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OPINIÃO DO LEITOR |
TEXTO ENVIADO POR: CICERO GOMES
O
PSDB e o PPS anunciaram ontem que vão entrar com representação na
Justiça Eleitoral contra os responsáveis pela entrevista do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Programa do Ratinho, na noite
de quinta-feira. Os partidos alegam que houve propaganda eleitoral
antecipada a favor do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo,
Fernando Haddad. O ex-ministro acompanhou Lula no estúdio do SBT e foi
chamado para participar da entrevista.
Ontem,
líderes tucanos também criticaram duramente a declaração do
ex-presidente Lula, que admitiu pela primeira vez que poderá ser
candidato à Presidência em 2014, caso a presidente Dilma Rousseff não
queira concorrer a um novo mandato. Lula destacou que se lançaria
novamente numa disputa presidencial para impedir que um político do PSDB
volte a ocupar o Palácio do Planalto.
Em
nota oficial, porém, o partido reagiu ao que chamou de 'propaganda
eleitoral antecipada, abuso de poder e uso indevido dos meios de
comunicação'. 'Em flagrante desrespeito à lei e à Justiça, um
ex-presidente usou indevidamente espaço de emissora de TV, detentora de
concessão pública, na tentativa de promover o candidato de seu partido e
tirá-lo da posição inexpressiva em que está estacionado nas pesquisas.
Para isso, entrevistados, programa e emissora não hesitaram em atacar
partidos políticos adversários e pré-candidatos concorrentes, bem como a
administração municipal', diz o comunicado.
A legenda vai entrar com representação contra a pré-campanha petista, o ex-presidente, o SBT e o apresentador Ratinho.
Sem
fingimento. O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP),
anunciou, também por meio de nota, que o partido vai recorrer à Justiça
Eleitoral contra o programa e disse que Lula 'não procurou nem mesmo
fingir seu claro propósito: fazer propaganda eleitoral antecipada a
favor de seu escolhido'.
Sobre
a declaração de Lula, o presidente do PSDB, deputado federal Sérgio
Guerra (PE), disse que se trata de ' uma demonstração antidemocrática' e
de 'profunda arrogância'. 'Terceiro, de total desequilíbrio', afirmou,
em entrevista à rádio Estadão ESPN.
Nome
mais cotado para disputar a eleição de 2014 como presidenciável tucano,
o senador mineiro Aécio Neves se disse surpreso com os termos da
declaração de Lula. Ele observou que a decisão sobre o próximo
governante do País cabe aos eleitores, e não a um cidadão, 'por mais
força que ele julgue ter'. 'É legítimo que qualquer um postule o cargo
de presidente, mas não apenas para impedir que um adversário o faça.
Seria mais proveitoso que o objetivo fosse em favor de um projeto novo',
disse, via assessoria. 'As últimas ações e declarações do ex-presidente
só acentuam a necessidade de retorno do PSDB para, dentre outras
coisas, garantir liberdade de imprensa e respeito às instituições.' /
DÉBORA ÁLVARES e DENISE MADUEÑO.
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