16 de março de 2021

‘O grande erro do lockdown é fazer você acreditar que está seguro em casa’, diz infectologista

Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, nesta terça-feira, 16, o infectologista Francisco Cardoso analisou as políticas de saúde implementadas para combater a pandemia do novo coronavírus no Brasil. Segundo ele, até o momento, as medidas têm se mostrado ineficazes. 

Primeiro ponto: cadê os hospitais de campanha? Eles foram desmontados no meio da guerra. Os gestores tiveram um ano para se programar e não se prepararam, chegamos a 2021 da mesma maneira. Cada estado tomou decisões diferentes, a situação tornou-se uma ‘Torre de Babel’ com as regiões falando línguas distintas. Deveria ter sido montado um comando central de crise, que emitisse regras uniformes para os estados e municípios. 

Além disso, o grande erro das políticas de lockdown é fazer você acreditar que está seguro em casa. Em um espaço como um restaurante, onde as mesas estão separadas os clientes usam máscaras, há ventilação adequada e as regras sanitárias estão sendo seguidas, você está muito mais seguro do que em casa”, disse.

Defendendo também o tratamento precoce contra a Covid-19, o médico revelou qual seria sua estratégia de combate à doença. “Como gestor, eu aliaria a vacinação em massa com uma política de fiscalização rígida dos estabelecimentos, ampliando seus horários de funcionamento para evitar aglomerações. 

Excluiria o lockdown e, principalmente, esclareceria a função do tratamento precoce para a população, oferecendo-o como possibilidade a quem quisesse se livrar da infecção de forma mais rápida e tornando esta conduta uma política de estado.” Para Cardoso, muitas instituições de saúde não recomendam o tratamento precoce porque, supostamente, o uso destes medicamentos envolveria uma série de interesses particulares.

“O tratamento precoce engloba remédios que estão à disposição para serem testados frente a novas doenças. Muitos estudos mostram que eles conseguem diminuir a quantidade de vírus em nosso corpo porque bloqueiam a entrada do Sars-CoV-2 nas células. Acudir o paciente que está doente é uma premissa da medicina, portanto o tratamento precoce não deveria ser alvo de polêmica – que surgiu por conta de uma equivocada politização da pandemia. Um absurdo completo. 

Para recomendá-lo, há sociedades médicas que estão exigindo estudos que demandariam anos e milhões de dólares para serem elaborados. Elas adotam dois pesos e duas medidas porque, para gripe recomendam remédios com baixas evidências científicas, mas para a Covid-19 – que está deixando milhares de mortos e contaminados, exigem uma burocracia enorme. 

Há conflitos e interesses nesta história, por exemplo, muitas organizações não apoiam o tratamento precoce já que oferece remédios baratos, que não gerariam alto lucro para as indústrias. Além disso, uma vez que estes medicamentos fossem instituídos, poderiam atrapalhar as caras pesquisas em andamento para o desenvolvimento de novos fármacos”, concluiu.

Confira na íntegra a entrevista com o Dr. Francisco Cardoso

Bom Conselho está entre os 55 municípios pernambucanos que entra no decreto do estado devido a estiagem


O Governo de Pernambuco decretou situação de emergência em 55 municípios do Agreste devido à estiagem. Conforme consta no Diário Oficial desta terça-feira (16), o decreto é válido por um período de 180 dias.

"Os órgãos estaduais localizados nas áreas atingidas, e competentes para a atuação específica, adotarão as medidas necessárias para o combate à 'Situação de Emergência' em conjunto com os órgãos municipais", destacou o governo no documento.

Confira os 55 municípios:

Agrestina, Águas Belas, Alagoinha, Altinho, Angelim, Belo Jardim, Bezerros, Bom Conselho, Bom Jardim, Brejão, Buíque, Cachoeirinha, Caetés, Calçado, Canhotinho, Capoeiras, Caruaru, Casinhas, Cumaru, Frei Miguelinho, Gravatá, Iati, Itaíba, Jataúba, João Alfredo, Jupi, Jurema, Lajedo, Limoeiro, Orobó, Panelas, Paranatama, Passira, Pedra, Pesqueira, Poção, Riacho das Almas, Sairé, Salgadinho, Sanharó, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Maria do Cambucá, São Bento do Una, São Caetano, São João, São Joaquim do Monte, Surubim, Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Terezinha, Toritama, Tupanatinga, Venturosa, Vertente do Lério, Vertentes

 


SERRA DO PEDRO/PE: UM ATRATIVO TURÍSTICO NA REGIÃO SUL DA ANTIGA IGATAUÁ (LAGOA DO OURO)

 Você conhece a serra do Pedro de Lagoa do Ouro? Vale apena ir conhecer. A serra é um atrativo turístico religioso. O município tem acima dos 12 mil habitantes.
O cume da serra do Pedra marca acima dos 800 metros de altitude. A vista de cima é essa. Uma cordilheira maravilhosa. Por essas bandas há uma mistura de ecoturismo e religiosidade.

Por esse ângulo, mostramos para você o quanto essa região do município de Lagoa do Ouro tem sofrido com o desmatamento, deixando o solo exposto a altas temperaturas.

Seja de norte a sul, de leste a oeste, para onde você olhar vai visualizar o quanto se foi tirado de vegetação para a criação de pastagem. Em muitos espaços nada se produz até por que a terra não tem nutrientes para qualquer lavoura.

O grande rochedo granítico que compõe a serra do Pedro tem influência de atividade do intemperismo há milhões de anos.

São várias marmitas formadas em cima do grande rochedo, uma ação da água e vento. Também é fácil encontrar muitos Líquens (microrganismos purificadores do ar), cravados nas rochas.

