9 de agosto de 2011

COLUNA ENSAIO GERAL POR ALEXANDRE TENÓRIO


Alexandre Tenório
O contador de causos de Bom Conselho

A CERVEJA (PARTE I)
O sonho de todo bebedor é produzir sua própria bebida, primeiro por que vai sair mais barato, segundo, por que você vai ter a vaidade de dizer aos seus amigos que foi você quem fez a bebida. Há uns vinte e cinco anos atrás, eu vejo um anúncio em uma revista de como você fazer sua própria cerveja. Hoje, você entra num site na internet e está lá como produzir cerveja artesanal, mais naquela época era diferente, não existia internet, e tudo que era novidade era publicada através de anúncios, em jornais, revistas, televisão e rádio. Como um bebedor eu mandei buscar a KIT CERVEJA, que era constituído por um manual de instrução, 24 tampas de garrafa virgem, um termômetro industrial, um pacote de cevada, um tubo de ensaio, um botijão plástico de 25 litros para fermentação com mangueira, um pacote de fermento cervejeiro e uma máquina de fechar tampa.
Foi pago pelo kit um valor atualizado de R$ 200,00 (duzentos reais), para este que vos escreve uma pechincha. Eu já vislumbrava ter a minha própria cerveja, na quantidade que eu quisesse, e na hora que eu quisesse, fazendo inveja aos amigos companheiros do copo. Eu estaria na vanguarda da boemia, já sonhava com os pedidos dos amigos, implorando para que eu fabricasse para eles uma cervejinha, já tinha até um nome escolhido, iria se chamar CERVEJA CORRENTÃO, em homenagem a minha família do lado materno.
A forma de pagamento era a vista, com depósito identificado, só quando o dinheiro estivesse na conta do anunciante era que eles iriam mandar o KIT, mandariam pelos correios. Feito o pagamento, enviado o comprovante pelo fax, passei a guardar ansiosamente pela mercadoria. Quando chego para o almoço minha avó entrega a correspondência, às duas da tarde quando o correio abre sua porta eu fui o primeiro usuário a entrar, a ânsia de ter este kit era muito grande.
Próxima semana tem mais, até lá!

FUNDO DE PREVIDÊNCIA DE BOM CONSELHO E SUAS AÇÕES


Pref. Judith e a Ger. da Previdência /BC- PE, Francilene.
A Gerente do Fundo de Previdência de Bom Conselho, Francilene Leite, recebeu a prefeita do municipio, Judith Alapenha, na palestra sobre aposentadoria por invalidez, acontecida no plenário da Câmara de Vereadores de Bom Conselho, no último dia 02/08. Um público estimado em mais de cem pessoas se fez presente. Temos conhecimento que a palestra foi muito proveitosa e esclarecedora. Eventos deste porte deve-se repetir num breve espaço de tempo. Que tal?

AS AÇÕES ESTÃO ACONTECENDO, É O POVO DE BOM CONSELHO QUE QUER SABER.


Jardim da prefeitura de Bom Conselho
O Palácio Coronel José Abílio passou por uma reforma que faz gosto de vê. Nova pintura, novo acabamento, salas climatizadas, rampa de acessibilidade, jardim bem cuidado (foto), servidores recebendo em dia, servidores com maior salário no bolso, fornecedores recebendo em dia, enfim, a prefeitura está de cara nova. Isso é cuidar do bem público com responsabilidade. Cego é aquele que não quer enxergar, por que os opositores não enxergam isso?
Tem muita coisa para se mostrar, porém, muitas vezes a retranca atrapalha o desenrolar de ações que estão acontecendo no municipio. Não adianta querer anunciar em Águas Belas, Iati, Garanhus, Caruaru, o que o Governo do Povo faz, até porque quem vota, quem julga é o povo de Bom Conselho. O eleitor está no municipio de Bom Conselho e ponto.

MAJOR DA PM DÁ INSTRUÇÕES A GUARDA DE BOM CONSELHO

Está acontecendo em Bom Conselho, uma capacitação  para a Guarda Municipal que se estenderá até o próximo mês. Após isso, a nossa guarda estará recebendo novo uniforme, viaturas, sistema de rádio-comunicação, sede de funcionamento e "mãos à obra". Depois de muita luta, as coisas estão acontecendo. Quem está ministrando um dos módulos da capacitação é o Major da PM, Reginaldo. Vamos aplaudir!

