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ALEXANDRE TENÓRIO - ESCRITOR |
ERA TEMPO DOS
VALENTÕES PARTE XI
Como vimos anteriormente o homem estava contratado, e já
entrava em ação, monitorando os passos de Melck.
Melck tinha casado com uma moça de Terezinha, tinha filho e
passou a dividir os seus dias entre Bom conselho e Terezinha. Melck gostava de jogar sinuca, e era um bom jogador, por
várias vezes ele fez confusão no bar de Valdo jogando sinuca.
O bar de Valdo ficava na rua 7 de setembro, tinha um bilhar e
duas sinucas grandes, era bastante frequentado pela juventude da época, podia
até dizer que era durante o dia e tarde o lugar mais frequentado por nós,
conseguir uma vaga para jogar nas sinucas era dose.
Além das sinucas ali também tinha uma cerveja gelada. Era na
realidade um local de perdição dos jovens, os nossos pais não queriam de jeito
nenhum que nós frequentássemos o bar, porém era perdido, nós frequentávamos
assim mesmo.
Depois de seguir os passos de Melck, e detalhar sua rotina, o
pistoleiro resolveu agir, não tinha mais dúvida sobre o que fazer.
Marcou o dia e hora da empreitada, seria em Terezinha no
local aonde ele jogava sinuca.
Um carro levou o pistoleiro para Terezinha e deu a cobertura
necessária. Então numa tarde de sexta-feira estava Melck jogando sinuca e uns
poucos olhando ele jogar, então chega o pistoleiro, baixinho, franzino, chapéu
na cabeça (você não dava nada por ele) quem pensava que aquele homem estava ali
para assassinar o famoso Melckezedek, ninguém pensava.
Ele ficou escorado na porta esperando o momento certo, é
quando Melck tem de fazer uma jogada e para isto tinha de ficar de costa para
ele, este era o momento que ele queria, então quando Melck levanta o braço
direito para fazer o jogada, o homem saca do revólver e atira embaixo do sovaco
de Melck, a bala imediatamente atinge o coração, Melck solta o taco, gira sobre
o calcanhar, coloca a mão sobre a arma, puxa mais não tem força de atirar, dar
uns dois ou três passos e cai morto. O pistoleiro sai tranquilamente da cena do crime pega o carro
e vai embora.
ESPEREM
O CAPITULO FINAL - O VELÓRIO.