando, ou seja, levando as feiras das senhoras donas de casa até suas residências.

Tenho a humildade de dizer que toda essa experiência que vivi no sertão, serviu para o meu crescimento profissional e discernimento como cidadão independente. 

Nessa época que eu trabalhava com um carrinho de mão na feira livre de O. A. Flores, o apurado do dia, de cada feira, eu dividia com minha mãe (in memorian). 

Ou seja, se numa feira ganhasse 10 cruzeiros, 05, eu dava a minha mãe. Falo isso não para se envaidecer, mas para mostrar que quando a gente quer ser alguém na vida, devemos começar em casa, ajudando e respeitando nossos pais. Por tudo isso eu sou feliz. 

Posso dizer que todas as feiras da elite de Olho d'Água das Flores, foram transportadas por mim. Eu, morava num sítio chamado de Cacimba do Gato, distante do centro da cidade uns 03 km, acordava 03 horas da manhã para organizar pelo menos 03 bancas de frutas e verduras e ao mesmo tempo carroçar. Quando era 4 horas da tarde, estava de volta e assim que chegava em casa, dividia os ganhos com minha eterna mãe.

Posso dizer que tive uma infância feliz. Fui carroceiro, feirante, vendedor de bugigangas, de picolé, de doces e salgados, de prestação, de frutas, de livros, etc.

Posso bater no peito que o meu crescimento profissional foi com muito esforço e dedicação e aproveitei as oportunidades que tive. Sou um cara feliz. Durmo de consciência tranquila. Por tudo isso aprendi a ser independente.

Depois conto mais...



Pesquisa aponta risco de surto de arboviroses em 40 municípios de Pernambuco


Com o verão no auge, as doenças causadas por arboviroses cobram preocupação do estado de Pernambuco. Neste início de ano o risco de um surto bate na porta de 40 municípios pernambucanos. Segundo uma pesquisa da Secretaria Estadual de Saúde, baseada na sexta semana epidemiológica do ano, que corresponde ao período entre os dias 02 de janeiro de 2022 a 12 de fevereiro de 2022, os casos começam a surgir.

Só de Dengue, o estado registrou 1.216, confirmou 79 e descartou 253. No mesmo período do ano passado foram 2.181 casos suspeitos. Em relação a Chikungunya, a pesquisa aponta 406 casos notificados, 40 confirmados e 59 descartados. 

No ano passado, o mesmo período registrou 777 casos suspeitos. A Zica ainda é a arbovirose que menos notificou casos neste ano. Cerca de 30 notificações, nenhum confirmado e 19 descartados. Em 2021 foram 191 casos na mesma semana epidemiológica.

Quanto às gestantes, que sempre são foco da apreensão do estado em relação a infecção de uma arbovirose, a pesquisa mostra que 24 já apresentam exantema, que são manchas e erupções na pele, causadas por infecções, por exemplo.

Segundo o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti, o LIRAa, realizado entre 3 e 7 de janeiro, são 40 municípios em situação de risco de surto, 96 municípios em situação de alerta e 46 municípios em situação satisfatória.

Via CBN/Recife

24 de fevereiro de 2022

Médicos apuraram intoxicação por remédios para emagrecer e "doença da urina preta" no organismo de Paulinha Abelha


NOTE BEM
As buscas pelo corpo perfeito... vai deixando as pessoas mais problemáticas no requisito saúde. Infelizmente buscam inúmeras alternativas que podem colocar suas vidas em risco. 
alteram nossas bebidas e nossa comida, inserem grandes proporções de açúcares e sódio na nossa alimentação.
Depois te oferecem fórmulas mágicas para curar aquilo que te causaram. 
Vc Sempre está insatisfeito com sua aparência, com suas medidas, com a roupa que usa, com a sociedade que te julga. As Marcas da tua roupa te dizem quem tú és... se não tiveres a Marca da Empresa X tú és obsoleto ultrapassado, tem que acompanhar as novas Tendências. Já não te olham pelas coisas que vc pensa ou faz...mas naquilo que tu tem. a humildade caminha para o progresso no abismo.
Na dúvida de tudo isso se aceitar é se amar como vc é... cuide - se... de verdade.
seu peso não te faz pior ou melhor que ninguém, a cor da tua pele tbm...e nem sua opção sexual não interfere na beleza e grandeza de sua existência... VC é um volume único.

por Val Trilheiro

Uma guerra não começa com o primeiro tiro

 


por Edberto Ticianeli

A afirmação que titula esse texto pode parecer uma obviedade, mas não é.