DRA. RAFAELA TENÓRIO ESCREVE SOBRE SAÚDE DO IDOSO


DRA. RAFAELA TENÓRIO

FISIOTERAPIA GERIÁTICA
Qualidade de vida para o idoso.
Por muitos anos, ser idoso significava simplesmente aceitar a condição de uma pessoa “velha”, que passava o dia sentado numa cadeira, simplesmente esperando a hora do descanso. Esta realidade, que durou muito tempo, encontra-se em pleno processo e mudança e o conceito de qualidade de vida para aquelas pessoas com mais de 65 anos mudou completamente. Hoje esses senhores não estão apenas vivendo mais; eles QUEREM e PODEM viver mais e melhor.
“Antes, um idoso que se encontrava numa cadeira de rodas não saía de casa. Hoje essa pessoa vai ao Shopping Center, ao supermercado, isto é um envelhecimento saudável”, ressalta a geriatra Maria do Carmo Lencastre, médica do Real Hospital Português.
Outra coisa que mudou foi o fato do idoso procurar o médico por conta própria, já não são mais levados ao geriatra por familiares, apenas quando a situação está complicada. A atividade física é muito benéfica e é algo para que a pessoa continue ativa.
Seguem algumas dicas para facilitar o dia a dia dessas pessoas dentro de casa, em seu convívio:
• Aumentar a iluminação dentro de casa;
• Fazer uso de antiderrapantes em degraus dentro ou fora de casa;
• Colocar etiquetas fosforescentes ou de cores fortes nos objetos de uso diário que precisam ser encontrados com facilidade;
• Olhar pra frente, em direção as pessoas enquanto conversa;
• Andar mais devagar, usar bengala, calçar sapatos confortáveis de solado mais grosso e antiderrapante;
• Evitar carpetes e tapetes, para que o idoso não tropece;
• Usar barras de apoio nos banheiros e corredores.
“A idade não depende dos anos, mas sim do temperamento e da saúde; umas pessoas já nascem velhas, outras jamais envelhecem.” Tyron Edwards.
Dra Rafaella Tenório Guedes Souza
Fisioterapeuta
CREFITO- 137531-F
Especialista em Fisioterapia Cardiopulmonar
Formação em Pilates pela Metacorpus e Fisiociência
Graduanda em Fisioterapia Dermato Funcional

ESSA FAZ FOM-FOM!


Everaldo Melo,
O sanfoneiro que
pode agora fazer fom-fom.
O sanfoneiro Everaldo Melo está de sanfona nova. Depois de receber um sanfona que nem FOM-FOM fazia, agora recebeu uma zerinho, novinha, novinha, um presente do casal Hoar Olsen e Ana Olsen - MAMA. Estive na residência do grande sanfoneiro e vi o volume da danada, a sanfona faz fom-fom que é uma beleza! Este presente que Hoar e Mama deram ao Everaldo chegou na hora certa. É um cala-boca naqueles que acharam que só sair na foto "tapiando o povo" é grande coisa. Será que aqueles que deram uma sanfona sem funcionar, ainda vão ter a cara lisa de pedir votos na casa do sanfoneiro e pedir o apoio da Mama? Num tá cá muléstia!
Parabéns Hoar e Mama por prestigiar este grande artista da terra de Papacaça. São ações deste tipo que sempre vamos elogiar e dizer, vamos aplaudir!

EDUCANDÁRIO MENINO JESUS DE PRAGA RETOMA ATIVIDADES

O Educandário Menino Jesus de Praga retornou suas atividades no dia de ontem, com palestras, apresentações culturais, oração, e muita alegria por parte do alunado. Os profissionais que trabalham no Educandário, depois de participarem de um congresso sobre educação, estão mais energizados e prontos para encarar mais um semestre educacional. No Educandário Menino Jesus de Praga é assim, aprende quem estuda, aprende quem ensina. Parabéns ao casal Tânia Padilha e Carlos Adelmar por sempre estarem buscando inovações educacionais e colocando em prática. Eis o motivo da escola ser referência na qualidade de ensino. Vamos aplaudir!

OLHA A GAZETA AÍ!

O Jornal A Gazeta, edição 293, já está circulando com muitas matérias interessantes. Como sempre,  matérias apimentadas e histórias do passado de Bom Conselho, afinal, são vinte anos escrevendo o dia-a-dia da terra de Papacaça.
Como chamadas de capa, temos, uma visita sentimental (fala da visita do senador Randolfe); assistência social (relata a IX conferência acontecida na AABB); Bom Conselho é modelo (escreve sobre a visita de professores e alunos da cidade de Ouro Branco-AL à sementeira); Fundarpe não entregou o presente (conta a história da promessa do presidente da entidade para com a Associação Cultural da professora Inês,além de assuntos que forma destaque no Blog do Poeta. 

