19 de novembro de 2012
COLUNA ENSAIO GERAL POR ALEXANDRE TENÓRIO
Alexandre Tenório - Escritor |
WALMIR
SOARES
(O DRAGÃO) PARTE II
Walmir foi
eleito vereador por duas vezes, todas elas com muitos votos. Walmir tinha pouco
estudo, pois desde cedo se dedicou ao trabalho, deixando o estudo para o
segundo plano. Engana-se quem achava por ele ter pouco estudo não sabia
conversar. Ele se destacava em qualquer conversa com sua facilidade de
expressão, tinha resposta para tudo, e era bem informado, pois nunca deixou de
ler jornais. Walmir era um homem de convicções firmes e pulso forte em suas
decisões.
Walmir
quando amigo era amigo, também quando era inimigo era inimigo, essa premissa
valia também para as outras pessoas, pois quem gostava de Walmir, gostava,
porém quem não gostava de Walmir o odiava. Walmir não gostava de conversa mole,
de pessoas frouxa, também não gostava de gente puxando seu saco, o puxador de
saco para ele não tinha muita valia. O partidário de Walmir tinha o direito de
dizer a ele quando ele estava errado, ele podia aceitar ou não, porém ele
ficava satisfeito quando alguém contestava suas decisões e mostrava consenso
nisto. O que sempre acontecia era que as pessoas tinham medo de bater de frente
com ele, o que não acontecia comigo, por isto era que ele sempre me chamava de
XIITA. Posso dizer isto, pois, por várias vezes pegamos discursões homéricas,
em quase todas eu vencia, e conseguia provar a ele que ele estava errado. Porém
quando ele tinha certeza que estava fazendo o certo, não existia ninguém que
removesse ele de fazer aqui ou dizer aquilo, suas convicções eram defendidas a
todo custo, ele não abria mão de suas ideias, e a defendia com unhas e dentes.
Walmir
embora fosse um político nato, não gostava de mentiras, dificilmente você ia
ver uma mentira sair da sua boca e dificilmente ele deixava de cumprir suas
promessas políticas. Porém existiu um momento que ele não cumpriu essa
promessa, e pagou caro por não ter cumprido. Mais na frente nós iremos falar
sobre este erro dele. Temos muitas histórias para contar sobre Walmir.
Estávamos no
restaurante Kennedy, numa grande farra, Manuel Galdino tinha chegado da Espanha
fazia muito pouco tempo, era um domingo de tarde, e Walmir estava ali como o
rei absoluto da questão, todos ali eram seus partidários, o único que não era
do lado dele era eu. A cachaça rolando frouxa, os ânimos já exaltados, e eu ali
firme, sendo a oposição as convicções de direita de Walmir, é quando chega um
momento sobre salários e eu digo que ele matou de fome os funcionários nos seus
governos, no que ele retruca e não aceita este meu argumento. Eu digo que um
dos motivos dele ter feito uma grande administração foi o fato de ele pagar mal
aos funcionários, principalmente o pessoal de educação, então ele virou uma
fera, e disse que eu provasse o que estava dizendo, prontamente eu me levantei e
pedi um tempo para reunir provas sobre o que eu estava dizendo.
NA PROXIMA
SEMANA CONTINUA.
Quero
parabenizar ao grande amigo Carlos Sena, pelo belíssimo texto que ele escreveu
sobre Walmir Soares, um abraço na minha amiga dona Pretinha.
Assinar:
Postagens (Atom)