3 de agosto de 2020

Funcionários dos Correios anunciam greve nacional para o dia 18 de agosto


Entre as causas estão a crítica à possível privatização da empresa e a retirada de direitos do Acordo Coletivo

Os trabalhadores dos Correios, por meio das entidades representativas, definiram greve nacional para o dia 18 de agosto, a partir dos primeiros minutos da data. A paralisação é uma resposta ao que o sindicato chama de “ataques promovidos” pela administração da empresa “desqualificando” o trabalho dos funcionários e sindicalistas, que tentam dialogar com a estatal desde o início de julho devido às recentes mudanças internas.

Entre os pontos criticados pelos grevistas estão o planejamento de privatização dos Correios pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido), além da retirada de 70 direitos do atual Acordo Coletivo como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias e auxílio-creche. O novo acordo tem vigência de dois anos, sendo encerrado em 2021. Ainda, os trabalhadores pedem pela promoção de novos concursos públicos.


Além das causas citadas, outro ponto ressaltado no manifesto dos funcionários contra ações da empresa é o que eles chamaram de “despreparo” da estatal quanto a saúde dos funcionários em tempos de pandemia do novo coronavírus.

“A categoria ainda denuncia o descaso e negligência da empresa com a vida de trabalhadores e clientes. Sindicatos e Federação têm travado uma luta judicial para garantir equipamentos, sabonete, álcool em gel, desinfecção de agências, testagem de trabalhadores e afastamento de grupos de risco, que coabitam com grupos de risco ou que possuem filhos em idade escolar”, defendeu a entidade sindical, em nota.

“Apesar de alegarem gastos vultuosos com equipamentos de segurança, em muitas agências, principalmente no interior do país, esse material nunca apareceu e não há condições sanitárias adequadas para funcionamento das agências/serviços. Em vários locais, a empresa só forneceu álcool gel e sabonete líquido, ou testagem, graças à decisões judiciais, as quais a empresa lutou para derrubar, o que demonstra a má fé na condução da crise. Inclusive, a empresa se nega a fornecer os dados de funcionários e terceirizados infectados pela Covid-19, bem como a quantidade de óbitos na categoria”, continuou.

A decisão de greve foi tomada em reunião na última sexta-feira (31/07). Além da paralisação, os funcionários orientam pela realização de assembleias dos 36 sindicatos no dia 17 de agosto para deflagrar a interrupção das atividades. “Todos as unidades da federação já encontram-se em estado de greve”, finalizou, a nota.


Metrópoles

Golpistas fingem ser suporte de lojas no Instagram para clonar Whatsapp


Com viagem marcada, a bancária Mayra Carvalho, 29, publicou, no fim de março, quando o país começou a se fechar contra o novo coronavírus, um comentário na página do Instagram da agência de viagens online Decolar questionando se conseguiria remarcar uma passagem aérea.

"Um perfil veio falar comigo como se fosse o original", diz ela. Era, na verdade, uma conta falsa, passando-se pelo suporte da empresa.

"Eles me abordaram de uma maneira bem tranquila, falando que queriam me ajudar, que me mandariam um código por SMS e eu precisaria informá-lo para validar o atendimento. Queria resolver isso rápido e passei. Na hora, meu Whatsapp caiu", conta.

"Aí eles usaram toda a história que eu tinha contado, que tinha um filho pequeno, para pedir dinheiro no Whatsapp. Depois você fica se perguntando como caiu nessa. Eles pegam justamente no momento de fragilidade", afirma.

Relatos como esse se tornaram ainda mais comuns na pandemia da Covid-19: aumento do comércio online durante a quarentena , cresceu também o número de reclamações nas redes sociais, e nisso golpistas viram um prato cheio. Fingindo ser suporte de uma empresa, eles abordam vítimas e afirmam que podem resolver o problema. O código que enviam por SMS, na verdade, serve para validar o Whatsapp em outro aparelho . Com a conta, começam a pedir dinheiro se passando pela vítima.

Foi o que aconteceu com a professora Renata Guerra, depois de reclamar na página do Instagram do aplicativo Rappi. Com a conta clonada, o golpista pediu dinheiro a amigos de Guerra, afirmando que precisaria pagar uma taxa do mestrado, mas que devolveria sem falta no dia seguinte. Uma amiga perdeu R$ 1.550.

