12 de fevereiro de 2011

Mais da metade dos presos de delegacia foge na madrugada.

Seis dos dez presos que estavam na Delegacia Regional de Penedo escaparam na madrugada de hoje, serrando a grade da janela de um xadrez improvisado no piso superior, após serrar as grades os presos desceram pela parede lateral usando uma feita de lenços. A fuga é a primeira de 2011 na delegacia que foi a campeã do gênero em 2010. “O serviço de plantão, que hoje seria feito pela Delegacia de Porto Real do Colégio, apenas percebeu a fuga 40 minutos depois dela ter acontecido” relatou o preso Thiago Tavares que não fugiu por que não quis.
No momento da fuga, os agentes da equipe de plantão da delegacia estavam no local. Já o delegado Rubens Natário e outra equipe de policiais estavam trabalhando na Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Porto. ´De acordo com o delegado-adjunto da Polícia Civil de Alagoas, Mário Jorge Marinho, um inquérito será instaurado para averiguar as causas que levaram os detentos a fugirem da delegacia. “Este é um procedimento de praxe nestes casos. Vamos trabalhar para esclarecer essa fuga mostrando a transparência da instituição”, colocou o delegado.
Os presos que fugiram são: Deogrado Militão Brandão, vulgo ‘Índio’, que responde por tentativa de homicídio, em Porto Real do Colégio; Ermenegildo dos Santos, o ‘Gildinho’, que responde na justiça por tentativa de furto no município de Penedo; Fábio Leite Lessa, conhecido como ‘Fabinho da Coréia’, também responde pelo crime de tentativa de furto; Jonatas dos Santos, vulgo ‘Baiano’, acusado de homicídio em Porto Real do Colégio; Marcelo dos Santos Rodrigues, o ‘Tô lhe vendo’, que responde por tentativa de homicídio em Penedo; e Jefferson da Silva, vulgo ‘Cerveja’, acusado de roubo qualificado.
A Polícia Civil de Alagoas pede para que quem tiver informações sobre os foragidos ligar para a delegacia, no número 3551-3700. A Polícia disponibiliza ainda o disque denúncia: 0800-284-9390 ou 181.

Prefeitura não confirma destino de dinheiro descontado da previdência.

Servidores da educação do município de Belém questionam a falta de regulamentação e documentos que comprovem que o dinheiro descontado da folha de pagamento esteja sendo devidamente depositado pela prefeitura no fundo de previdência (Prev-Belém), criado em 2008. Vários ofícios já foram enviados à Câmara de Vereadores e ao presidente do fundo cobrando informações, mas não houve nenhuma resposta, inclusive por parte da prefeita Valma Brandão.
Segundo o presidente do Sinteal em Belém, José Amorim da Silva uma das principais preocupações é que muitos funcionários já chegaram à idade de se aposentar e foram informados de que deveriam ficar em casa, embora não haja nada que lhes garanta a aposentadoria. Ele destacou que na próxima semana vai procurar novamente o Ministério Público e a Controladoria Geral do Estado para tentar resolver a situação.
“Uma previdência própria para Belém foi uma ideia do executivo e do legislativo do município. É descontado do nosso salário 11% e 11% deveria ser contrapartida da prefeitura, mas não sabemos se esses valores estão sendo repassados, porque não temos acesso nem ao número da conta. Em maio do ano passado procuramos o promotor de Taquarana, mas agora outro assumiu”, contou.
Ele contou que chegou a procurar a prefeitura para que as parcelas fossem negociadas e repassadas ao INSS, garantindo a aposentadoria dos servidores. “Não existe nada de concreto sobre nossa contribuição e não sabemos quanto dinheiro existe no Prev-Belém. O Fundeb também não funciona porque a presidente, que já foi professora e vereadora não nos passa nada e faz parte da equipe da prefeitura”, afirmou.
José Amorim revelou ainda, que sua mãe trabalhou como professora na prefeitura e após chegar o período de aposentadoria, ela foi mandada para casa sem nenhuma garantia. “Temos vários contracheques comprovando isso, mas ela não tem nenhum documento que confirme a aposentadoria, embora tenha trabalhado durante mais de 30 anos. Outras pessoas estão na mesma situação. O fundo só existe em lei”, reforçou.
Atraso no pagamento do PGP
O pagamento do Programa de Gestão Participativa (PGP), que qualifica professores da rede municipal de ensino e é realizado em Belém por meio da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) estão atrasadas há 18 meses, segundo o presidente do Sinteal. Ele reclamou ainda, que há um desconto de 100% dos salários dos servidores, referente ao valor do PGP.
“Também tinha que haver o repasse do pagamento do PGP, mas fomos informados pela Uneal sobre esse atraso. Em outros municípios a prefeitura arca com 50% das despesas. São 30 professores tendo R$$ 144,00 descontados por mês do salário. Queremos uma investigação dos órgãos competentes também sobre isso”, ressaltou.

Defesa de Ronaldo Lessa vai entrar com recurso contra condenação.

O ex-governador de Alagoas, Ronaldo Lessa (PDT), condenado a um ano e quatro meses de prisão, vai recorrer da decisão. Lessa recebeu a pena do juiz substituto da 1ª Vara da Justiça Federal em Alagoas, Guilherme Masaiti Hirata Yendo, pelo crime de injúria e calúnia contra o juiz Celyrio Adamastor Tenório Aciolly.
De acordo com a decisão, a pena será convertida em prestação de serviços comunitários. O ex-governador acusou o magistrado de ‘corrupto’, ‘ladrão’, ‘incompetente’ e ‘juiz de meia tigela’, após uma decisão que cassou o diploma do vereador Paulo Corintho, em 2005, por suspeita de compra de votos. Corintho é do mesmo partido de Lessa.
Em nota enviada à imprensa, o advogado de Lessa, João Daniel Marques Fernandes, explicou que “diante dos fatos noticiados por diversos órgãos da imprensa, com pertinência a divulgação de sentença judicial que atribui ao engenheiro Ronaldo Lessa condenação penal, vimos esclarecer que, irresignados com os termos da tal sentença, iremos exercer nosso o direito de recorrer, assegurado pela constituição”. O advogado continua dizendo que “como já vem ocorrendo em outros processos, acreditamos que nas instancias superiores a verdade prevalecerá, sendo declarada a sua inocência”, finalizou.