11 de julho de 2018

A RELIGIOSIDADE, AS LENDAS, AS HISTÓRIAS E A IMPORTÂNCIA DO RIO SÃO FRANCISCO PARA O PLANETA

Em todo o trecho do Rio São Francisco a marca da religiosidade é muito forte. O rio mais amado do Brasil é um filho de muitas mães. Dentro de catedrais de pedra brotam as águas que atravessam cinco estados do Brasil e transformam milhões de vidas.

Imagens de São Francisco são colocadas em cima dos cânions e das serras por onde o rio passa. Há locais nos cânions que chegam a 180 metros de profundidade graças à ação do homem, que transformou o monumento da natureza num reservatório gigante. Há 20 anos a hidrelétrica de Xingó represou o São Francisco e tornou o rio navegável onde só existia um desfiladeiro quase seco.  

Uma serra que mistura religião com devoção e preservação ambiental. Na lateral do rio, próximo aos cânions a formação rochosa é uma mistura de argila com pedregulhos.

São Francisco ou Velho Chico, são os nomes do quinto maior rio navegável no mundo. Os oratórios espalhados pelas margens do Rio São Francisco provam a imensa religiosidade do povo ribeirinho. Na nascente, em Minas Gerais, batismo é um costume.
As cidades que se desenvolveram ao longo do Velho Chico, forma como é chamado o Rio São Francisco, cultivaram raízes culturais miscigenadas. Muito da cultura indígena e europeia está impregnado na nossa cultura, que, aliás, tornou-se uma fusão de arte e religiosidade. 

O solo de arenito com embutidos de granito é o que você encontra em todos os cânions do rio São Francisco. É bom lembrar que os artistas ribeirinhos, não puderam desenvolver uma arte que andasse na contra-mão das crendices e religiosidades, por isso, os escultores, poetas, cordelistas e cantores, conseguiram expressar ao longo dos anos sua maneira de conceber o mundo dentro de uma arte que perfila o sacro e o profano e, sobretudo, sem perder a essência folclórica. 

Segundo relatos históricos, os europeus catequizaram bem os caboclos e destes fizeram seus congregados das missas campais dos primeiros padres da ordem dos jesuítas que chegaram à região.
Quem pesquisa, estuda e tem acesso a documentários, como esse blogueiro conseguiu, muito se fala nas lendas e folclores do Velho Chico conseguiram criar no imaginário popular diversas lendas. Aqui na região todos conhecem as histórias do “Nego d’água” e da “cobra gigante”. As “mulas-sem-cabeça” e “Saci” também fazem parte do folclore e da cultura local.
No período que os europeus estiveram na região dos cânions, rege que o tradicionalismo de suas origens nas fogueiras de São João, celebração do divino espírito santo, ternos de reis e outras festas religiosas de Portugal que tiveram adaptações com a crença dos aborígenes. 
Um dos trechos mais bonitos do São Francisco é a Gruta do Talhado: um caminho estreito entre paredões de arenito. O lugar recebeu este nome porque tudo ao redor parece ter sido talhado, esculpido à mão.

Durante nossas pesquisas e leituras curiosas sobre os cânions do rio São Francisco, aprendemos o quanto o meio ambiente deve ser preservado, o quanto o Rio da Integração Nacional tem vida que alimenta outras vidas.
Como essa região fica acima da Hidrelétrica de Xingó, a profundidade do rio chega próximo dos 20 metros, tornando-o navegável e propício para a utilização turística.
Localizado em Canindé do São Francisco, divisa com Bahia e Alagoas, a paisagem paradisíaca formada por paredões rochosos que chegam a ter 50 metros de altura e águas esverdeadas que foram represadas por conta da construção da Usina Hidroelétrica de Xingó, na década de 1990.

Por aqui finalizamos a pesquisa sobre os cânions do rio São Francisco. Muito aprendemos sobre a vegetação de caatinga e toda a rica história cultural desse rio que integra vários estados brasileiros até desaguar no Oceano Atlântico. O Projeto Poeta Viagens e Aventura tem essa característica, informar, interagir e compartilhar com os leitores desse blog todo o aprendizado com as pesquisas e viagens. 
ATÉ A PRÓXIMA!