Basta ouvir por alguns minutos os analistas da Globo News sobre os episódios envolvendo a Ucrânia para se concluir facilmente que o governo russo é criminoso, antidemocrático e agressivo por ter o seu exército disparado contra alvos do país vizinho.

Será que foi esse mesmo o primeiro tiro? Com todos os meus limitados conhecimentos sobre o assunto, me atrevo a avaliar que não.

Saltava aos olhos que as provocações endereçadas a Vladimir Putin, presidente da Rússia, tinham o claro objetivo de levá-lo a dar o primeiro tiro. Condição necessária para que se iniciasse o bombardeio em outra guerra, a da comunicação, onde facilmente se culpa quem puxou o gatilho pela primeira vez.

Lembram dos duelos em filmes americanos? Quem sacava por último estava se defendo e assim não era incriminado.

Quem conhece um pouco da história sabe que as guerras nunca começam com o primeiro tiro. Há sempre grandes interesses em conflito. Quando não resolvidos diplomaticamente, tornam-se altamente combustíveis e ficam à espera de uma fagulha para explodir.

Ninguém tem dúvida, atualmente, que o tiro que matou o arquiduque Francisco Fernando da Áustria em 28 de junho de 1914 não foi a causa da Primeira Grande Guerra Mundial. Os impérios, europeus e russo, viviam, há décadas ardentes disputas econômicas entre eles.

Da mesma forma, não foi o “primeiro tiro” disparado pelo exército de Hitler na invasão da Renânia em 1936 que provocou a Segunda Grande Guerra Mundial. O impulso expansionista alemão em busca de matérias-primas para sustentar a retomada do seu crescimento econômico já incomodava a Europa e o resto do mundo.

Atualmente, os mesmos interesses expansionistas, agora dos EUA, trazem desconforto às principais economias, que são controladas pelo dólar e pela constante ameaça militar.

Para se impor na Europa e impedir o avanço russo no pós guerra, os EUA criaram a tal da OTAN, permitindo-lhes estabelecer bases militares nestes países.

Com a dissolução da União Soviética a partir de dezembro de 1991, os americanos cresceram os olhos para os países que escapavam do controle russo, incorporando-os também à OTAN, claro que com a imediata instalação de bases militares nesses territórios.

Mas eis que Vladimir Putin resolve liderar um movimento que soergueu a Rússia economicamente e militarmente, habilitando-a a recuperar o que lhe foi tomado ou, pelo menos, a impedir que continuassem a arrancar de sua órbita os poucos países que sobreviveram ao arrastão “otânico” na virada do século.

Ora, se Joe Biden sabia que havia esse movimento crescente de preservação dos interesses russos e que a tentativa de incorporação da Ucrânia à OTAN significaria claramente uma ameaça a esta política liderada por Putin, podemos perguntar agora: quem deu o primeiro tiro?

Torço para que o conflito não descambe para uma guerra, onde todos perdem.

Como evitar? É fácil: basta os EUA entenderem que não mandam mais no mundo, mesmo tendo o maior arsenal militar do planeta.

Independente de quem seja o Putin e dos interesses russos, não podemos deixar de reconhecer que o reestabelecimento de outro polo de poder serve para neutralizar as aventuras sem limites dos Bidens e Trumps da vida. Isso pode desencorajar sonhos expansionistas, quase sempre os motivos para as guerras.

23 de fevereiro de 2022

Raquel lidera, Miguel é o segundo e Danilo só tem 4,8%



Na primeira pesquisa sobre a sucessão estadual deste ano em Pernambuco, feita pelo Instituto Opinião, de Campina Grande (PB), com exclusividade para este blog, apontando o cenário para governador, a pré-candidata do PSDB, Raquel Lyra, lidera com 18,4%, seguida pelo pré-candidato do União Brasil, Miguel Coelho, que aparece com 10,2%. Em terceiro lugar, Anderson Ferreira, pré-candidato do PL, desponta com 6,5%, enquanto o pré-candidato do PSB, Danilo Cabral, tem apenas 4,8%.