Ela conseguiu recuperar a conta só após 12 horas. Nesse meio tempo, alertou que fora vítima do golpe nas redes sociais –três amigos disseram que quase acreditaram, tão convincentes eram as mensagens. "Me senti culpada. As empresas em nenhum momento se responsabilizaram por nada", afirma ela.

O advogado Renato Pontes, 29, recebeu, na última segunda (27), mensagens pedindo dinheiro e fez "o que qualquer pessoa sensata faria: golpe no golpista!", em suas palavras.

"Fui técnico de informática, trabalhei com segurança digital, tenho um pouco de conhecimento", diz ele.

"O golpista começou de cara a pedir dinheiro, falar que precisava de ajuda. É uma coisa até comum no meu grupo, mas me chamou a atenção a forma como ele escreveu. Esse meu amigo é professor, e a mensagem não separava o vocativo com vírgula", conta. O colega havia caído no golpe de uma falsa conta de suporte do Magazine Luiza no Instagram.

Pontes fingiu que caía no golpe e disse que, para que pudesse transferir os R$ 980 pedidos, precisaria do CPF e do nome completo do dono da conta corrente para a qual mandaria o dinheiro. Para pressionar o golpista, disse a ele que precisava desses dados com urgência.

Com o CPF, o advogado conseguiu o nome, endereço, telefone e outros detalhes da dona da conta-corrente. Ele mandou para o celular original da mulher a mesma mensagem que recebeu pedindo dinheiro, e foi bloqueado na hora.

Na conta falsa do Instagram, o amigo que foi vítima mandou o CPF e o endereço da casa da dona da conta. A resposta foi instantânea: "Certo, eu já saí do seu Whats. Deixa a laranja de boa".

Não satisfeito, Pontes ligou para a mãe da dona da conta para avisar do golpe que sua filha estava aplicando. "Ela ficou muito nervosa, negou". No meio das conversas, os criminosos ainda deixaram escapar que estavam falando do Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, em São Paulo.

No mesmo dia, o advogado ajudou outro amigo a recuperar sua conta. Pontes registrou boletins de ocorrência, e os casos estão em investigação.

Já a arquiteta Paula Mouzinho, 36, perdeu R$ 3.000 em janeiro para um golpista que se passou por sua amiga. "Recebi uma mensagem de uma amiga que disse que precisava pagar um fornecedor com urgência. Ela trabalha com turismo, organiza eventos em que as coisas precisam ser resolvidas para ontem. A história parecia plausível. Na hora que eu transferi, por uma palavra que o golpista usou, pensei: não é ela."

Mouzinho foi direto a uma agência bancária relatar o golpe, mas os criminosos já tinham levado o dinheiro. "Me senti péssima, fiquei com vergonha. Fui muito ingênua. Precisei de ajuda financeira depois, era o dinheiro do meu aluguel. Além de tudo, tem o julgamento interno, você se sente muito besta", desabafa. "Se tem um amigo seu te pedindo dinheiro, ligue e ouça a voz da pessoa", diz.

Victoria Siqueira, 34, coordena as redes sociais de uma grande marca de cosméticos e diz que já pediu para suspender 22 perfis falsos desde abril, quando foi surpreendida por uma cliente relatando o golpe.

Para ela, isso tem acontecido porque, com a pandemia, as plataformas de comércio na internet tiveram uma sobrecarga de pedidos e, muitas vezes sem dar conta de atender à demanda, viram aumentar o número de reclamações.

Quando identifica um perfil falso, ela alerta ao Facebook (dono do Instagram), que costuma retira-lo do ar em até dois dias.

A reportagem fez um teste. Escreveu o relato de uma queixa na página do Instagram de uma grande cadeia de lojas. Em dois minutos, recebeu mensagem de uma conta que se dizia da ouvidoria da empresa, pedindo o nome completo e um telefone com DDD.

Em resposta, a reportagem enviou um número de pedido e perguntou se isso bastaria. O golpista respondeu: "Se eu tivesse pedido esse número, sim. Eu pedi?".