8 de agosto de 2011

AILSON SOUZA LANÇARÁ NOVO PROJETO

Cláudio André e Ailson Souza
O vereador licenciado e secretário de assistência social do municipio de Terezinha, Ailson Souza, depois da viajem feita ao Sudeste, chegou cheio de idéias novas para implantar no municipio. Não quis adiantar para este blogueiro, mas, está aprimorando os planos, porém, diante de uma excelente equipe de trabalho, colocará em prática muito em breve projetos que beneficiarão ainda mais a população carente da idade Terezinha.
Vamos aguarda!

PATROCINADORES DO II ENCONTRO DE BLOGUEIROS DE BOM CONSELHO




















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BLOGS DE BOM CONSELHO - PE

1. www.tiagopadilhaoblog.blogspot.com (Blog do Tiago Padilha)
2. www.andrebernardobc.blogspot.com (Blog do André Bernardo)
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4. www.josanviana.blogspot.com (Blog do Josan)
5. www.niedjacamboim.blogspot.com (Blog da Niédja)
6. www.bcdocomercio.blogspot.com (Blog do professor Nivaldo)
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RESPONSABILIDADE SOCIAL E VOCÊ!

“A Assistência Social, direito do cidadão e dever do Estado, é política de seguridade social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de INICIATIVA PÚBLICA E DA SOCIEDADE, para garantir o atendimento às necessidades básicas, a quem delas necessitem”. (LOAS- 1993, Art. 1°)
Pensei muito essa semana em que tema iria ser abordado na minha coluna “Espaço Gente”. Atuo na área da psicologia social e quando ainda era estagiária do curso, comecei minhas atividades na Associação Pró-SER (instituição sem fins lucrativos que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social) no município de Bom Conselho. Nessa instituição também fui Presidente, atuei na mesma como voluntária durante 6 anos, trabalhei no Movimento Pró-desenvolvimento Comunitário no município de Palmeira dos Índios – AL e por fim ingressei no serviço Público nos municípios de Bom Conselho e Terezinha -PE, laborando no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde continuo até os dias atuais. São sete anos de contribuição, então, é um dever meu sensibilizar as pessoas sobre a nossa realidade social e o papel de cada um nesse contexto. Os CRASs espalhados em todo o Brasil, têm por objetivo principal atender famílias em situação de vulnerabilidade social, ajudando-as a reestabelecer vínculos familiares, sociais e afetivos, sendo esses alguns passos para tornarem-se protagonistas de sua própria história. O CRAS conta com uma equipe técnica formada por psicólogos, assistentes sociais e também áreas afins.
Durante essa minha vivência na área, pude ver a realidade “nua e crua” de alguns cidadãos que vivem em situação desumana. E por mais que os profissionais sejam trabalhados instrísicamente para ter um envolvimento apenas profissional com essa realidade, para os mais sensíveis, “dói no coração” ver determinadas situações que envolvem fome, diversos tipos de violência, abandono, miséria, etc. É lamentável ver uma criança mendigar, chegar ao meio dia e não ter o mínimo para a sobrevivência. Idosos sendo explorados por familiares que não querem ou não têm oportunidade de trabalhar, dentre outras situações. Exclusão gera violência, e a vítima é a sociedade.
O Brasil vive um momento de ascendência social desde 1988, com a nova Constituição Federal, que já garante o direito a uma vida digna. A partir desse marco histórico, aconteceram alguns movimentos para melhoria e fortalecimento dos direitos sócioassistenciais.
Tivemos a criação de leis, como a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), a Norma Operacional Báscia (NOB/SUAS), etc. A assistência social mudou, deixou de ser vista como assistencialista e passou a ser um direito, foram criados programas, projetos, serviços, para melhorar os indicadores sociais do Brasil. O Governo Federal acabou de lançar o “Plano Brasil sem Miséria”, que quase não se sabe ainda como irá funcionar, mas pelo pouco que tive acesso, o mesmo tem o objetivo de incluir famílias nos mais diversos serviços de saúde, educação, saneamento básico, transferência direta de renda, inclusão produtiva, moradia, etc. O objetivo maior é erradicar a pobreza no Brasil até 2015, envolvendo todos os segmentos da sociedade.
Mas eis que surge algumas perguntas: será apenas das leis e de programas que o Brasil precisa para mudar a realidade social do país, será que precisamos apenas cobrar ações do Governo? E nós enquanto seres humanos, cristãos e cidadãos, o que estamos fazendo ou o que podemos fazer para mudar tal realidade? Será que não está faltando vontade de mudar, transformar, amor ao próximo? Será que é justo algumas pessoas dormirem de barriga cheia, e ainda dizerem: “não tem o que eu comer” enquanto na realidade outros foram dormir sem ter ao menos se alimentado. Será justo termos ainda um país com índices elevados de analfabetismo e desemprego? Onde está o Governo, a Justiça, os Empresários, ou melhor, onde está VOCÊ?
O assistencialismo não resolve, claro que saciar a fome de uma pessoa ajuda, mas é algo momentâneo, amanhã a fome volta. O que necessita-se é sensibilidade pela causa, tirar um pouco do seu tempo para ajudar, incluir, alfabetizar, educar, oferecer oportunidades de trabalho. Quanto aos profissionais técnicos das diversas áreas do serviço público, será que estão cumprindo seu papel, oferencendo um trabalho de qualidade e humanizado, favorecendo os usuários e mudando a realidade de vida dessas pessoas? Precisamos fazer nossa parte. Uma pessoa que você consiga ajudar, fortalecer, incluir, da forma como você pode, tenha certeza que fará a diferença.
De acordo com o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Georafia e Estatística (IBGE), são 16,2 milhões de pessoas em situação de extrema miséria. Somos aproximadamente 191 milhões de brasileiros, daí imaginem se 10% dessa população abraçar a causa, será que mudará essa realidade? Seremos 191 milhões de brasileiros vivendo com dignidade e efetivamente a igualdade de direitos. Pense, antes de cobrar do outro a responsabilidade, faça sua parte. É com vontade, responsabilidade, atitude, união, perseverança, compromisso, esperança, AMOR... que vamos conseguir de fato fazer do BRASIL “UM PAÍS DE TODOS.”


