Durante a última audiência de instrução referente ao processo do
assassinato do vereador por Anadia, Luiz Ferreira, ocorrida nesta
sexta-feira, 18, dois dos quatro acusados pela autoria material
confessaram a participação no homicídio e apontaram Walemberg Wanderson
Torres, que está foragido, como o autor dos disparos que mataram a
vítima.
Beneficiados com a delação premiada,
Ewerton Santos Almeida e Tiago dos Santos contaram que estavam no
veículo que emboscou o vereador e revelaram que o crime, ocorrido em
setembro de 2011, foi “encomendado” por R$ 5 mil. Os acusados forneceram
aos juízes da 17ª Vara Criminal o nome do intermediário que teria
“fechado o negócio”, a mando de outra pessoa.
Durante a audiência, um dos acusados
chegou a dizer que, caso soubesse que o alvo era um vereador, teria
cobrado mais pelo serviço. Eles afirmaram não saber quem é o mandante do
crime, já que só tiveram contato com esse intermediário, cujo nome está
sendo mantido em sigilo pela justiça.
Embora a identidade do intermediário não
tenha sido divulgada, há informações de que, a príncipio, não foi
confirmado vínculo direto entre ele e a ex-prefeita de Anadia, Sânia
Tereza, que é acusada de autoria intelectual do crime.
Após a audiência, os juízes que integram
a 17ª Vara Criminal revogaram a prisão preventiva do policial militar
Cláudio Magalhães, que trabalhava na segurança da ex-prefeita. Ele negou
qualquer participação no homicídio e não foi apontado como participante
pelos demais acusados. Em seu depoimento, o vaqueiro Cícero Jorge,
testemunha ocular do crime, também não reconheceu o PM, o que colaborou
para que ele tivesse a prisão revogada.
Outro suspeito de envolvimento no caso,
Adailton Ferreira, também negou a participação no homicídio. A defesa da
ex-prefeita, de seu marido Alessander Barros e dois demais acusados na
trama já entraram com pedido de Habeas Corpus (HC) na justiça.