A reportagem não mandou o número de celular, o golpista disse que analisaria o caso e não respondeu mais. Horas depois, outra conta falsa entrou em contato. No dia seguinte, as duas não existiam mais. Uma simples busca no Instagram pela palavra suporte seguida do nome de alguma empresa grande retorna dezenas de contas falsas. Um investigador que já atuou em dois inquéritos do tipo ouvido pela reportagem disse que em muitos casos a conta-corrente onde o dinheiro foi depositado pertence a um laranja, e os mandantes atuam de dentro de presídios.

O Instagram removeu uma série de contas falsas que a reportagem apontou à empresa como exemplo.

O Whatsapp afirma que alerta os usuários para não compartilharem o código recebido por mensagem.

* Dicas para não cair no golpe

- Verifique se a conta com a qual você conversa possui o selo azul de verificação do Instagram,que mostra que a conta é autêntica, comum em perfis de grandes empresas;

- Desconfie de perfis privados, em que você precisa pedir autorização para seguir;

- Desconfie de contas que redirecionam a um site externo ou que pedem que você compartilhe dados pessoais ou bancários para obter um prêmio ou promoção;

- Nunca compartilhe senhas; - Denuncie anúncios, publicações e contas que pareçam suspeitas;

- Nunca compartilhe o código de confirmação do Whatsapp; - Ative a verificação em duas etapas na sua conta do Whatsapp. Tive o Whatsapp clonado, e agora?

- Reinstale o aplicativo e tente ativar o Whatsapp de novo; se o golpista não tiver colocado a verificação em duas etapas, pode funcionar;

- Avise amigos e familiares por telefone e em redes sociais;

- Mande um email para support@whatsapp.com, colocando no assunto "Conta clonada/roubada" e o número de telefone em formato internacional, por ex: "Conta roubada número +55 11 99999 0000", e descreva o incidente em detalhes;

- Assim que recuperar o acesso à conta, ative a verificação em duas etapas. Depositei dinheiro em uma conta, o que fazer?

- Procure uma agência bancária informando o caso, para que possam bloquear a conta fraudulenta;

- Leve todas as informações que reunir (agência e conta em que fez o depósito, CPF do golpista) a uma delegacia e registre boletim de ocorrência.

Folha Press/Diário de Pernambuco

Bolsonaro confirma novo concurso para 2 mil vagas ensino médio e superior. Fábio Madruga Concursos tem os detalhes para você agora

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Após o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, ter anunciado, na última sexta-feira, 31 de julho, que o aguardado concurso PF (Polícia Federal) já está em elaboração e deve contar com uma oferta de 2.000 vagas, a seleção agora foi reforçada pelo próprio presidente Jair Bolsonaro. Por meio de publicação em suas redes sociais, no último domingo, 2 de agosto, Bolsonaro divulgou medidas para combate à corrupção e, para isto, cita a realização do novo certame.

Na sexta-feira, em entrevista ao programa "Nos pingos dos is", Mendonça disse que se reuniu  com o presidente e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que deram aval para o novo certame. O quantitativo de 2.000 vagas supera o total solicitado ao Ministério da Economia, que era de 1.508 postos.

A expectativa é de que a seleção seja para o preenchimento de vagas para quem possui  ensino médio  e nível superior, com remunerações iniciais que variam de R$ 4.746,16 a R$ 7.841,95, com jornada de trabalho de 40 horas semanais

A distribuição das 1508 vagas inicialmente solicitadas por cargos é a seguinte: agente de polícia (540), escrivão (300), delegado (100),  agente administrativo (349), papiloscopista (61), administrador (21),  arquivista (8), assistente social (10), bibliotecário (1), contador (9),  economista (3), enfermeira (3), engenheiro (1), estatístico (4), farmacêutico (1), médico (65), nutricionista (1), odontólogo (11), psicólogo (5), técnico em assuntos educacionais (13) e técnico em comunicação social (3). 

O cronograma inicial previa a autorização do concurso em maio. Porém, acabou não se concretizando em decorrência de uma mudança administrativa em relação a cargos comissionados.Com a aprovação da MP 918/2020 pelo Senado Federal, em 25 de maio, a expectativa é de que agora os esforços sejam para agilizar a nova seleção. De acordo com esse cronograma, a previsão é de que sejam publicados dois editais, em 5 de outubro e 22 de novembro, datas ainda não totalmente descartadas.
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