19 de outubro de 2018

COMO FOI O INÍCIO DO POVOAMENTO DO AGRESTE MERIDIONAL DE PERNAMBUCO

O POVOAMENTO DO AGRESTE MERIDIONAL
A povoação efetiva da Região do Agreste Meridional teve início no século XVII, mas já existem registros de organização de expedições à região do Rio São Francisco desde a fundação da Capitania de Pernambuco, em 1534. 


A EXPULSÃO DOS ÍNDIOS CAETÉS
Duarte Coelho, além de promover a expulsão dos índios Caetés da Aldeia de Marin (futura Olinda), tratou de enviar vaqueiros e soldados de milícia para desbravar a região do São Francisco, de forma que se começa a criar fazendas de gado e vilas.


O CRESCIMENTO DO POVOAMENTO NO AGRESTE MERIDIONAL
Nas proximidades do fim do século XVI, entre 1590 e 1600, a região já estava tão povoada que alguns anos depois, em 1627, já constitui um abastecedor de bovinos para os engenhos de Pernambuco e da Bahia, segundo Frei Vicente do Salvador.


OS ÍNDIOS QUE HABITARAM DE GARANHUNS A BOM CONSELHO...
A partir do século XVII, na sua primeira metade, há o estabelecimento da tribo dos índios Cariris na região que hoje é a cidade de Garanhuns e nas cidades em torno – São João, Paranatama, Brejão, Saloá, entre outras. 
A tribo que ali se estabeleceu, os “Unhanhu”, de corruptela “Garanhu”, fez com que o lugar ficasse conhecido como “Campo dos Garanhu”. 
Paralelamente a este fato, a Casa da Torre, em 1627, retoma as expedições ao longo do Rio São Francisco, devido aos rumores da existência de minas de prata na região, contribuindo ainda mais para o povoamento da região.

POSSE DAS TERRAS FOI UMA ORDEM DO REI
O próprio rei de Portugal, D. João III, também estava preocupado em garantir a posse da região em questão, quando em 1548 ordenou que Tomé de Souza, Governador Geral, enviasse soldados de milícia para que tomasse posse das terras desbravadas. 
Também o filho de Duarte Coelho, Duarte de Albuquerque promoveu expedições para a restauração de alguns povoados e para a conquista de índios, campanha esta que durou cinco anos.

A DOMINAÇÃO HOLANDESA
Na primeira metade do século XVII, um fato contribuiu para o deslocamento de pessoas – escravos e livres – para a região em destaque: o período da dominação holandesa em Pernambuco, que vai de 1630 a 1654. 

A FUGA DOS ESCRAVOS
Neste período, muitos proprietários tentaram escapar ao domínio flamengo migrando para o interior; também seus escravos aproveitaram a divergência da atenção dos portugueses para fugir e integrar o já significativo Quilombo dos Palmares. 

NÃO ERA PARA SER APENAS QUILOMBOLAS
Aliás, a denominação correta seria os Quilombos dos Palmares, uma vez que havia várias comunidades quilombolas, espalhadas desde União dos Palmares (cidade do atual Estado de Alagoas) até o Cabo de Santo Agostinho e as proximidades de Garanhuns. 

FOI FUNDAMENTAL
O fluxo constante de escravos africanos para esta região e sua interação com as populações locais constituem um fator importantíssimo para o desenvolvimento e crescimento da região.

O QUE FEZ O AGRESTE MERIDIONAL FICAR POVOADO
Pode-se dizer que a Região do Agreste Meridional foi povoada devido a três fatores principais: à proximidade com o Rio São Francisco, a expansão da criação de gado e a existência do Quilombo dos Palmares à pouca distância.

Se você não ler, de onde vem o saber?

18 de outubro de 2018

UMA PINTURA REALISTA DO ARTISTA PLÁSTICO ANTÔNIO CARLOS

O artista plástico bonconselhense, Antônio Carlos, por uma das suas pinturas retratou uma grande realidade da justiça brasileira, onde o TER vale mais que o SER.