Antes dele, a deputada Clarissa Tércio, do PSC, aparece com 5,9%. João Arnaldo, do PSol, pontua 1,6% e Jones Manoel, do PCB, é o último com 1,1%. Brancos e nulos somam 26,6% e indecisos 24,9%. Na espontânea, modelo pelo qual o entrevistado é forçado a lembrar o nome do seu candidato seu o auxílio do disco com todos os nomes, Raquel também lidera com 4,8% e Marília Arraes, do PT, vem em segundo com 2,8%, empatada com Miguel Coelho, também com 2,8%. Danilo foi citado por 1,4% dos entrevistados, Clarissa por 1,6%, Anderson 1,1% e Humberto Costa por apenas 1%.


A pesquisa foi a campo entre os dias 17 e 20 deste mês, sendo aplicados dois mil questionários em 86 municípios nas diversas regiões do Estado. O intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. A modalidade de pesquisa adotada envolveu a técnica de Survey, que consiste na aplicação de questionários estruturados e padronizados a uma amostra representativa do universo de investigação. A pesquisa está registrada sob o protocolo PE-07875-2022.


No quesito rejeição, o Opinião levantou todos os nomes, incluindo Marília Arraes e Humberto Costa, que estão no cenário acima, na segunda postagem. Sendo assim, Humberto lidera. Entre os entrevistados, 14,2% disseram que não votariam nele de jeito nenhum, seguido de Marília Arraes, com 7,7%, Raquel 4%, Danilo 3,9%, Anderson 3,8%, Miguel Coelho 3,6% e João Arnaldo 2,9%.


ESTRATIFICAÇÃO


Fazendo uma radiografia da pesquisa, Raquel tem seus maiores percentuais de intenção de voto entre os eleitores jovens, na faixa de 16 a 24 anos (20,1%), entre os eleitores com grau de instrução no ensino médio (19,9%) e entre os eleitores com renda familiar entre dois e cinco salários (19,5%).  Por sexo, 18,9% dos seus eleitores são homens e 18,1% são mulheres.


Já Miguel Coelho tem mais intenção de voto entre os eleitores jovens (13,3%), entre os eleitores com renda familiar entre cinco e dez salários (12,5%) e entre os leitores com grau de instrução superior (13,2%). Por sexo, 10,3% dos eleitores são homens e 10,1% são mulheres. 


Anderson Ferreira, por sua vez, aparece melhor situado entre os eleitores com renda entre cinco e dez salários (10,1%), entre os eleitores na faixa etária de 35 a 44 anos (7,5%) e entre os eleitores com grau de instrução médio (6,9%). Por sexo, 6,8% dos seus eleitores são homens e 6,3% são mulheres.


POR REGIÃO


Estratificando a pesquisa por regiões, Raquel tem seu maior percentual no Agreste (38,2%), seguido da Zona da Mata (18,2%), Sertão (15,9%), Metropolitana (9,5%) e São Francisco (4,5%). 

Miguel, por sua vez, tem seu maior eleitorado no São Francisco (70,5%), Sertão (19%), Metropolitana (4,9%), Zona da Mata (3,4%) e Agreste (3,4%). 

Anderson tem sua maior base na Metropolitana (12,9%), Zona da Mata (4,7%), Sertão (1,3%), Agreste (1%) e São Francisco (0,8%). 

Danilo Cabral tem, pela ordem, Sertão (6,6%), Zona da Mata (6,1%), Metropolitana (4,4%) e São Francisco (0%). 

Clarissa Tércio tem 9,9% na Metropolitana, 6,1% na Zona da Mata, 2,8% no Agreste, 0,9% no Sertão e 0% no São Francisco.


CENÁRIO COM GILSON


O Opinião testou o cenário para governador trocando o nome do ministro Gilson Machado pelo de Anderson Ferreira. Nele, Raquel aparece em primeiro com 19,3%, Miguel vem em seguida com 10,8%, Danilo tem 4,8%, João Arnaldo 1,8% e Gilson com 1,2%, enquanto Jones tem 0,9%.

'Estamos no começo do fim da pandemia de Covid-19', afirma especialista


O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) já era conhecido internacionalmente por sua atuação no enfrentamento à tuberculose. 

Quando a pandemia de coronavírus eclodiu, no início de 2020, ele estava à frente do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, durante a gestão do ministro Luiz Henrique Mandetta. Desde então, se tornou uma das maiores referências no assunto no Brasil.

Em entrevista ao GLOBO, Croda, que também é professor da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) fala sobre o fim da pandemia, estima que em breve será possível relaxar o uso de máscaras e alerta para a necessidade de ampliar a quarta dose para os idosos, em especial aqueles que tomaram três injeções da CoronaVac

Como o senhor classifica o momento atual da pandemia?

