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ALEXANDRE TENÓRIO - ESCRITOR |
AS AVENTURAS DE
SAUL CAMBOIM
(PARTE III)
O nosso boêmio - era frequentador assíduo dos nossos cabarés,
e quando foi estudar em Garanhuns no colégio Diocesano continuou a empreitada
nos cabarés de Garanhuns.
Vivia mais nos cabarés que no colégio, e com pouco tempo
passou a ser o queridinho das meninas, era Jovem, bonito, filho de família
rica, era só o que elas queriam, e começaram a pagar para ficar com ele, e ele
terminou como o cafetão mor das meninas.
Ele tinha uma característica que até hoje guarda com ela, não
abria parada para ninguém, também não era de provocar, agora se provocado era
doido de pedra, botava para quebrar, não abria nem para um trem cheio de pólvora
com dois doido fumando em cima.
Certa feita, três raparigas passaram a disputar a sua
atenção, e elas terminaram na via de fato, e foram levadas para o xadrez, e lá
ficaram presas, o nosso galã sabedor do feito foi a delegacia tentar soltar
elas, e ao chegar na presença do delegado começou a argumentar pelas solturas
delas - é quando uma dela resolve dizer que ele não fazia nada e que era o
cafetão delas, imediatamente o delegado o coloca no xadrez.
O amigo que
estava com ele deu no pé e foi comentar o assunto com um alto comerciante de
Garanhuns, que imediatamente telefonou para o delegado exigindo a soltura
imediata de Saul, pois o pai de Saul que era Dr. Raul era amigo dele, e também
era irmão maçom. O delegado imediatamente solta Saul, que exige a soltura das
meninas, é quando o delegado diz que elas já foram soltas. O delegado tem uma
conversa de pé de orelha com ele, pedindo que ele mude de vida etc, etc, etc.
Quando chega no cabaré, e encontra as meninas, faz com elas
uma grande farra e termina a noite nos braços das três. Eta vidão bom.
NA
PRÓXIMA SEMANA TEM MAIS.