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17 de outubro de 2018

CONHEÇA A CAATINGA E SEUS DESAFIOS DE SOBREVIVÊNCIA NO MUNICÍPIO DE VENTUROSA

O Xiquexique é uma espécie de cacto, muito encontrado na Caatinga. Seu corpo é formado por muitos braços, esses protegidos por longos espinhos. Possui frutos arredondados de coloração cinza. As flores são róseas para branco e pequenas. No seu interior conserva água para os períodos secos. Ultimamente alguns fazendeiros da região utilizam essa espécie para alimentar o gado nos tempos de pouca chuva, um risco a mais para esse Bioma que já sofre bastante nas garras do bicho homem. Pode ser usado em ornamentação de parques e jardins.

Foi assim, com esse tipo de paisagem que fizemos a trilha rumo a caverna e pedra do Hipopótamo.

A vegetação da caatinga constitui um tipo de vegetação adaptada à aridez do solo e a escassez de água da região. Dependendo das condições naturais das áreas em que se encontram, apresentam diferentes características.

Quando as condições de umidade do solo são mais favoráveis, a caatinga se assemelha à mata, onde são encontradas árvores como o juazeiro, também conhecido por joá, ou laranjeira do vaqueiro, a aroeira e a baraúna.

Esse é o teto da caverna e pedra do Hipopótamo. Marcas rupestres, rocha granítica. O que se pode imaginar? Um dia foi o fundo do mar e com o balanço da água a rocha criou essa cavidade. Já diz o ditado popular, "água mole em pedra dura, tanto bate que te fura".

Há vegetação no meio da caatinga que resiste a altas temperaturas.

Essa rocha tem a geoforma da cabeça de um pênis. Observe bem que no seu entorno há pinturas rupestres.

Com essa imagem vocês tem a ideia da altura que fica essa caverna.

Percebam que debaixo da caverna há uma rocha áspera, porém, limpa e protegida pela ação do vento. A caverna se forma quando água ácida penetra no solo, entra em contato com rochas calcárias e as dissolve, formando “ocos” no relevo. Esse processo é o que define o surgimento da maioria dos tipos de caverna.

As plantas encontradas nos paredões podem ser rupícolas, quando crescem diretamente sobre a rocha, ou saxícolas, quando se localizam em pequenos platôs ou fendas com solo. Nessas situações, a água que chega escoa rapidamente e os nutrientes são escassos. Por isso, as plantas crescem bem devagar, e muitas têm adaptações especiais para lidar com a escassez de água, como é o caso dos cactos e bromélias formadoras de tanques, que armazenam água, ou das orquídeas e bromélias do gênero Tillandsia, que conseguem captar rapidamente a umidade das nuvens, ou ainda as velózias (canelas-de-ema) e capins-ressurreição, que toleram a dessecação violenta das folhas com posterior re-hidratação das mesmas folhas.


Nas áreas mais secas, de solo raso e pedregoso, a caatinga se reduz a arbustos e plantas tortuosas, mais baixas, deixando o solo parcialmente descoberto.

Veja o quanto a natureza é sabia. Dentro da caverna da pedra do Hipopótamo é tudo bem limpinho. Não há maribondos e nem morcegos para incomodar dentro do espaço. O vento passa por baixo e faz a limpeza.

As rochas estão por todo lugar, e hoje são um dos ambientes terrestres mais bem preservados de todo o planeta, sendo assim importantes refúgios para muitas plantas sensíveis ao fogo, ao gado e a várias outras atividades humanas. 

Em diversos estados do Brasil, principalmente no nordeste, toda a área plana foi convertida também em pastos ou plantações, e muitas vertentes de montanhas são alcançadas pelas cabras e pelo fogo, de modo que a escassa vegetação original fica quase sempre restrita às paredes rochosas de difícil acesso.

Bom, finalizo essa série de reportagens sobre a trilha que realizei mais uma vez na zona rural de Venturosa. Foram dezenas de passos, foram horas no meio da caatinga, superando altas temperaturas e passando por vegetação fechada. Os locais visitados foram marco de uma grande aventura ecológica. A todos que colaboraram o nosso muito obrigado. Aos patrocinadores muito obrigado pela confiança em nosso trabalho.
ATÉ A PRÓXIMA!
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AS INFORMAÇÕES QUE VOCÊ PRECISA SABER DIRETAMENTE DA REDAÇÃO

Informação o Tempo Todo
Homem é preso suspeito de engravidar a enteada de 12 anos na Paraíba
Um homem de 36 anos foi preso, na manhã desta quarta-feira (17), suspeito de estuprar e engravidar a própria enteada, uma adolescente de 12 anos. O caso aconteceu no bairro de Tibiri, que fica no município de Santa Rita, na Grande João Pessoa. O suspeito foi preso em casa.