Eu diria que estamos caminhando para o fim da pandemia e vamos entrar numa fase endêmica, com períodos sazonais epidêmicos, como já acontece com a gripe e a dengue, por exemplo. Passar da pandemia para a endemia não significa que a gente não vai ter o impacto da Covid-19 em termos de hospitalização e óbito. 

Significa que esse impacto vai ser menor a ponto de não ser necessário medidas restritivas tão radicais e eventualmente até a liberação do uso de máscaras, que é uma medida protetiva individual. Isso se deve justamente pelo avanço da imunidade coletiva da população mundial. 

Estamos avançando muito mais às custas de vacinação do que da infecção. Ela foi a grande mudança de paradigma, que reduziu a letalidade da Covid-19 de um número 20 vezes maior que o da influenza para duas vezes maior, nesse momento.

O que define o fim da pandemia e o início da endemia da Covid-19?

O grande marcador é a letalidade. Ou seja, quanto a Covid mata. Esse vírus só vai matar menos se tiver alta cobertura vacinal. As pessoas que morrem, atualmente, fazem parte de três grupos: idosos muito extremos mesmo vacinados, pessoas com muita comorbidade e pessoas não vacinadas. 

À medida que avançamos na vacinação, a tendência é reduzir essa letalidade. Foi assim com a influenza H1N1, quando surgiu a pandemia em 2009. Partimos de uma letalidade de 6% e isso foi reduzido para 0,1%.

Estudo: Ao contrário do que se imaginava, cuidar dos netos não tem efeito rejuvenescedor
Esse cenário positivo pode acontecer ainda esse ano?


Com certeza. Mas isso será diferente em cada região e cada país, pois depende da cobertura vacinal, da letalidade e da dinâmica da transmissão. Diversos países começarão, de alguma forma, a diminuir as medidas restritivas, cancelando a obrigatoriedade do uso de máscaras, de manter distanciamento, de evitar aglomeração. Isso já acontece na Europa. Depois da onda de Ômicron, todos os países flexibilizaram. Muitos deixaram de exigir o uso de máscara. 

Se não existem medidas restritivas, se a recomendação eventualmente seja a vacinação e doses de reforços anuais, não faz sentido eles continuarem mobilizados em uma resposta pandêmica, de emergência em saúde pública. 

A Europa já está caminhando nesse sentido porque tem mais de 50% da população com três doses e mais de 70%,80% com duas doses. No esquema da Ômicron, três doses é o esquema básico de vacinação.
E no Brasil, quando isso vai acontecer?

Acredito que ainda nesse primeiro semestre a gente tenha uma situação mais favorável, que seja possível de alguma forma, declarar que não estamos mais em emergência de saúde pública, por exemplo. O número de hospitalizações e óbitos é que vai determinar o impacto sobre o serviço de saúde.

A quarta dose tem sido muito discutida, ele é de fato importante nesse momento?

A quarta dose é importante principalmente para os idosos e pessoas com comorbidades. Essas pessoas foram as primeiras a receber o esquema básico com duas doses e muitos receberam essa terceira dose em setembro, no máximo em outubro. 

Então já tem quatro meses dessa terceira dose. Como a gente sabe que existe uma queda de proteção ao longo do tempo, seria importante eles receberem um novo reforço. As vacinas foram perdendo a sua efetividade e proteção principalmente pelo surgimento de novas variantes. 

Elas continuam protegendo contra hospitalização e óbito, mas no idoso, essa perda é mais pronunciada. No Brasil ela se torna ainda mais importante porque a maioria desses idosos recebeu esquemas primários com a CoronaVac. 

Em São Paulo, alguns fizeram esquemas homólogos de CoronaVac há mais de quatro meses. Já sabemos que a CoronaVac na população idosa produz uma resposta imunológica menor e uma proteção menor.

Foi um erro o estado de São Paulo utilizar a CoronaVac como reforço para idosos?

Na época já existiam dados de resposta imunológica e efetividade mostrando que nessa população, outras vacinas eram superiores. Então baseado nos dados que já existiam no momento da decisão do estado de São Paulo, sim, foi um erro. O resto do Brasil não seguiu o estado de São Paulo. 

O papel da CoronaVac foi fundamental para iniciar a vacinação. Qualquer vacina é melhor do que nenhuma. Então ela salvou muitas vidas. Mas quando se tem opção, é importante escolher a melhor. 