Patricia Miranda

Patrícia Gonçalves Miranda
Psicóloga
Pós-graduanda em Gestão de Recursos Humanos
Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do municipio de Terezinha - PE
Responsável pela coluna ESPAÇO GENTE.

NA POLITICA, MORRE PELA BOCA QUEM QUER


De:Luciano Siqueira
Para: claudioandreopoeta@bol.com.br
Luciano Siqueira - Dep. Estadual pelo PCdoB

Morre não, só se quiser. Assim como em boca fechada não entra mosquito. Pelo menos é o que ensina a sabedoria popular. Essas expressões têm vindo à tona nos meios políticos em razão da incontinência verbal de alguns, como o ex-ministro Nelson Jobim, que soa como se o falante desejasse provocar determinado desfecho para situação incômoda. Ou, em outros casos, para dissimular a dúvida e a indecisão. Jobim disse tanta coisa inconveniente e desnecessária, e deselegante, que a presidenta Dilma não teria outra alternativa senão demiti-lo. Coisas que a um ministro de Estado não está facultado dizer – muito menos em público. Depreciativas em relação ao governo a que servia. Político experiente, ex-deputado, ministro por duas vezes, ministro aposentado do Superior Tribunal Federal, por que terá optado por um caminho tão desgastante para se afastar do governo? Muito mais simples seria pedir demissão, e pronto.
Miguel Arraes era justamente o contrário: absolutamente comedido em suas declarações, acautelado até em demasia. Quando da campanha presidencial de 1989, no segundo turno, articulamos um encontro dele com Lula, com todos os cuidados que a resistência do PT local impunha à época. Na véspera, esteve com o governador o deputado Plinio de Arruda Sampaio, então líder petista na Câmara. Pois bem. Dia seguinte, nos reunimos (os dirigentes da Frente Brasil Popular em Pernambuco) com o nosso candidato à presidência da República para preparar a conversa com Arraes. Lula de pronto indagou a Plínio: “- Como foi a audiência com o governador?” Ao que Plínio, entre tímido e constrangido, respondeu: “- Não tenho certeza, mas acho que foi boa. Ele me ouviu o tempo todo. Falou muito pouco e quando falou, não ouvi direito por causa do barulho do ar condicionado. Mas de vez em quando ele fazia um sorriso...”.
Ou seja: jamais seria pela palavra mal posta que Arraes se comprometeria, antes cultivava um certo mistério, bem a seu jeito ladino. Mas hoje, tal como Jobim, não são poucos os que exageram na loquacidade. E quando se trata de dissimular algo, pior a emenda do que o soneto. Revela indecisão, fragilidade, inconsequência. E uma canhestra incapacidade de construir soluções consistentes. Longe do autor dessas linhas (sempre solícito diante de repórteres e colunistas) a intenção de deitar regra para quem quer que seja. Mas o comentário me parece oportuno, num tempo em que método declaratório de fazer política muitas vezes se sobrepõe à busca real de entendimento e de solução para os problemas postos na ordem do dia. Que não leva a nada – a não ser a desenlaces indesejáveis ou a mal-entendidos que custa corrigir.
Luciano Siqueira www.lucianosiqueira.com.br