Eleitores podem solicitar certidão de quitação eleitoral pela internet
Eleitores de todo o Brasil já podem emitir pela internet, no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a certidão de quitação eleitoral. A certidão é um documento importante que comprova que o eleitor está em dia com a Justiça Eleitoral.

Briga entre pais e filha por casa termina em homicídio na Paraíba
A briga pela posse de uma casa terminou em homicídio, na manhã desta segunda-feira (15), no município de Cacimba de Dentro, Agreste paraibano, a 165 quilômetros de João Pessoa. O caso envolve um homem, que foi a vítima do assassinato, a sua companheira, os pais dela e o responsável pelos disparos.

Tiroteio deixa dois mortos e criança e adolescentes feridos na Paraíba
Um tiroteio entre suspeitos de tráfico de drogas terminou com dois adolescentes, um de 17 anos e outro de 16 mortos, um de 13 anos ferido e uma criança de nove anos ferida, na noite desse domingo (14), no município de Araruna, Brejo paraibano, a 166 quilômetros de João Pessoa.

Justiça manda igreja devolver R$ 23 mil a fiel que doou carro e se arrependeu
A Justiça de Mato Grosso do Sul determinou que uma igreja evangélica de Campo Grande, devolva R$ 23 mil a um comerciante que frequentou o templo durante três anos e doou um carro ano 2007/2008. A decisão foi publicada nesta terça-feira (16) no site do Tribunal de Justiça do Estado (TJ/MS).

LUCIANO BIVAR NA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA?

Com a vitória de Jair Bolsonaro cada vez mais próxima de acordo com as pesquisas eleitorais, o PSL que elegeu 52 deputados trabalhará no sentido de comandar a Câmara dos Deputados. 
E o nome lembrado para o posto é o de Luciano Bivar, eleito para o terceiro mandato como deputado federal. Por ter sido o principal fiador do projeto Bolsonaro, o nome de Bivar está sendo aceito não só pelo seu partido como pela base de sustentação do provável futuro presidente. Pernambucano, Bivar pode ser o quarto presidente da Câmara na história recente com atuação no estado. 
Os últimos foram Marco Maciel, Inocêncio Oliveira e Severino Cavalcanti.
por Edimar Lyra

AS BELEZAS DA CAATINGA ENCONTRADAS NO SÍTIO ARQUEOLÓGICO PERI-PERI EM VENTUROSA/PE

O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte (mede até seis metros de altura), pertencente à família das anacardiáceas, de copa larga (até quinze metros de largura), originária dos chapadões semiáridos do Nordeste brasileiro, que se destaca por fornecer sombra e aconchego.

Cacto típico de todo sertão nordestino. Invadem as serras e caatingas do nordeste. Seus galhos se arrastam pelo chão formando verdadeiros alastrados. Os espinhos são agudos brancos e se formam em um conjunto com vários espinhos. A planta é de cor verde claro. Ao lado do mandacaru é um dos frutos da caatinga disputados por colecionadores da espécie e integra alguns cardápios exóticos do Nordeste brasileiro (com pratos como o "cortado" de xique-xique). 

Caverna e Pedra do Hipopótamo
Salienta-se sua massiva presença no sertão nordestino. A caatinga engloba as vegetações deciduais, com muitas cactáceas, sendo plantas xerófilas em sua maioria. Seu solo costuma ser salinizados, com plantas de pequeno porte, raízes profundas e basicamente xerófilas com estoque de água. Imagina-se que há, em torno, de duas mil espécies diferentes de vegetação nas caatingas.