A ideia de que vacinar rápido reduziria a transmissão da doença pela imunidade coletiva gerada pela vacina não se comprovou quando veio a Ômicron. Para o resto da população não há evidências de que a quarta dose seja necessária.

O senhor acha que o carnaval pode impactar essa tendência de alguma forma?

O que pode acontecer, a depender da cidade e do estado, é a redução da velocidade de queda do número de casos, mas não uma retomada. As ondas são bastante similares. São quatro a seis semanas de subida, seguida por quatro a seis semanas de queda, independente da cobertura vacinal porque os suscetíveis são esgotados. 

O que muda é a magnitude do impacto, que é o tamanho do pico, isso depende da cobertura vacinal. Mas a dinâmica da onda epidêmica vai ser a mesma. Mesmo com um evento de massa, que eventualmente esteja associado a aglomeração e transmissão, não haverá suscetíveis suficientes para uma nova onda. 

A não ser que surjam novas variantes, que sejam mais transmissíveis que a Ômicron e tenham um escape da resposta imune do que a Ômicron.

A quarta dose tem sido muito discutida, ele é de fato importante nesse momento?

A quarta dose é importante principalmente para os idosos e pessoas com comorbidades. Essas pessoas foram as primeiras a receber o esquema básico com duas doses e muitos receberam essa terceira dose em setembro, no máximo em outubro. 

Então já tem quatro meses dessa terceira dose. Como a gente sabe que existe uma queda de proteção ao longo do tempo, seria importante eles receberem um novo reforço. As vacinas foram perdendo a sua efetividade e proteção principalmente pelo surgimento de novas variantes. 

Elas continuam protegendo contra hospitalização e óbito, mas no idoso, essa perda é mais pronunciada. No Brasil ela se torna ainda mais importante porque a maioria desses idosos recebeu esquemas primários com a CoronaVac. 

Em São Paulo, alguns fizeram esquemas homólogos de CoronaVac há mais de quatro meses. Já sabemos que a CoronaVac na população idosa produz uma resposta imunológica menor e uma proteção menor.

Foi um erro o estado de São Paulo utilizar a CoronaVac como reforço para idosos?

Na época já existiam dados de resposta imunológica e efetividade mostrando que nessa população, outras vacinas eram superiores. Então baseado nos dados que já existiam no momento da decisão do estado de São Paulo, sim, foi um erro. O resto do Brasil não seguiu o estado de São Paulo. 

O papel da CoronaVac foi fundamental para iniciar a vacinação. Qualquer vacina é melhor do que nenhuma. Então ela salvou muitas vidas. Mas quando se tem opção, é importante escolher a melhor. 

A ideia de que vacinar rápido reduziria a transmissão da doença pela imunidade coletiva gerada pela vacina não se comprovou quando veio a Ômicron. Para o resto da população não há evidências de que a quarta dose seja necessária.

A gente ainda vive o pico da Ômicron. Ainda não podemos adotar as medidas europeias. A nossa cobertura vacinal é diferente, a dinâmica da pandemia aqui é diferente, ela chegou mais tardiamente. Temos que observar nossos indicadores. 

O mês de fevereiro ainda vai ter muita transmissão, muita hospitalização, muito óbito. Em algum momento teremos que fazer essa discussão, mas provavelmente isso será a partir do meio de março. 

Quando tivermos uma situação favorável, os gestores vão começar a copiar as medidas que foram implementadas na Europa, principalmente no que diz respeito às flexibilizações. Isso deve acontecer à medida que a média móvel de óbitos, que é o último indicador a cair, chegue nos períodos pré-Ômicron. A curva de novos casos já começou a cair e a de mortes deve começar a diminuir em breve.

O senhor acha que o carnaval pode impactar essa tendência de alguma forma?

O que pode acontecer, a depender da cidade e do estado, é a redução da velocidade de queda do número de casos, mas não uma retomada. As ondas são bastante similares. São quatro a seis semanas de subida, seguida por quatro a seis semanas de queda, independente da cobertura vacinal porque os suscetíveis são esgotados. 

O que muda é a magnitude do impacto, que é o tamanho do pico, isso depende da cobertura vacinal. Mas a dinâmica da onda epidêmica vai ser a mesma. Mesmo com um evento de massa, que eventualmente esteja associado a aglomeração e transmissão, não haverá suscetíveis suficientes para uma nova onda. 

A não ser que surjam novas variantes, que sejam mais transmissíveis que a Ômicron e tenham um escape da resposta imune do que a Ômicron.

por O Globo

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