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ADOLESCENTE MORRE ELETROCUTADO APÓS LEVAR CHOQUE DE CELULAR QUE ESTAVA CARREGANDO NA TOMADA

Um adolescente de 15 anos, identificado como João Lucas Campelo de Sousa Peres, morreu eletrocutado ao manusear um celular que estava carregando, na tarde dessa terça-feira (10), no bairro Dirceu Arcoverde, na Zona Sudeste de Teresina, no Piauí. 
Em fevereiro deste ano, a jovem Luíza Fernanda Gama Pinheiro, de Riacho Frio, no Sul do estado, morreu de forma semelhante.
Ainda não há detalhes sobre como tudo aconteceu, mas segundo a tia de João Lucas, Rosângela Barbosa, o garoto havia acabado de tomar banho quando foi mexer no celular. Não se sabe se ele estava colocando o celular para carregar ou se o aparelho já estava ligado à tomada. 
O adolescente ainda foi levado para o hospital, mas não resistiu e morreu.
A mãe dele tinha saído para fazer um pagamento e deixou ele sozinho em casa, ninguém sabe exatamente o que aconteceu, cada um diz uma coisa. 
Mas ele tinha entrado no banheiro e quando saiu, foi direto ao quarto, onde aconteceu o acidente. Ele estava molhado quando mexeu no celular e acho que já estava carregando, mas não sabemos", afirmou.
A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que o adolescente já chegou no Hospital do Dirceu II, levado pela mãe, inconsciente. 
"A equipe médica fez reanimação cardíaca, mas ele já estava morto. O corpo foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO)", informou a Fundação.

10 de julho de 2018

VOCÊ CONHECE O PROJETO RESGATANDO SORRISO?

O Projeto Resgatando Sorriso em parceira com a UPE e a FOP   (Faculdade de Odontologia de Pernambuco), chegou a Bom Conselho.
Os alunos do EJA Campo Movimento Quilombola da zona rural de Bom Conselho receberam suas próteses dentárias completas gratuitamente.

PELO RIO SÃO FRANCISCO NAVEGARAM, DOM PEDRO II, AMÉRICO VESPÚCIO, CONDE DE VILA RICA, LAMPIÃO E TANTOS OUTROS

O potencial turístico do rio São Francisco impressiona a todos. A Gruta do Talhado, dentro do rio, localizada entre os cânions do São Francisco, recebe visitantes de várias partes do País.
Os cânions do São Francisco, entre os municípios de Olho d'Água do Casado e Delmiro Gouveia, há uma mistura de vegetação de caatinga, espelho d'água por onde o rio passa e nas suas laterais, gigantescas rochas que variam de coloração.
Canoeiros, ribeirinhos, donos de restaurantes e catamarãs, vivem exclusivamente das belezas naturais que o Velho Chico oferece de graça. Todos os serviços oferecidos para os turistas, são terceirizados. O que se propõe inicialmente, é que o bioma caatinga que margeia boa parte do percusso do rio, seja preservado.

As formações rochosas dos cânions do rio São Francisco impressionam não tão somente pelos seus tamanhos, mas, pelos materiais que os derivam. Esse acima é todo feito de argila e com cor que mais parece a mistura de colorau.
Novelas, filmes, seriados, documentários, tudo, já foram realizados por canais de TVs locais ou do exterior. O rio da Integração Nacional é imenso em todos os aspectos. Quem estuda, pesquisa e vai o conhecer de perto, sente o tamanho da importância do rio para o planeta. 

O turismo feito de maneira sustentável, promove a geração de emprego e renda. As histórias do rio e do cangaço tem suas dualidades. Os cânions e todo o espaço ocupado por água que deságua no Oceano Atlântico, é inspiração para qualquer poeta, escritor e estudioso sobre o assunto.
Como escreveu Guimarães Rosa, sua história tem sido a história do sofrimento de um rio que há mais de quinhentos anos é fonte de vida e riqueza. Seu descobrimento é atribuído ao navegador Florentino Américo Vespúcio, que navegou em sua foz em 1501.
As condições pluviométricas, no baixo curso do São Francisco, diferem das constatadas no médio e alto cursos. No baixo vale os meses mais chuvosos são, geralmente, os de maio, junho e julho. 
O período de estiagem perdura de setembro a fevereiro, sendo outubro o mês menos chuvoso. No médio e alto vales as maiores precipitações vão de novembro a março. 
O período menos chuvoso inicia-se em abril, estendendo-se até outubro, sendo junho, julho e agosto os meses de menores precipitações.
A Gruta do Talhado recebeu esse nome por suas paredes que parecem ter sido talhadas à mão. Os paredões enormes com rochas areníticas têm diversas formas e um visual muito bonito. O local é próprio para banho e mergulho, além de ter um santuário para São Francisco.
O rio São Francisco banha cinco estados, recebendo água de 90 afluentes pela margem direita e 78 afluentes pela margem esquerda, num total de 168 afluentes, sendo 99 deles perenes. É um rio de grande importância econômica, social e cultural para os estados que atravessa.