A Caatinga em plena estiagem tem suas características singulares da atual estação. As plantas perdem suas folhas, o mandacaru se destaca com o seu verde exuberante, o juazeiro troca a roupagem, o ambiente arde em calor. O Sertão possui suas asperezas naturais. Falta água, falta alimento, falta vida aparente. Bastará uma chuva forte para novas cores tomarem todo o ambiente, a Caatinga é um verdadeiro camaleão.

Os solos desse bioma possuem alta variabilidade, com maior ou menor capacidade de reter as chuvas. A quantidade de nutrientes é influenciada pelas mesmas características que influenciam a retenção de água. Os solos mais argilosos retêm mais água e nutrientes, já os de textura mais arenosa tem pouca capacidade de retenção. Fragmentos de rochas são frequentes na superfície, resultando em um solo com aspecto pedregoso.

Cordilheira pernambucana (De Venturosa a Pesqueira)
Uma cordilheira é uma área geográfica definida por um conjunto de montanhas relacionadas geologicamente. As cordilheiras formam um grande sistema de montanhas reunidas, geralmente resultado do encontro de duas placas tectônicas que muitas vezes lançam ramos ou cadeias de montanhas secundárias. 

Cláudio André O Poeta
Escalar serras, descobrir lugares que quase ninguém conhece, conhecer in loco como é a sobrevivência na caatinga, entender a fauna e a flora dentro do bioma caatinga, que na linguagem Tupi, significa "mata branca", é uma experiência indescritível.

A engenharia do ninho do casaca-de-couro impressiona a todos. Esse pássaro é uma ave passeriforme da família Furnariidae. Com sua penugem amarelada e um bico que mais parece uma tesoura, sabe direitinho costurar com galhos secos e folhas, seu próprio habitat. Na fazenda onde fica a caverna e pedra do Hipopótamo, encontrei vários ninhos do casaca-de-couro em cima das algarobeiras, que mesmo com altas temperaturas resistem a seca, pois, sua raiz vai fundo buscar água no lençol freático da região.

No mesmo cercado onde encontrei as algarobeiras verdinhas, está aí a realidade do solo e de outras plantas que tentam sobreviver ao clima do semiárido dentro do município de Venturosa.

Tem como o gado sobreviver num lugar assim? Até as vassourinhas estão morrendo por falta d'água. Espera-se que nessa região, agora em novembro, período de trovoadas, volte a chover e da uma nova vida a vegetação da caatinga. Quando fiz essa foto, andando pelo cercado rumo a pedra e caverna do Hipopótamo, os desafios foram a pouca ventilação, sol escaldante e inalação do pó que sai da folhagem seca, além do solo quente. Mas, escapamos...

A pedra do Troféu
Vejam acima que toda essa geoforma da pedra feita de argila, há pegadas, gravuras rupestres. Eis a questão, de quem são as pegadas, como alguém conseguiu essa façanha. São pegadas de vários tamanhos...
Eis o Morro dos Ossos... Nesse local virou um cemitério de animais mortos. Na última seca que demorou cerca de 07 anos, morreu umas duas centenas de "cabeça de gado", como o sertanejo fala. 

O proprietário dessa fazenda reservou esse espaço para que todas as reses mortas ficassem distante das residências que margeiam a PE-217 que da acesso ao município de Alagoinha e não proliferassem doenças. Quem fez a festa foram os urubus...

Uma antiga pedreira desativada deixou rastros de destruição. Algumas rochas foram dinamitadas e o que sobrou foram blocos de pedras que seriam utilizadas na produção de mesas de mármore. Infelizmente, mais um crime ambiental promovido pela ignorância do homem racional.

Foi entardecendo e os urubus sobrevoando a caverna de pedra do Hipopótamo. Como existem no entorno da rocha, resto de animais mortos, os urubus se encarregam de fazer uma limpeza no meio ambiente.

Debaixo de um pé de algaroba fiz questão de fazer essa imagem, quando mostro a beleza da caatinga com o espaço sideral. Em pleno meio-dia de domingo, com temperatura acima dos 40 graus, Deus nos mostra sua Obra de Criação. A caatinga, o sertão, a fauna e a flora, ricas de detalhes. Quem contempla tudo isso, contempla o Criador do Universo.

Na próxima e última reportagem da série, estaremos publicando novas imagens e contando novas histórias...

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