Líquens são associações mutualísticas entre fungos e algas. Nessas associações, os fungos são chamados de micobiontes, e as algas, fotobiontes. Os líquens são associações mutualísticas entre algumas espécies de fungos (geralmente ascomicetos) e algas (principalmente algas verdes e cianobactérias).

Essa planta encontrei na serra do Pedro
Açoro (Acorus calamus) também conhecido como cálamo-aromáticoacorinaácoro-verdadeiroácoro-cheirosolírio-dos-charcos ou cana-cheirosa é uma planta medicinal pertencente à família das Acoraceae. Originário da Ásia, o cálamo-aromático foi introduzido na Europa Oriental no século XIII pelos Tártaros, que o utilizavam para desinfetar a água que bebiam. 
O cálamo adaptou-se e propagou-se seguidamente por toda a Europa. É uma planta aquática semelhante à cana, como o nome da espécie indica, calamus, que deriva do grego kalamos, cana. É uma planta bastante rara, não devendo ser destruída. 
Efetivamente, nos climas europeus as sementes não conseguem atingir o estado de maturação, pelo que a planta só pode reproduzir-se através das ramificações do seu rizoma. O cheiro agradável assemelha-se ao da tangerina, mas tem um sabor amargo e picante.

Também encontrei na serra do Pedro
A sarracenia rubra é conhecida como a planta do jarro doce, é um matagal úmido e gramíneo próximo à margem de um pântano, embora também possa crescer em sombra densa. o solo é geralmente turfoso e intensamente ácido.

A sarracenia é uma planta nativa da Carolina do Norte e se da muito bem em rochas e em solos rasos e arenosos e com salinização no relevo.

Outra planta que encontrei na serra do Pedro
Dianthus é um gênero de cerca de 300 espécies de plantas com flores, na família Caryophyllaceae, nativa, principalmente da Europa e Ásia, com algumas espécies estendendo-se do sul para o norte de África, e uma espécie de (D. repens) no ártico da América do Norte. Nomes comuns incluem cravo (D. caryophyllus), cravina (D. plumarius e espécies afins) e sweet william (D. barbatus).

A guzmania plumieri é uma cactácea da família da macambira, do gravatá, do abacaxi e demais bromélias.

Já está na terceira geração o cruzeiro fincado na serra do Pedro, distante 06 km do centro da cidade de Lagoa do Ouro, agreste meridional de Pernambuco. Infelizmente, esse atrativo turístico-religioso que fica numa área particular, sofre com a degradação ambiental, onde visitantes/turistas deixam muito lixo acumulado, como garrafas peti, garrafas de vidro, plásticos, papelões, latas de bebidas e as rochas em boa parte pichadas. Uma verdadeira falta de educação.

Pesquisando e lendo sobre a história do município de Lagoa do Ouro, vi na história que Em 1902, o capitão da Guarda Nacional, Amador José Monteiro, apresentou um manifesto em nome da população do local à prefeitura da cidade sede do município, Correntes. A partir daí, foi autorizada a primeira feira do povoado, que foi elevado à categoria de vila, com o nome de Igatauá
O nome foi alterado para Lagoa do Ouro em 9 de Dezembro de 1938. A origem do nome deve-se ao encontro de pepitas ou barras de ouro numa lagoa local pertencente à propriedade de João Alves da Silva, o João do Ouro.

Nesse tempo de pandemia, quanto mais o lugar for distante de tudo e todos, melhor. Fascinado por formações rochosas, a serra do Pedro é o lugar ideal para a prática do ecoturismo, camping, trilhas ecológicas e demais atividades ligadas ao meio ambiente.

Religiosidade, lendas, histórias, circundam a descoberta e a formação do rochedo granítico da serra do Pedro em Lagoa do Ouro. Só não encontramos ouro! Para chegar a serra do Pedro não há sinalização, nem horizontal, nem vertical. O pergunta aqui e acolá é o GPS ideal para encontrar a serra. O acesso tem nível moderado. Vai de carro até o cume da serra.

A vista de cima da serra do Pedro é ímpar. De cima, da para visualizar várias cidades da região. Ainda falando sobre a história da serra do Pedro, todos os anos (antes da pandemia), no mês de junho, sempre no dia 28, véspera de São Pedro, é rezado um terço com essa vista panorâmica.

Contemplar o horizonte, respirar ar puro, ver o quanto o Criador nos da de presente todos os dias, é uma terapia que faz bem ao corpo e a alma.

Conta a história que por volta do ano de 1930, o município de Lagoa do Ouro foi atingida pela doença da “febre do rato”. Um agricultor que morava na região da serra, conhecido pelo nome de Pedro Xingó, fez uma promessa a São Pedro para que se a doença não se alastrasse pelo povoado de Campo Alegre, ele construiria uma capela. Mas o senhor Pedro Xingó veio a falecer sem cumprir a promessa. Conta-se ainda que ele apareceu num sonho da filha dele, chamada de Maria Xingó, pedindo que a capela fosse construída.

Em contato com o diretor de cultura/turismo de Lagoa do Ouro, senhor Manrique, que está fazendo todo o levantamento do mapa turístico do município e ao enviar para ele a primeira reportagem que fizemos na serra do Pedro, nos respostou da seguinte maneira:

"Ótimo... Gostei das observações... Inclusive solicitamos apoio da Fundarpe para melhorar o acesso, sinalizar todo o trajeto, colocar um sistema de coleta de lixo e limpeza do local, e também regatar a história completa... Até a disponibilidade de ter pessoas para guiar os visitantes por trilhas na serra, e que a igreja seja aberta", finalizou.