Folcloricamente, o rio é citado em várias canções e há muitas lendas em torno das carrancas (entidades do mal) que até hoje persistem. Os trechos navegáveis estão no seu médio e baixo cursos.
Dentro do rio São Francisco há o encontro de três estados. Do lado direito, Sergipe, do lado esquerdo da imagem, Alagoas e pra cima, Bahia.

Foi por essa caatinga fechada, beirando o rio, que Lampião e seus cangaceiros perambularam por muito tempo com medo da Volante (policia da época). Por se falar em Lampião, no próximo dia 28/07, completará 80 anos da morte do Rei do Cangaço, Maria Bonita e outros nove cangaceiros na Grota de Angicos.
Por volta de 1800, a indústria da mineração começou a declinar, e muitas cidades e povoados diminuíram em tamanho e importância. A agricultura substituiu a mineração. Cidades nascidas da mineração, subsistem da agricultura. Os primeiros estudos sobre o aproveitamento do potencial socioeconômico foram realizados no século XIX.
Em 1852, o engenheiro francês Emmanuel Liais foi contratado pelo imperador Dom Pedro II para estudar o rio e as possibilidades de desenvolvimento de sua navegação. Em 1855, o alemão Henrique Halfeld, contratado pelo Império, desenvolveu estudos semelhantes. Os trabalhos de Halfeld e Liais são considerados os mais importantes do século XIX pela abrangência e pelo rigor técnico

Muitos ribeirinhos vivem às margens do Velho Chico, isolado do resto do mundo. Imagine como uma pessoa dessa é feliz. Ele, o rio, a natureza.
Tradicionalmente, a etnia Xacriabá ocupa boa parte da extensão do rio São Francisco. Seu nome indígena é Opará ou Pirapitinga e também é carinhosamente chamado Velho Chico.
No sertão do São Francisco a pessoa mais importante foi Manuel Nunes Viana, que se tornou dono da maior fortuna do São Francisco pois obteve procuração da filha do senhor da Casa da Ponte, Isabel Guedes de Brito, para administrar as terras de herança e cobrar o foro sobre a sesmaria. 

E de homem pobre Manuel Nunes se transformou em potentado em gado e terras, durante o ciclo do couro, no vale do São Francisco, ajudando ainda ao contrabando do ouro para o porto de Salvador e desafiando o conde de Assumar em Vila Rica (atual Ouro Preto).

Estudiosos contam diante das pesquisas geológicas que onde estão os cânions do Velho Chico, um dia foi mar, há milhares de ano, eis o motivo da profundidade do lado e altura das rochas graníticas. 
Boa parte dos cânions são feitos de argila. Em cima dessas rochas pouca vegetação e as que ainda existem é do bioma caatinga. Nesses locais não safra de grãos e muito menos vegetação para engordar o gado, aliás, nesse percusso não há criação de bovinos, caprinos e nem de ovinos.

Os franceses já frequentavam a costa, e com certeza por volta de 1526 estiveram no rio São Francisco, tanto que uma pequena baía, próxima à foz, recebeu o nome de Porto dos Franceses.  Havia basicamente na costa do Brasil dois grupos indígenas distintos: os Tupis e os Gês

Nas proximidades, ocorreu o famoso naufrágio de uma nau que levava D. Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil. Escapando do naufrágio, em 1556, foi preso e devorado pelos índios caetés.
As tribos indígenas que ali viviam eram chamadas pelos tupis de tapuias, pois era assim que chamavam qualquer tribo que não tivesse a mesma língua. 

Entre 1535 e 1560, o primeiro donatário da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho, fundou a cidade de Penedo, no atual estado de Alagoas. Foi o primeiro núcleo povoador das margens, fundada a quase 40 quilômetros da costa. A localização estratégica do povoado, à porta do sertão, mereceu também atenção dos holandeses, tanto que, mais tarde, em 1637, conseguiram nele erigir um forte.

