Imagem: Cláudio André O Poeta |
O Mapa do Monitor de Secas indica agravamento da estiagem em todo o semiárido alagoano, onde já é possível observar aumento da severidade no alto Sertão. Em dezembro, a área total com escassez prolongada de água no Estado havia aumentado em pelo menos 9% em relação a 2022.
A previsão é que a seca será ainda mais severa em 30% dos municípios alagoanos, ou seja, 31 das 102 cidades. A informação é da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh).
De acordo com a Semarh, os municípios mais afetados pela seca serão Piranhas, Delmiro Gouveia, Olho d’água do Casado, Pão de Açúcar, Belo Monte, Palestina, Traipu, Olho d’água Grande, São Brás, Pariconha, Inhapi, Mata Grande, Água Branca, Canapi, Ouro Branco, Senador Rui Palmeira, Maravilha, Carneiros, Minador do Negrão, Cacimbinhas, Major Isidoro, Jaramataia, Batalha, Olivença, Jacaré dos Homens, Monteirópolis, Olho d’água das Flores, São José da Tapera, Dois Riachos, Poço das Trincheiras e Santana do Ipanema.
FENÔMENO
EL NIÑO
Em relação à previsão para o verão em Alagoas, Pinho relata que é esperada pouca chuva (com possível diminuição de casos de trovoadas em Alagoas) e temperaturas mais elevadas. Mesmo que esse período esteja fora do período de recarga hídrica, as trovoadas são importantes para o Sertão de Alagoas, já que elas ajudam a encher cisternas e barreiros.
“Pelo menos até o início do próximo período chuvoso, a tendência ainda é de chuvas abaixo da normalidade em todo o Estado. O auge do El Nino está previsto para janeiro e isso deve influenciar no baixo volume de chuvas dos primeiros meses de 2024”, destaca Vinícius Pinho.
A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) afirma que segue prestando o papel de orientação e defesa dos municípios na luta para assegurar a distribuição de água potável por meio da Operação Carro-Pipa, no acompanhamento da evolução da estiagem dos municípios, por meio dos relatórios do Monitor da Seca, ferramenta gerida pela Semarh.
“A associação também se empenha em acompanhar, junto às Defesas Civis Municipais, a validade dos decretos de situação de emergência, para garantir a legalidade das ações, recebimento de recursos e a inclusão das cidades em programas que visam reduzir os impactos causados pela seca”, finaliza a AMA.
Redação/Gazeta Web
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