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| Alexandre Tenório - Escritor |
O
DEFUNTO
A funerária
Monsenhor Dâmaso foi chamada para tomar as providências em um Sitio do nosso
município, pois um dos seus segurados tinha batido as botas.
Foram duas
pessoas (o motorista e o ajudante) para preparar o defunto e trazer o mesmo
para ser velado no velório da funerária que fica localizado em frente ao
Hospital Monsenhor Dâmaso. Quando chegam no local, encontram a casa cheia de
parentes, amigos e curiosos. Com a chegada do carro funerário se aglomeram para
dar os detalhes da morte e dizem que o defunto já esta trocado de roupa e
pronto para ser colocado no caixão.
O pessoal da
funerária abre a porta traseira do carro e retiram o caixão vazio e levam para
dentro da casa, com a ajuda de familiares colocam o defunto no caixão, tampam o
mesmo e colocam dentro do carro, ao invés de trançarem as duas porta do carro
só fecham uma, pois foram chamados por alguns familiares para dar os últimos
detalhes, é quando um bêbado que estava perturbando o ambiente, entra dentro do
carro e se deita, e ninguém viu ele entrar no carro, logo depois eles fecham a
outra porta e seguem viagem para Bom Conselho.
A estrada
estava muito ruim, e o carro começou a sacolejar, nisto o bêbado começou a
falar – VÃO MAIS DEVAGAR – o motorista quando ouviu esta palavra se arrepiou
todo e lascou o pé no acelerador, quanto mais ele corria mais ouvia o bêbado
pedindo para diminuir a velocidade, e o motorista tome pé no acelerador. O
bêbado então diz – DESTE JEITO VOCÊS VÃO ME MATAR, ai foi que o motorista meteu
o pé no acelerador, o ajudante do motorista estava branco, os cabelos
arrepiados querendo falar e não saia a fala, o motorista com a adrenalina lá
encima, correndo feito louco, é quando chegam numa cancela e param o carro para
abrir a cancela. Quando descem ouve lá de dentro – ME TIREM DAQUI – eles não
tiveram outra alternativa, foram para trás e abriram a porta, nisto sai o
bêbado todo cagado, tonto e meio azoado.
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