NA PRÓXIMA POSTAGEM SABERÁS AINDA MAIS SOBRE O VELHO CHICO

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O CIRURGIÃO-DENTISTA RENIVALDO TENÓRIO JÁ VOLTOU A ATENDER EM SEU CONSULTÓRIO

Renivaldo Tenório - Cirurgião Dentista
O cirurgião-dentista, Renivaldo Tenório já voltou a atender todos os seus pacientes no consultório localizado na Rua 07 de setembro, no centro de Bom Conselho. 
Doutor Renivaldo, há vários anos atua como especialista em Ortodontia e atende pelos planos Sul América, OdontoPrev (da Lactalis), Bradesco Dental, Interodonto e Rene Unna.
Está precisando fazer um tratamento dentário ou de uma cirurgia, então, marque sua consulta hoje mesmo. 
Ligue para (87) 3771-1619

RIO SÃO FRANCISCO: NOS LOCAIS QUE ESTÃO ACIMA DAS HIDRELÉTRICAS, O RIO CHEGA A UMA PROFUNDIDADE SUPERIOR AOS 180 METROS

O rio São Francisco é um dos mais importantes cursos d'água do Brasil e da América do Sul. O rio passa por cinco estados e 521 municípios, sendo sua nascente geográfica no município de Medeiros e sua nascente histórica na serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, centro-oeste de Minas Gerais.
Seu percurso atravessa o estado da Bahia, fazendo sua divisa ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos estados de Sergipe e Alagoas e, por fim, deságua no oceano Atlântico, drenando uma área de aproximadamente 641 000 quilômetros quadrados. 
Seu comprimento medido a partir da nascente histórica é de 2.814 quilômetros, mas chega a 2.863 quilômetros quando medido ao longo do trecho geográfico.
O rio São Francisco atravessa regiões com condições naturais das mais diversas e tem seis usinas hidrelétricas. O Blog do Poeta, estudando toda a história do Velho Chico, irá compartilhar todo o conhecimento através postagens e com imagens exclusivas.
As partes extremas superior e inferior da bacia apresentam bons índices pluviométricos, enquanto os seus cursos médio e submédio atravessam áreas de clima bastante seco. Assim, cerca de 75% do deflúvio do São Francisco é gerado em Minas Gerais, cuja área da bacia, ali inserida, é de apenas 37% da área total.
O desassoreamento tem provocado queda de barreiras dentro do rio, forçando-o a ter seu curso, muitas vezes, diminuído, especialmente na sua largura.
A área compreendida entre a fronteira Minas Gerais–Bahia e a cidade de Juazeiro (na Bahia), representa 45% do vale e contribui com apenas 20% do deflúvio anual.
Mesmo quando penetra na zona sertaneja semiárida, consegue manter-se perene, apesar da intensa evaporação, da baixa pluviosidade e dos afluentes temporários da margem direita. 
A alcunha «Rio da Integração Nacional» se deve às entradas e bandeiras que nos séculos XVII e XVIII usaram-no como rota para penetrar no interior. Outro nome, «rio dos Currais», se deve a ter servido de trilha para fazer descer o gado do Nordeste até a região das Minas Gerais, sobretudo no início do século XVIII. 

Outros nomes o rio São Francisco recebeu quando se achava ali o ouro que fez afluir milhões de pessoas à terra, fazendo a fortuna de muita gente e, afinal, integrando a região Nordeste às regiões Centro-Oeste e Sudeste.
O rio São Francisco é também o maior responsável pela prosperidade de suas áreas ribeirinhas compreendidas pela dominação de Vale do São Francisco, onde cidades experimentaram maior crescimento e progresso como Petrolina em Pernambuco e Juazeiro na Bahia devido a agricultura irrigada. 
Essa região apresenta-se atualmente como a maior produtora de frutas tropicais do país, recebendo atenção especial, também, a produção de vinho, em uma das poucas regiões do mundo que obtêm duas safras anuais de uvas. Quem navega pelo rio, sabe dos perigos que ele oferece, mesmo quando ao mesmo tempo torna-se sustentável.
SAIBA MAIS NA PRÓXIMA POSTAGEM

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